-Tempo de jejum, esmola e muita oração-Mt 6,1-6.16-18 - José Salviano.
06 de Março de 2019
Evangelho Mt 6,1-6.16-18
Neste Evangelho Jesus nos recomenda a discrição na nossa prática da
caridade, e na oração, para que não façamos as coisas com o objetivo de sermos
notados pelos demais presentes.
Que a nossa oferta seja para a Igreja seja para o irmão carente, seja
um ato entre nós, Deus e a pessoa que recebe. O representante da comunidade, ou
o mendigo.
Isto por que Deus que vê tudo, irá nos recompensar. Porém, os hipócritas de pouca ou nenhuma fé,
costumam fazer doações com o objetivo de obter retorno, reconhecimento popular,
e por isso anunciam na televisão. Esses, segundo Jesus, já receberam a sua
recompensa.
A nossa recompensa, nós a receberemos na vida eterna, que é o lugar
mais apropriado. Não façamos caridade nem orações com o intuito de sermos bem
vistos pelas pessoas, mais sim, pelo Pai.
Estamos iniciando a nossa
alegre caminhada penitencial que nos leva à Páscoa. É uma alegre
caminhada sim. Pois não é, nem deve ser,
um tempo de tristeza, mas sim, um tempo de maior visualização do nosso objetivo
final.
Tradicionalmente a Igreja
nos aponta três referências nesta caminhada santa: O jejum, a esmola ou
caridade, e muita oração.
O JEJUM é bom para a nossa purificação, e faz bem ao corpo e a alma,
além de nos possibilitar partilhar do
sofrimento dos necessitados.
Os idosos com seus organismos debilitados, os quais não produzem
mais os hormônios necessários ao bom equilíbrio dos seus corpos, estão dispensados
do jejum. Pois para eles, o ficar sem o alimento, significa enfraquecer mais
ainda o seu corpo, podendo complicar ainda mais o seu estado de saúde
precária. Portanto, Deus vai entender.
Os idosos podem fazer outros tipos de jejum: O jejum de não falar
mal dos outros, de não ficar irritados, de não fazer birra, etc.
A ESMOLA aqui, deve ser entendida como caridade em si. Todo tipo de
caridade. Material e espiritual. Ou seja, ouvir
as pessoas solitárias que não têm com quem conversar, é uma caridade
espiritual. Assim como rezar com eles e
por eles, por exemplo.
A ORAÇÃO não deve ser entendida como apenas repetição de fórmulas.
Não deve ser do tipo repetição, ou sem a devida concentração e atenção. Pois não devemos rezar apenas com os lábios.
Precisamos rezar do fundo da nossa alma, concentrados e com muita fé. Primeiro pedir perdão. Em seguida, louvar
a Deus, agradecer por tudo o que temos.
Só depois disso é que podemos fazer os nossos pedidos. Pedir todos os dias, pedir com a fé
de quem já recebeu.
É também indispensável ouvir Deus.
Rezar é se colocar diante do Pai
para entender a sua vontade. Geralmente Deus fala conosco nas horas em que
menos esperamos. Ao acordar, nos
momentos em que estamos com a mente vazia de preocupações e pensamentos, ou
mesmo nos momentos de desespero... É Deus quem escolhe o momento de falar
conosco. Não adianta lhe perguntar e ficar esperando a resposta. Pois assim
poderemos ficar decepcionados. Pois o tempo de Deus é diferente do nosso tempo.
A Quaresma supõe vida eclesial. No passado era o tempo em que os
catecúmenos se preparavam para receber o batismo, o que acontecia na solene
noite da Páscoa.
Assim como aconteceu com Jesus, é pela cruz que chegaremos a manhã
da ressurreição. É pela penitência, oração e caridade, que atingiremos a pureza
de nossa alma, a qual nos conduzirá um
dia a Glória eterna.
A todo momento podemos e devemos falar com Deus. Faça isso
agora. Aliás, a boa leitura do Catecismo
da Igreja Católica, por exemplo, deve
ser feita, com pequenas interrupções para curtas conversas com Deus.
Experimente fazer isso e você sentirá os efeitos.
José Salviano
Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que perde um pouco do seu tempo em refletir passando os seus ponto de vista que o Senhor Jesus Cristo continue iluminando a todos nós. Abraço.
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