quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

O BATISMO DE JESUS É A MANIFESTAÇÃO PÚBLICA DE SUA DIVINDADE – Maria de Lourdes Cury Macedo.



Domingo, 13 de janeiro de 2019.
Evangelho de Lc 3, 15-16.21-22.

O povo de Israel esperava ansiosamente o Messias. De acordo com as profecias, o nascimento dele já estava perto de acontecer, aumentava cada vez mais a esperança da vinda do Messias, pois o povo estava cansado de sofrer todo tipo de dominação, humilhação, exploração...
Messias, uma palavra hebraica que em grego se traduz por Cristo, que significa Ungido e se refere a uma pessoa que estaria para chegar como um rei, que libertaria o povo da escravidão em que vivia e estabeleceria no país a justiça e o direito.
O povo vivia a esperança e quando surge João Batista, muitos pensam que é o Messias esperado. João em suas pregações atraía muitas pessoas, porque gostavam da sua pregação e viam nele a possibilidade de ser quem tanto esperavam.
Despertou no povo, ávido por dias melhores, a esperança e o entusiasmo por João. Ele se vestia com uma vestimenta grosseira feita com pelos de camelos, isso revelava muito sua personalidade profética, somando suas palavras com seu modo de vestir.
João batizava todos que queriam mudar de vida, se converter, mudar para melhor, para praticar a caridade, o amor, a justiça, a igualdade, fraternidade..., todos que esperavam o novo que estava pra chegar. O batismo de João era um batismo convidando a conversão, era um rito simbólico, usado para significar a mudança nos costumes, para ter pureza de alma e de sentido. Era um sinal externo de penitência, não perdoava os pecados, mas dispunha a pessoa interiormente para obter de Deus o perdão porque levava a pessoa ao arrependimento. Levava a pessoa a uma renovação interior, uma preparação para receber o Messias que estava para se apresentar.
João preparava o povo para algo maior, para não desanimar, porque estava próxima a chegada do Messias. João, hora alguma,  quis usar o lugar que não era seu, não quis ser a luz, não se preocupava com posições e com poder. João batizava na água e dizia que não era ele o Messias. O Messias vai chegar, ele é mais forte do que eu, Ele batizará no Espírito Santo e com fogo. É para Jesus que João aponta, ele é a luz, o poder, o Messias.
O precursor de Jesus reconhece o seu lugar: “Eu nem sou digno de desamarrar-lhe as sandálias” (v.16). Naquele tempo os escravos, os servos desamarravam as sandálias do patrão, era um serviço muito humilde e João se considera indigno de ser um servo para desatar as correias das sandálias do Messias.
Enquanto João batizava, Jesus chega para ser batizado e recebe seu batismo das mãos de seu precursor. Quer iniciar sua vida pública com esse ato de humildade, quis se igualar em tudo ao homem, passou até por pecador na hora do batismo. Ele não precisava ser batizado, não é pecador, é santo, é puro, não tem pecado, não tem que fazer penitência. E por ser humilde e cumprir a vontade do Pai, o Pai o glorificou. Ao ser batizado o Pai proclamou sua filiação divina diante da multidão. O Espírito Santo pousou sobre Ele em forma de pomba, e do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem querer”. Nesse momento tão sublime houve a manifestação da Santíssima Trindade: Pai, filho e Espírito Santo.
Assim como João não quis tomar o lugar de Jesus, também nós, discípulos missionários leigos de Jesus devemos reconhecer nossa missão, sem nos vangloriarmos do cargo ou posição que ocupamos na Igreja. Precisamos seguir as pegadas de Jesus, se formos humildes Deus nos exaltará. Nós fomos colocados no mundo para seguir Jesus, cumprindo fielmente sua vontade, que é a nossa santificação.
O batismo de Jesus nos remete ao nosso batismo, que de certa forma se repete a cena do batismo de Jesus, o céu se abre para a pessoa que está sendo batizada, pois ela passa a ter o céu por herança. O Espírito Santo desce sobre a alma do batizado, que se converte em templo santo de Deus, morada da Trindade. O Pai o reconhece como seu filho, irmão de Cristo e membro de seu Corpo Místico, que é a Igreja. Assim como Jesus é o predileto do Pai, nós também somos filhos amados do Pai, criados a sua imagem e semelhança.
Precisamos a cada dia despertar nossa consciência cristã a fim de assumirmos os compromissos do nosso batismo. Precisamos ser no mundo as mãos, os pés, a boca de Jesus para sermos um sinal em meio à sociedade, para que nosso testemunho de amor se faça ouvir e incentivar outros a seguir Cristo.
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes

Um comentário:

  1. Você escreve com muita didática e clareza. Parabéns!
    Que o Espírito Santo continue a lhe inspirar para que nunca deixe de evangelizar.
    Grande beijo ����

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