O centurião, e a cura do seu criado, Mt 8,5-11-José Salviano
03 de Dezembro de 2018
Ano C
Evangelho Mt 8,5-11
Aquele centurião que cuidava de cem soldados, era um dos
dominadores romanos que havia invadido a Palestina, lugar onde Jesus vivia.
Porém, apesar de ser um dos cruéis dominadores romanos, o centurião
em questão, era um homem bom, caridoso e justo a medida do possível. Pois ele
tinha de seguir o plano do Império Romano.
Ele era tão bom que chegou a construir uma sinagoga para os judeus.
A sua fé era muito grande ao ponto de crer que não era necessária a
presença física de Jesus em sua casa, para que o seu servo fosse curado.
Do mesmo modo, aquele homem, romano, se importava com a saúde do
seu criado, ao ponto de pedir a Jesus a sua cura.
Quantos patrões hoje fariam coisa semelhante? Quantas donas de casa
se importam com a vida que leva a sua empregada? Com a sua saúde, sua
alimentação?
Apesar de ser um dos romanos que sufocava a vida dos judeus, aquele
homem era diferente, era humilde. E foi assim que Ele se julgou indigno de
receber a visita de Jesus em sua casa.
Quantos de nós já não recebemos Jesus eucarístico indignamente? Ou
por falta de orientação, ou por descuido, ou mesmo por falta de um padre para
fazer uma confissão, ou por preguiça, ou por ter uma fé morna?
Reconhecemo-nos pecadores e pecadoras, e não deixemos passar muito
tempo sem nos confessar com um padre. Pois mesmo os pecados pequenos vão se
acumulando, e vira um “pecadão”.
Busquemos viver na presença de Deus, façamos a nossa parte, mas
entendamos que a nossa caminhada é uma sucessão de cair e levantar. E assim,
quando caímos, nos esforcemos logo para nos levantar, aceitando a mão sempre
estendida de Jesus que vem nos levantar da lama do pecado.
Neste Evangelho, aprendemos que não devemos banalizar a presença de
Jesus em nossas vidas. Tomemos mais cuidados com as nossas participações na
Eucaristia, para que a comunhão do corpo e do sangue de Cristo, não seja para
nenhum de nós, causa de juízo e de condenação.
Precisamos estar puros, dignos de receber Jesus eucarístico. Antes
de comungar, examinemos a nossa consciência, perguntemos a Jesus se Ele nos
permite recebê-lo, e na dúvida, não entremos na fica da comunhão.
Quando não estamos seguros de que podemos comungar, na hora da
elevação do cálice é o momento perfeito para perguntar a Jesus se podemos ousar
recebê-lo. Faça isso com toda fé, e com certeza, Jesus irá lhe responder.
Geralmente sob a forma de um suave arrepio, quando a sua resposta é um
sim. Caso contrário, parece ser um não.
Às vezes poderá acontecer que temos de dar testemunho aos nossos
familiares, e assim, entramos na fila da comunhão. Nesse caso
raro, façamos a comunhão, porém logo assim que pudermos, busquemos
um sacerdote para nos confessar.
José Salviano
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