14o Domingo do tempo comum-C-Jorge Lorente
Evangelhos Dominicais
Comentados 07/julho/2013 – 14o Domingo do tempo comum Evangelho: (Lc
10,1-12.17-20) Naquele tempo, Jesus escolheu outros setenta e dois e os enviou dois a
dois na frente a toda cidade e lugar aonde havia de chegar. E lhes disse: “A
colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos; pedi, pois, ao dono da
colheita que mande trabalhadores para a sua colheita. Ide, eu vos envio como
cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias e a
ninguém saudeis pelo caminho. Em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro:
A paz esteja nesta casa. Se houver ali uma pessoa de paz, repousará sobre ela
vossa paz; se não houver, voltará para vós. Permanecei nessa casa, comei e
bebei do que vos servirem. O operário merece o seu salário. Não andeis de casa
em casa. Quando entrardes numa cidade e vos receberem, comei do que vos for
servido, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: O reino de Deus está
próximo de vós. Quando entrardes numa cidade e não vos receberem, saí pelas
praças e dizei: Até a poeira de vossa cidade, que se pegou aos nossos pés,
sacudimos contra vós; mas sabei que está próximo o reino de Deus. Eu vos digo:
Naquele dia Sodoma será tratada com menos rigor do que essa cidade. Voltaram os
setenta e dois cheios de alegria, dizendo: Senhor, até os demônios se submetem
a nós em teu nome. E Jesus lhes disse: Vi Satanás cair do céu como um raio.
Dei-vos poder para pisar em serpentes e escorpiões e em toda a força do
inimigo, e nada vos fará mal. Mas não vos alegreis que os espíritos se vos
submetem. Alegrai-vos, antes, porque vossos nomes estão escritos nos céus”. COMENTÁRIO A liturgia deste domingo fala de missão e vem
nos lembrar que o seguidor de Jesus deve ser, acima de tudo, missionário. Jesus
instrui seus discípulos e os envia para a missão. É muito importante ressaltar
esse detalhe. Jesus orienta seus apóstolos, antes de
enviá-los, porque sabe que o sucesso da missão depende de um trabalho
consciente. Nenhum missionário pode iniciar seu apostolado sem preparo e sem os
conhecimentos necessários.
Não basta boa vontade, nem dizer que o Reino de
Deus está próximo e que os ramos secos serão queimados. Discursos inflamados,
frases feitas e palavras bonitas não bastam. O efeito poderá ser o contrário do
esperado. Qualquer atividade ou função, só podem ser exercidas por conhecedores
do assunto, dai a necessidade de um bom preparo. Jesus se preocupa em instruí-los, pois sabe que
um missionário despreparado pode ser perigoso para o sucesso do Plano de
Salvação. Ninguém é acreditado se não tiver argumentos claros, se não falar com
convicção. Ninguém fala com convicção se não acreditar naquilo que diz. O
trabalho missionário tem que estar alicerçado na fé, e isso é fruto da ação do
Espírito Santo. Parece que a pretensão de Lucas é mostrar o
aumento considerável dos seguidores de Jesus. Afinal estamos falando de um
aumento de quinhentos por cento no número de discípulos. Até então, só ouvíamos
falar nos doze, agora são setenta e dois os enviados para pregar e preparar os
caminhos.
De onde vieram estes 72, que não são mencionados
por Mateus nem por Marcos? Será um milagre? Surgiram do nada? Na verdade,
trata-se de uma catequese através da qual Lucas propõe, aos discípulos de todas
as épocas, uma reflexão sobre a missão da Igreja, em caminhada pelo mundo.
Lucas ensina que o cristão tem de continuar no mundo a missão de Jesus. Evangelizar
por todas as partes do mundo. Apesar desse aumento, os operários são
insuficientes em relação ao grande volume de trabalho. Jesus nos diz que a
colheita é grande e que os operários são poucos. Não é preciso ser agricultor
para entender este exemplo de Jesus. Ele fala de milhares de frutos que não
podem permanecer esquecidos nos campos.
Há muito o que colher e se a colheita não for feita
a tempo, toda produção poderá se estragar. Se não os trouxermos para o celeiro,
se não os protegermos da umidade e do calor do dia a dia, poderão apodrecer por
excesso de chuva, ou ressecar e queimar por excesso de sol. É uma luta contra o tempo. É caso de vida ou
morte, pois se tratam de produtos perecíveis. São milhares de irmãos e irmãs
que desconhecem o amor, a fraternidade e que nunca ouviram falar no perdão e na
misericórdia divina. São irmãos que estão secando, deteriorando-se, por
desconhecerem Jesus e a misericórdia de Deus.
Mais uma vez Jesus ressalta o poder da oração e
diz que é preciso suplicar para que o Pai nos mande ajuda. Manda-nos rezar para
que o Dono da plantação envie mais vocações, mais trabalhadores. Jesus sabe que
sem vocação, não existe missão. Merece destaque o fato de Jesus tê-los enviados
dois a dois. Com isso Jesus quer ressaltar que o anúncio da Boa Nova deve ser o
grande objetivo da comunidade e que nada pode ser feito de forma isolada. O
objetivo só será atingido através do trabalho conjunto, da união e da comunhão
fraterna. “Eu vos envio como cordeiros para o meio de
lobos”. Estas palavras demonstram que Jesus está preocupado, até mesmo com a
integridade física de seus discípulos. Jesus os previne, porque sabe que nem
sempre serão bem acolhidos e que serão alvos de perseguições e ataques dos
“lobos”.
Hoje, o lobo perigoso chama-se sociedade, o
homem público inescrupuloso e os inimigos da paz e da família. Eles são
poderosos, interesseiros e violentos. A calúnia é a sua arma e o missionário
seu maior rival. A arma para detê-los chama-se amor. A mansidão e a humildade
do cordeiro se sobrepõem ao ódio do lobo. Os riscos são enormes, mas uma coisa
é certa: O missionário jamais morrerá!
(1091)jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br – 07/julho/2019
Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que perde um pouco do seu tempo em refletir passando os seus ponto de vista que o Senhor Jesus Cristo continue iluminando a todos nós. Abraço.
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