terça-feira, 21 de maio de 2019

-VI DOMINGO DA PÁSCOA-Ano A-José Salviano


VI DOMINGO DA PÁSCOA

Evangelho Jo 14,23-29

26 de Maio de 2019

-EU VOS DOU A MINHA PAZ-José Salviano



Jesus nos promete a tão desejada paz que desejamos 24 horas por dia.  Nós não só desejamos esta paz, como a buscamos com todas as nossas forças, porém, infelizmente, muitos a buscam no lugar errado, e do jeito ou modo incorreto, e assim, sofrem com os efeitos colaterais dessa procura.
A verdadeira paz é aquela que nos é dada por Cristo, Aquele que disse: Eu vos deixo a minha paz. É a paz que vem de Deus Pai. Quando praticamos a caridade, e alimentamos a nossa fé pela oração e pela Eucaristia, a Trindade Santa virá habitar em nós. Foi o que Jesus nos prometeu neste Evangelho.
Sabemos que nesta vida não teremos a paz completa. Mesmo que não existam conflitos armados, há conflitos por todos os lados. Conflitos nas famílias, nas comunidades, conflitos políticos, e o pior dos conflitos, é aquele existente dentro de cada um de nós. Resultante do atrito entre a nossa consciência, e a nossa alma. A nossa alma não poderá estar em paz, se a nossa consciência nos acusa  dos pecados que cometemos.

Desse modo, existem dois tipos de paz. A paz social e a paz individual.
A paz na vida social é prejudicada pelo egoísmo de algumas pessoas, assim como pela falta de fé, acompanhada da ganância, da maldade, a qual é aumentada pela ação do demônio.

Já a paz individual, que consiste em estar bem conosco, com o irmão, com a irmã, e com Deus, também pode ser danificada pelos nossos pecados. Pois o pecado quebra a harmonia dentro de cada um de nós, nos deixando infelizes, por não estar na presença do Pai.

Sem justiça não haverá paz. Pois a injustiça é a grande causadora de todos os conflitos entre os viventes. E ela pode tirar a paz mesmo daqueles e daquelas que estão em paz com Deus, tendo uma consciência pura, guardando e praticando a palavra de Deus. Esses, podem ser afetados pela ação cruel, maldosa, egoísta, e injusta dos que não guardam e nem praticam a palavra de Deus.

Costumamos dizer que não existe felicidade, mas sim, momentos de felicidade. Isto porque, nesta vida nunca teremos a paz completa. E isso é bom, pois assim, nós buscamos viver nos preparando para um dia alcançar a paz duradoura, ou eterna no Céu.
E para podermos alcançar um dia a verdadeira paz, precisamos guardar e praticar a palavra de Deus.

"Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará,
e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda a minha palavra."
Alguém tem uma jóia e de muito valor. Ela se encontra guardada dentro do cofre bem fechado por causa dos ladrões. Com a palavra de Deus acontece o contrário. Pois, guardar a palavra de Deus não significa trancá-la dentro de nós, mas sim, assimilá-la, praticá-la, e divulgá-la pelo mundo.
" ...e faremos nele a nossa morada ". Que maravilha saber dessa promessa de Cristo! Mas como Deus pode habitar em nós?  A imagem que tivemos de Deus quando éramos crianças, foi de um velho de barba branca, e bem distante de nós. Hoje, sabemos que  Ele é uno e trino, invisível, e está no meio de nós.
Deus é uma energia poderosíssima que se encontra em todo lugar semelhante ao ar que envolve o planeta Terra, e que nós o sentimos mais não o vemos.
Deus pode morar em todos os habitantes do Planeta Terra.  Porém, nem todos desfruta desse privilégio. Os maus não são moradas de Deus, pois não guardam a sua palavra.
Deus mora em nós pela sua presença ao nosso lado, em nosso ser, e principalmente pela Eucaristia. Mas atenção: Repito. Isso somente acontece com quem guarda a sua palavra. Como podemos dizer que Deus habita no Assassino, no malfeitor, naquele que prejudica os pobres, enfim naqueles que não guarda a palavra de Deus mais sim, a palavra de satanás?
"E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou."
"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo.”
A paz de Cristo é a paz verdadeira, é duradoura e somente ela nos satisfaz plenamente. 
A paz do mundo é falsa, interesseira e tem vida curta.
Aquele grande empresário, vivia em "paz" com todos os funcionários da empresa, fazia constantemente festas de confraternização para alimentar a "paz".  Ele vivia uma certa  paz com seus funcionários porque estes trabalhavam duro, proporcionando-lhe muito lucro. Por sua vez, os funcionários viviam em harmonia com o patrão, porque recebiam bons salários.
Assim é a paz do mundo, diferente da paz de Cristo. No comércio, todos vivem em "paz" por interesses mútuos de venda e compra.
Do mesmo modo, na vida amorosa dos "relacionamentos",  principalmente naquelas vidas amorosas em que o sexo fala mais alto do que o amor, a paz entre os namorados dura enquanto a juventude em seus corpos os  mantêm atraentes uns para com os outros.
Buscamos desesperadamente a paz do mundo,  em seguida descobrimos desapontados que essa paz não nos satisfaz.  Não nos completa. Somente a verdadeira paz. A paz de Cristo é aquela que nos preenche plenamente.     Porque é a paz da intimidade com Aquele que pode nos dar tudo. Aquele que sabe o que realmente nós precisamos para nos completar, para sermos felizes. É a paz de saber que Cristo está habitando em nós. Na nossa pessoa. E isso acontece plenamente quando recebemos a Eucaristia, o corpo e o sangue de Cristo.

Guardar a palavra é crer, e praticá-la e receber Cristo Eucarístico e assim, desfrutar a verdadeira paz interior, que é projetada para o exterior, para os nossos irmãos e irmãs no nosso convívio social.

José Salviano

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