terça-feira, 12 de março de 2019

-Somos responsáveis pela vinha do Senhor-Mt 21,33-43.45-46-José Salviano


22 de março   de 2019

Evangelho Mt 21,33-43.45-46

A vinha pode representar o povo de Israel, assim como pode representar a humanidade, ou cada um de nós.
Os empregados da vinha que mataram os enviados do dono da vinha, representam os judeus que mataram os profetas enviados por Deus.
Finalmente, eles mataram do mesmo modo, o filho do dono da vinha, que representa a pessoa de Jesus Cristo.
Na nossa história pessoal, nós matamos o Filho de Deus presente em nós, em cada vez que praticamos o pecado. Quando decidimos viver em pecado, estamos matando a presença de Jesus em nós.  Quando escolhemos caminhos outros, caminhos que nos levam a morte da alma e do corpo, estamos expulsando Cristo presente em nós.
No primeiro plano desta parábola, Jesus se dirige aos fariseus, e à elite religiosa do Templo. O orgulho e autossuficiência deles impediram que eles produzissem frutos. Eles tinham como objetivos os próprios interesses. E por isso não canalizaram para um rendoso sucesso dos seus frutos.
O mesmo acontece quando vamos administrar uma empresa, uma nação, ou até mesmo a nossa família, visando não o bem geral ou público, mas sim os nossos próprios interesses, coligados aos interesses dos nossos aliados e colaboradores.
Os resultados serão desastrosos. Pois para bem administrar, precisamos resolver prioridades, não só para a nossa pessoa, mas para o progresso e o bem geral.
O síndico de um prédio, por exemplo, deve ter em mente não a sua pessoa e os seus interesses, mas sim, a segurança, e as necessidades básicas de todos os moradores do prédio. Caso contrário, logo ele cairá na antipatia geral de todos os condôminos, e com certeza será tirado do poder. Se é que podemos chamar isso de poder.
Os judeus, assim como os empregados daquela vinha, não visavam a salvação geral de todos, não visavam a produção de frutos de amor, de caridade, de bondade, etc, mas sim, visavam a satisfação do seu conforto, do seu bem estar.
Desse modo, os povos pagãos foram convidados a trabalhar na vinha do Senhor.
Um segundo enfoque desta parábola, muda os arrendatários da vinha. São as comunidades cristãs e, nelas, a atuação de cada um de nós. Deus enviou o seu Filho Jesus como sinal de amor compreensão e compromisso de aliança. E nem a Este quiseram escutar e, por isso, tornaram responsáveis pelas desastradas consequências. Notem que o povo judeu não vive em paz até os dias de hoje!
Cada um de nós deve aceitar a orientação do Alto na administração da nossa vida. Devemos todos os dias pedir ao Pai que oriente os nossos passos e dirija os nossos pensamentos. Caso contrário, poderemos colher frutos muitos ruins, poderemos sofrer as consequências dos nossos atos que pelo fato de expulsarmos Jesus da nossa vida, o nosso caminhar fica sendo orientado pelo maldito.
Irmãs e irmãos. A Igreja e o Reino de Deus apostam em nossa atuação. Acreditam e esperam que vivamos conforme a vontade do Pai, para que assim, possamos colher bons frutos.  Afinal, nós somos os responsáveis pela vinha do Senhor.

José Salviano.




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