segunda-feira, 22 de julho de 2019

17o Domingo do Tempo Comum-Jorge Lorente


Evangelhos Dominicais Comentados

28/julho/2019 – 17o Domingo do Tempo Comum

Evangelho: (Lc 11, 1-13)

(...Quando Jesus terminou sua oração, um dos discípulos pediu para ensiná-los a rezar. Jesus ensinou-lhes a oração do Pai Nosso e acrescentou): «Se alguém de vocês tivesse um amigo, e fosse procurá-lo à meia-noite, dizendo: ‘Amigo, me empreste três pães, porque um amigo meu chegou de viagem, e não tenho nada para oferecer a ele’. Será que lá de dentro o outro responderia: ‘Não me amole! Já tranquei a porta, meus filhos e eu já nos deitamos; não posso me levantar para lhe dar os pães?’ (...) Portanto, eu lhes digo: peçam, e lhes será dado! Procurem, e encontrarão! Batam, e abrirão a porta para vocês! Pois, todo aquele de que pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, a porta será aberta. Será que alguém de vocês que é pai, se o filho lhe pede um peixe, em lugar do peixe lhe dá uma cobra? Ou ainda: se pede um ovo, será que vai lhe dar um escorpião? Se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas aos filhos, quanto mais o Pai do céu! Ele dará o Espírito Santo àqueles que o pedirem.»

COMENTÁRIO

Este Evangelho ressalta que Jesus está num determinado lugar, rezando. Aliás, em diversas passagens bíblicas encontramos Jesus orando. Seja no deserto, na montanha ou na sinagoga, Jesus sempre destinou alguns minutos, horas, e até mesmo alguns dias para a oração.  

O fato de Jesus sempre se colocar em oração, despertou em seus discípulos o desejo de aprender a orar. Isso demonstra, mais uma vez, a importância do exemplo. O verdadeiro catequista, aquele que realmente deseja evangelizar, não se limita somente a dizer palavras, ele vive a Palavra. Não basta ensinar, tem que viver o evangelho.

Costumamos dizer, e é verdade, que somos fracos, sujeitos a acidentes pessoais, problemas financeiros, de saúde, desemprego... e por isso, precisamos da oração. Realmente, a oração deve estar permanentemente em nossas vidas, ela nos traz segurança, ajuda a superar os obstáculos e os problemas do dia a dia. 

E Jesus? O próprio Deus, com poderes divinos, capaz de multiplicar alimentos para alimentar milhares de pessoas; capaz de devolver a visão aos cegos, de restituir a saúde e até mesmo a vida, por que então rezava? O que Lhe faltava, que riscos poderia correr e o que precisaria Jesus pedir?

Nada é a resposta! Nada material! Para Jesus, a oração é como uma conversa amiga entre um pai e um filho que se amam. Jesus não repetia frases feitas, não rezava com a boca, mas sim com o coração. Suas orações não se resumiam em pedir bens, emprego, renda fácil ou coisas pessoais. Por isso seus discípulos lhe pediram para ensiná-los a rezar.

Suas orações eram súplicas pelo bem do próximo. Jesus não pedia nada para si, além de forças para superar os obstáculos que poderiam impedir sua caminhada para o calvário, pois sabia que a salvação da humanidade dependia do sacrifício de cruz. Jesus sabia agradecer, queria entender os Planos do Pai e dizia com convicção, “seja feita a vossa vontade”.

A oração que Jesus nos ensinou é um documento Sagrado, um testamento que nos garante um lugar no Paraíso. Jesus não ensinou somente uma oração, ensinou sim que Deus é nosso Pai, que seu nome é Santo e que, como herdeiros, como verdadeiros filhos de Deus, todos nós podemos fazer parte de seu Reino.

O lugar está garantido, a Glória Eterna é uma realidade, mas só para quem, verdadeiramente arrependido, pedir perdão e souber perdoar. “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aqueles que nos ofenderam”. É isso que dizemos na oração do Pai Nosso, é assim que devemos agir.

Deus Pai não aceita divisões, por isso em outra passagem Jesus nos alerta dizendo: “Vai primeiro fazer as pazes com seu irmão e depois apresente a sua oferta no altar” (Mt 5,23-24). Essas Palavras provam que nenhuma oferta tem mais valor para Deus do que o perdão e a paz entre seus filhos.

Jesus conclui seu ensinamento dizendo que devemos pedir ao Pai que não nos deixe cair em tentações. No entanto, para não ser engolido pelas tentações, é preciso manter-se afastado delas. A distância é o melhor repelente para as tentações, quanto mais longe, melhor.

Nosso Deus é Liberdade, por isso nunca irá se colocar entre nós e o pecado. Nunca irá barrar nossas ações, pois já fez a sua parte: Permitiu ser chamado de Pai, deu exemplos de conduta, ensinou-nos a rezar e deixou-nos livres para viver ou não, todas as palavras de sua bela oração.

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Um comentário:

  1. Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo continue iluminando a todos. Abraços fraternos.

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