terça-feira, 23 de abril de 2019

-2º DOMINGO DA PÁSCOA-José Salviano


2º DOMINGO DA PÁSCOA

28 de abril de 2019

Evangelho de Jo 20,19-31

Jesus apareceu aos discípulos- Jo 20,19-31-José Salviano

 At 5,12-16; Sl 118; Ap 1,9-11a.12-13.17-19.

A missão de Jesus não poderia terminar com a sua morte. Isso seria uma vitória para os seus oponentes, os líderes judaicos, e uma triste derrota para todos os que nele encontraram o melhor ponto de apoio para a sua sobrevivência, e para a sua fé, incluindo os apóstolos.
Jesus esperou a ressurreição programada pelo Pai, para aparecer aos apóstolos reunidos, e então lhes passar a continuidade do seu trabalho missionário. Deu-lhes poderes: não só de perdoar os pecados, assim como de transformar a hóstia em seu corpo e o vinho em seu sangue. E isso Ele já o teria feito na Última Ceia quando disse: “...fazei isso em memória de mim.
Nos Atos dos apóstolos vemos a força do Espírito Santo nas pessoas dos enviados por Cristo. Eles operaram fortes milagres, e converteram milhares de pessoas.
Foi por isso que naquele dia em que as portas estavam fechadas, Jesus apareceu aos apóstolos e soprando sobre eles, enviou-lhes o Espírito Santo, o qual permanece com os nossos sacerdotes até hoje. Por isso é que o padre tem o poder de perdoar os nossos pecados, o poder de transformar o pão no corpo de Cristo...
Ao enviar os apóstolos como o Pai enviou Jesus, o mal no mundo não terminou, porém teve uma amenização acentuada.
Hoje nós reclamamos que o mundo está de cabeça para baixo, e que a violência tornou esta vida na Terra um verdadeiro inferno!,,. 
Agora paremos para pensar: Já imaginou um mundo sem a presença de Deus através da Igreja? Já pensou se Jesus não tivesse nos deixado a sua Igreja para amenizar os efeitos das investidas do demônio de seus seguidores?
Caríssimas e caríssimos. Hoje é o dia em que paramos para celebrar a Páscoa de Jesus, a qual se manifesta em todos aqueles que vivem e promovem a paz, a solidariedade, a caridade, e a reconciliação. Apesar de sermos pecadores, nós acreditamos que Jesus Cristo é o nosso Senhor e Redentor, e que Ele foi ressuscitado dentre os mortos pelo Pai, e que está vivo para nunca mais morrer.
Jesus ao entrar no lugar onde os discípulos estavam com as portas fechadas, disse a Tomé "Não sejas incrédulo, mais fiel"
Tomé era um homem bom porém vacilava na fé. Tinha dúvidas se realmente Jesus era Deus, e se Ele realmente teria ressuscitado. Depois daquela experiência direta com Jesus e ao ver as cicatrizes em suas mãos, Tomé sentiu-se envergonhado  e reconheceu em Jesus, o Ressuscitado bem ali na sua  frente, e expressou isso dizendo: "Meus Senhor e meu Deus!".
Meus irmãos. Roguemos a Deus para que a nossa fé nunca seja vacilante. Que a nossa fé seja total, sem reserva, que ela penetre cada vez mais a nossa mente, que nossos pensamentos dominantes sejam tomados da palavra de Cristo na maior parte do nosso dia, para que e assim, possamos: ver, julgar e agir de acordo com a vontade do Pai.
Peçamos a Deus que a nossa fé seja livre, isto é, que ela seja fruto da nossa adesão pessoal, de modo que sejamos capazes de renunciar a tudo o que nos afasta dos caminhos da casa do Pai, que a nossa fé seja a expressão do que há de mais decisivo em nossas pessoas. Que a nossa fé seja baseada nas verdades de Cristo, na sua vida, e nas provas da sua ressurreição, assim como das provas de sua divindade, ou seja, os seus milagres. Assim teremos uma fé científica, e não uma fé ingênua. Teremos uma fé forte, resistente a todas as contradições do mundo de hoje, o qual nos apresenta tudo o que nos afasta das verdades reveladas por Jesus.
Desse modo, sendo portadores de uma super fé, não temos medo daqueles que a contestam, que a contradizem, que a negam, que a atacam, que a recusam,  e que procuram nos arrastar para a lama da correnteza da ilusão de uma vida fácil, e de prazeres sem limites.
Que a nossa fé seja diariamente fortificada pela leitura, pela meditação, pela Eucaristia, pela oração e pelo esforço de nos aproximar cada vez mais da verdade de Jesus, e de nos afastar de tudo o que é mentiroso, enganoso, e perigoso para a salvação da nossa alma.
Que a nossa fé seja resistente ao desgaste das críticas dos nossos amigos que por sua vez não crendo, fazem de tudo para nos tirar do caminho da verdade. E o pior é que muitas vezes conseguem!

Que a nossa fé seja firme diante das falsas verdades dialéticas, das falsas verdades de outras seitas e religiões criadas por seres humanos.
Que a nossa fé seja alegre, de uma alegria sincera e contagiante baseada na esperança das promessas de Cristo. Que a nossa fé seja capaz de nos preencher, e de fazer perceber que só a Santíssima Trindade nos basta, e assim, sejamos capazes de transbordar e irradiar essa paz verdadeira aos demais irmãos. 
Que a nossa fé não seja egoísta, ou seja, que não pretendamos ter Jesus somente para nós. A nossa fé tem de ser atuante, disponível, compartilhada, pois devemos reparti-la com os nossos irmãos através da catequese que pode ser pela palavra, pelo testemunho e pelo nosso exemplo.
Finalmente, que a nossa fé seja acima de tudo humilde, que nunca nos julguemos mais, ou melhores do que ninguém, que não tenhamos nunca a presunção de nos julgarmos salvos pela vida que levamos.
Irmãos. Que a nossa fé não seja uma fé morna, uma fé apenas social, uma fé de fachada, mas que ela seja uma fé autêntica e atuante, uma fé Católica, apostólica - romana.
Na primeira leitura, vemos os primeiros catequistas, ou seja, os apóstolos a todo vapor espalhando a fé por onde passavam. Meus irmãos. E nós, o que estamos esperando? Um convite especial de Deus descendo numa nuvem e chamando o nosso nome para catequizar?   Os apóstolos foram chamados e impulsionados pelo amor de Cristo saíram por toda a parte a anunciar a Boa Notícia que era um tesouro preservado por seus sucessores. Nós todos somos chamados a continuar o trabalho iniciado pelos apóstolos, ou seja, a anunciar a fé, porém é necessário primeiro que a vivamos, para depois partilhar, celebrando-a na palavra, na Eucaristia e na oração.
Os apóstolos iniciaram a Catequese no mundo, ou seja, eles realizaram um trabalho gigantesco, do primeiro anúncio do Evangelho, numa pregação missionária por muitos lugares, com o objetivo de suscitar a fé onde ninguém ou quase ninguém teria ouvido falar de Jesus Cristo. Enfrentaram muitos tipos de dificuldades, porém não se esmoreceram. Pois sabiam que o Espírito de Deus estava com eles, e uma prova disso era o poder de cura que eles tinham.
Nós também somos apóstolos de Cristo, somos chamados a ensinar a palavra de Deus anunciada por Jesus, a fim de conquistar tantos quanto podemos para o Reino de Deus. Porém, é bom lembrar que uns são chamados de forma especial por Deus, para trabalhar no Ministério da pregação, ou seja, na catequese, para transmitir o mistério da nossa fé, através da transmissão da verdade revelada por Deus.
A Catequese não deve ser uma iniciativa isolada, mas sim deve ser realizada por intermédio da Igreja, a qual é a coluna e o sustentáculo da verdade revelada, tendo a missão de guardar fielmente a fé, conservando integralmente a memória das palavras de Cristo, continuando os trabalhos iniciados pelos apóstolos, que é a transmissão da fé, como uma mãe que ensina a seus filhos a falar a linguagem de Deus, e a fazer a vontade do Pai, para que um dia tenhamos a alegria de merecermos a vida Eterna.

José Salviano.

2 comentários:

  1. Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que perde um pouco do seu tempo em refletir passando os seus ponto de vista que o Senhor Jesus Cristo continue iluminando a todos nós. Abraço.

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  2. Utilizo parte dos textos em minha catequese de crisma. São muito educativos e de fácil compreensão. Coloco sempre o link nas referências.

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