segunda-feira, 8 de abril de 2019

Revivendo a Paixão e morte de N. S. Jesus Cristo-Helena Serpa


14 DE ABRIL DE 2019

DOMINGO DE RAMOS DA

PAIXÃO DO SENHOR

Cor: Roxo

1ª Leitura - Is 50,4-7


Leitura do Livro do Profeta Isaías 50,4-7
4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer
palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba;  não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra,
porque sei que não sairei humilhado. Palavra do Senhor.

Reflexão - “Servo é quem se compromete livremente”
Cada homem e cada mulher que se propõem a seguir Jesus devem ter entendimento e trazer para si estas palavras: “O Senhor deu-me uma língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida “;   Ele me excita o  ouvido para prestar atenção como um discípulo”. O servo a que se refere esta passagem é Jesus, no entanto, Ele é o nosso Referencial.  Jesus é o Mestre e nós somos os seus discípulos, devemos fazer como Ele: ter os ouvidos bem abertos e não resistir ao seu chamado, apesar de todas as dificuldades, porque o Senhor Deus é o auxiliador e não nos deixa desanimar.  Servo é quem se compromete livremente com alguma pessoa no serviço desinteressado e abnegado, deixando-se reger por um condutor. O profeta descreve para nós como são as atitudes do servo que é fiel ao projeto de Deus: ele está sempre atento às orientações e ensinamentos do Senhor como um discípulo atencioso. Deus mesmo é quem o conduz e até enfrentando a fúria e a rebeldia dos inimigos, ele permanece firme e não desanima. Jesus abriu o caminho para nós, por isso, todos nós que dizemos ser servos e servas, precisamos nos pôr à disposição do Espírito Santo que nos inspira e conduz por meio de uma ou de outra pessoa. Somos servos (as) de Deus quando prestamos serviço ao nosso próximo, por amor, não desviando o rosto, nem procurando nos esquivar dos encargos e compromissos confiando em que o Senhor Deus é o nosso auxiliador e não sairemos humilhados (as).   Você é servo de alguém? – A quem você está servindo aqui na terra? – Você tem enfrentado dificuldades no seu serviço? – Você tem se deixado conduzir pelo Espírito Santo no serviço que presta a Deus e aos homens? – Você é obediente?

Salmo - Sl 21,8-9.17-18a.19-20.23-24 (R.2a)

R. Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

8Riem de mim todos aqueles que me vêem,*
torcem os lábios e sacodem a cabeça:
9'Ao Senhor se confiou, ele o liberte*
e agora o salve, se é verdade que ele o ama!'R.


17Cães numerosos me rodeiam furiosos,*
e por um bando de malvados fui cercado.
Transpassaram minhas mãos e os meus pés
18e eu posso contar todos os meus ossos.*
Eis que me olham e, ao ver-me, se deleitam! R.

19Eles repartem entre si as minhas vestes*
e sorteiam entre si a minha túnica.
20Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe,*
ó minha força, vinde logo em meu socorro! R.

23Anunciarei o vosso nome a meus irmãos*
e no meio da assembléia hei de louvar-vos!
24Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores,
glorificai-o, descendentes de Jacó,*
e respeitai-o toda a raça de Israel!R.

Reflexão - Na liturgia de hoje nós acompanhamos os passos de Jesus na caminhada para o calvário. O salmista antecipa tudo o que Jesus iria passar durante o Seu martírio até o momento em que Ele sentiu-se abandonado pelo próprio Deus. Isso nos leva a pensar nos momentos em que nós também nos sentimos sem ninguém, vivendo a nossa dor, solitários no meio da multidão ao nosso redor. São momentos em que precisamos enfrentar o deserto tão necessário para o nosso crescimento. Mesmo assim, como Jesus, nós ainda temos força para dizer: “anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos!” O Pai que sofre conosco mesmo sem percebermos, alegrar-se-á conosco com o nosso louvor.                                               

 

 

 

 

2ª. Leitura - Fl 2,6-11


Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses 2,6-11
6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo  e tornando-se igual aos homens.
Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo,
fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: 'Jesus Cristo é o Senhor', para a glória de Deus Pai. Palavra do Senhor.

Reflexão – “por obediência ao Pai”
Jesus não fugiu do sofrimento, mas enfrentou a morte por obediência ao Pai, por isso não se prevaleceu da Sua divindade e se fez escravo como nós. “Ele esvaziou-se e humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz.” Comparando a nossa vida com a vida de Jesus chegamos à conclusão de que Ele fez justamente o contrário do que nós sempre fazemos. Quantas vezes nós nos prevalecemos da nossa posição social ou então apresentamos outra qualquer justificativa para sermos privilegiados e não precisarmos passar por alguma situação de humilhação!  O nosso primeiro argumento é continuamente querer mostrar quem nós somos, o nosso status, poder, situação financeira, contanto que nos livremos da obediência ao tributo que nos é imposto. Com Jesus, no entanto, aconteceu exatamente o oposto: “Mesmo sendo de condição divina, Ele não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens”.  Por isso, Deus o exaltou acima de tudo, dando-lhe o Nome diante do qual todos nós devemos nos ajoelhar. Tomando consciência da nossa condição humana imperfeita precisamos seguir o exemplo de Jesus e, diante de Deus, nos humilhar reconhecendo a nossa limitação e nos abandonar à Sua Vontade. Assim sendo, com certeza, também seremos exaltados e acolhidos no reino dos céus. Tudo para a glória de Deus Pai! – Você tem coragem de enfrentar as dificuldades por obediência à Palavra de Deus? – Você costuma apresentar-se como uma pessoa que tem poderes ou se limita apenas a ser uma pessoa comum? – Você faz discriminação entre as pessoas quando estas o (a) procuram?

 

Evangelho - Lc 23,1-49

Evangelho (mais breve)

Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Lucas 23,1-49
Naquele tempo: 1Toda a multidão se levantou e levou Jesus a Pilatos. Não encontro neste homem nenhum crime. 2Começaram então a acusá-lo, dizendo: 'Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar impostos a César
e afirmando ser ele mesmo Cristo, o Rei.' 3Pilatos o interrogou: 'Tu és o rei dos judeus?' Jesus respondeu, declarando: 'Tu o dizes!'
4Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão: 'Não encontro neste homem nenhum crime.' 5Eles, porém, insistiam: 'Ele agita o povo, ensinando por toda a Judéia, desde a Galiléia, onde começou, até aqui.' 6Quando ouviu isto, Pilatos perguntou:
'Este homem é galileu?' 7Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias. Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo. 8Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava vê-lo.
Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo fazer algum milagre. 9Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu. 10Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei
estavam presentes e o acusavam com insistência. 11Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa e mandou-o de volta a Pilatos. 12Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos. Entregou Jesus à vontade deles. 13Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo, e lhes disse:
14'Vós me trouxestes este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Já o interroguei diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que o acusais; 15nem Herodes, pois o mandou de volta para nós. Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte. 16Portanto, vou castigá-lo e o soltarei.
18Toda a multidão começou a gritar: 'Fora com ele! Solta-nos Barrabás!' 19Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade e por homicídio. 20Pilatos falou outra vez à multidão,
pois queria libertar Jesus. 21Mas eles gritavam: 'Crucifica-o! Crucifica-o!' 22E Pilatos falou pela terceira vez: 'Que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte.
Portanto, vou castigá-lo e o soltarei.' 23Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força, pedindo que fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais. 24Entóo Pilatos decidiu 
que fosse feito o que eles pediam. 25Soltou o homem que eles queriam - aquele que fora preso por revolta e homicídio - e entregou Jesus à vontade deles. Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! 26Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus. 27Seguia-o uma grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele.
28Jesus, porém, voltou-se e disse: 'Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos!
29Porque dias virão em que se dirá: 'Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, os ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca amamentaram'. 30Então começarão a pedir às montanhas:
'Caí sobre nós! e às colinas: 'Escondei-nos!' 31Porque, se fazem assim com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?'
32Levavam também outros dois malfeitores para serem mortos junto com Jesus. Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!
33Quando chegaram ao lugar chamado 'Calvário', ali crucificaram Jesus e os malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda.
34Jesus dizia: 'Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!'
Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas de Jesus.
Este é o Rei dos Judeus. 35O povo permanecia lá, olhando.
E até os chefes zombavam, dizendo: 'A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!'  36Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, 37e diziam: 'Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!'
38Acima dele havia um letreiro: 'Este é o Rei dos Judeus.'
Hoje estarás comigo no Paraíso. 39Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: 'Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!' 40Mas o outro o repreendeu, dizendo: 'Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41Para nós, é justo,
porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal.' 42E acrescentou: 'Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado.' 43Jesus lhe respondeu: 'Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso.' Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. 44Já era mais ou menos meio-dia e uma escuridão cobriu toda a terra até às três horas da tarde, 45pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio, 46e Jesus deu um forte grito: 'Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.' Dizendo isso, expirou. Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa. 47O oficial do exército romano viu o que  acontecera e glorificou a Deus dizendo: 'De fato! Este homem era justo!' 48E as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o que havia acontecido, e voltaram para casa, batendo no peito.
49Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a Galiléia, ficaram à distância, olhando essas coisas. Palavra da Salvação.

Reflexão - “Revivendo a Paixão e morte de N. S. Jesus Cristo”
Como preparação para a Semana Santa, neste Domingo de Ramos nós temos a oportunidade de rememorar a história da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.   Recordar esses momentos é contemplar a história da nossa salvação. Façamos, portanto, uma leitura atenciosa do longo trecho do Evangelho de hoje e revivamos com Jesus os momentos da Sua Paixão e Morte. Os acontecimentos que antecederam a Paixão de Jesus, a Sua entrega no Getsêmani, quando sofreu a grande agonia e se rendeu à vontade do Pai.   Contemplando a dor de Jesus e de Sua Mãe Maria nós podemos nos colocar diante da Sua Cruz e oferecer a Ele as nossas dificuldades, nossas dores, nossas inquietações. O sofrimento que é colocado na Cruz de Jesus torna-se redentor e nos leva a experimentar a libertação e o consolo. Apesar da nossa falta de entendimento, podemos experimentar, simplesmente, a alegria de sofrer por amor a Ele. A Ele podemos dizer apenas: “Senhor, eu não entendo nada, mas mesmo assim confio em Vós!” – Qual o sentimento que se apossa do seu coração quando você reflete sobre a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo?  Anote no seu caderno de oração!


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