segunda-feira, 15 de julho de 2019

-Os fariseus planejaram matar Jesus- Mt 12,14-21 -José Salviano


20 de Julho de 2019


Evangelho Mt 12,14-21


Naquele tempo:
14Os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus.
15Ao saber disso, Jesus retirou-se dali.
Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos.
16E ordenou-lhes que não dissessem quem ele era,
17para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías:
18'Eis o meu servo, que escolhi;
o meu amado, no qual coloco a minha afeição;
porei sobre ele o meu Espírito,
e ele anunciará às nações o direito.
19Ele não discutirá, nem gritará,
e ninguém ouvirá a sua voz nas praças.
20Não quebrará o caniço rachado,
nem apagará o pavio que ainda fumega,
até que faça triunfar o direito.
21Em seu nome as nações depositarão a sua esperança.'
Palavra da Salvação.


Os fariseus, escribas e sacerdotes não descansaram enquanto não conseguiram um jeito de anular a pessoa de Jesus Cristo. Preocupados com a sua fama e a multiplicação dos milagres, estavam sem saber o que fazer. Foram muitos os enfrentamentos entre eles e Jesus, onde questionavam a pessoa de Cristo. Até que finalmente, os pontífices e os fariseus convocaram o conselho...  ...E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida.
Isso mesmo. Decidiram matar Jesus, O inocente. Resolveram matá-lo por Ele fazer o bem. Curar e ressuscitar pessoas, aconselhar-nos a seguir o caminho reto, a não nos preocupar com o dia de amanhã, e a não ter medo, mas crer n’Ele e no Pai, e o que mais indignaram os pontífices ou sumo sacerdotes, dizer que Ele era o Filho de Deus. Para os judeus, isso foi blasfêmia, mas na verdade, eles queriam apagar o concorrente. Então aquele conselho foi um pré-julgamento de Jesus, onde O Filho de Deus foi, de antemão, condenado.
O ser humano não suporta rivais, não admite que alguém seja mais inteligente do que ele, não admite que o outro ou a outra seja mais bonita, mais formosa, etc. queremos ser os únicos, os mais inteligentes, os mais poderosos, os mais perfeitos de que todos. E tudo isso se passa nos porões da nossa mente, ou seja, no nosso inconsciente, e jorra para o nosso comportamento, de tal modo que nem percebemos que estamos agindo com tamanha  estupidez, com grande egoísmo diante dos demais com os quais convivemos.
Desse modo, nós somos capazes até  mesmo de eliminar os nossos concorrentes, arrumando um jeito de diminuir as suas qualidades: sejam no emprego, seja  por ciúmes daqueles colegas que são mais capazes que nós, seja por que aquela garota que é mais bonita do pedaço, ou aquele cara forte que arrasa quando chega na área...
Será que alguns de nós já fizemos coisa desse tipo? Será que já perseguimos alguém por ele ser mais inteligente, mais capaz do que nós? Ou será que buscamos um defeito para colocar nele, como fizeram os fariseus dizendo que Jesus expulsava demônios pelo poder de Belzebu?
Outro dia, conversando com um professor,  ele disse-me: "Trabalhei muitos anos como funcionário público, e, como eu não conseguia nivelar-me aos demais, quase sempre era chamado de "estrela" e era muito perseguido, acho que não necessariamente pela minha inteligência ou pelo meu destaque, pois não sou pessoa que gosta de  aparecer, mas pelo meu esforço. E o pior foi quando tive por chefe, uma diretora que sabia menos do que todos nós." Aí foi que as perseguições à minha pessoa aumentaram.
Isso acontece nos lugares mais diversos, principalmente nos meios políticos, administrativos, empresariais, etc
Caros irmãos: A psicologia diz que quando cruzamos com outra pessoa na rua, na nossa mente fazemos um pequeno julgamento, ao comparar-nos com aquela criatura de Deus. Olhamos discretamente e pensamos: "será que esse(a) aí já leu os livros que li? Será que tem as mesmas propriedades que tenho? Não me parece que já visitou os mesmos lugares que eu!...
Precisamos tomar mais cuidado para não fazer como os líderes judaicos. Ter mais cuidado com os nossos pensamentos e palavras. E, lembrar, acima de tudo o que nos disse o Ressuscitado: "Não julguem e não serão julgados! Não condenem e não serão condenados!"

Fica com Deus. José Salviano




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