terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Ser puro como uma criança-Mc 9, 30-37-José Salviano


26 de Fevereiro
Evangelho Mc 9, 30-37

No tempo de Jesus a criança era  ignorada, para não dizer, desprezada, deixada de lado, ao ponto deles nem contar as crianças. 
Jesus inverte esses valores, e transforma a criança na pessoa mais importante diante do Reino dos Céus. De modo que se quisermos entrar para a glória eterna, teremos de nos tornar puros como elas.
A criança é inocente, pois ainda não experimentou o pecado. Com exceção das crianças problemas que infernizam a vida e o trabalho dos professores e professoras, toda criança é agradável. É bom explicar que as crianças problemas são frutos de brigas e desavenças no lar, e por tanto, seu mau comportamento não lhe imputa, necessariamente, uma culpabilidade. Pois os verdadeiros culpados do seu desvio de conduta, ou extrema agressividade, são os seus pais.
Nós precisamos ser puros e inocentes como uma criança. Porém, este estado de pureza e de inocência, não será possível se não temos uma fé verdadeira em Deus e em seus mistérios.
A falta de fé, ou a fé morna, é a causadora de muitas desgraças  neste mundo afora.
O ateísmo atual é bastante acentuado, sendo que muitos não plasmam a sua prática de vida tendo em conta a presença de Deus no meio de nós. Eles rejeitam a presença divina, e desse modo o ateísmo é o mais grave problema do mundo atual pois dele se origina todo o mal. Tanto  o  mal desorganizado, disperso, como o mal organizado.
O ateísmo no mundo é expressado ou manifestado pelo apego aos bens materiais, especialmente ao dinheiro, e  pelos vários trâmites ou meios usados para se conseguir este dinheiro. Propinas, falcatruas, desvios de verbas, e mesmo roubo ou assaltos.
Vivemos em um mundo em que uma grande parcela da sociedade vive um MATERIALISMO PRÁTICO, o que significa limitar suas atividades vitais, exclusivamente em uma prática voltada para o tempo e o espaço, em outras palavras, para a realidade material.
Assim, nota-se uma tendência a se acreditar que o homem, é o seu próprio fim em si mesmo. E que a vida se resume nesta experiência de vida terrena. Podemos chamar a isso de HUMANISMO ATEU. Onde vemos o ser humano no centro da atividade vital e Deus totalmente fora desta corrida para o nada, para não dizer, corrida para o inferno, enquanto se vive nesta corrida existencial.
Esses acreditam que o homem ( e a mulher) é o único artífice do seu próprio destino, da sua história, do seu sucesso ou do seu fracasso. Deus fica fora de cogitação, pois para esses, o homem é o autor da sua libertação pela via econômica e social.
E para eles, a religião só atrapalha esta suposta “libertação”, pois ela, a religião, funcionaria como freios aos seus planos nem sempre justos e honestos de ganhar e acumular o capital.
O ateísmo é um pecado contra a virtude da religião, pelo fato de se rejeitar a existência de Deus e de seus mistérios, incluindo a encarnação de seu Filho Jesus Cristo.
Porém, nem tudo está perdido. Pode acontecer que pela graça de Deus que sempre nos chama a conversão, alguém poderá chegar a conclusão de que esse humanismo ateu não passa de uma concepção falsa da autonomia humana a qual os leva a recusar toda dependência em relação a Deus, e que tudo isso é uma grande enganação que os leva a um grande vazio interior, e mesmo diante de tantos bens materiais, o indivíduo continua infeliz mesmo com tanto prazer e muito sorriso falso...

José Salviano
  



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