terça-feira, 23 de outubro de 2018

O espírito do mundo nos torna, doentes e paralisados-Helena Serpa



29 DE OUTUBRO DE 2018

 

SEGUNDA-FEIRA DA TRIGÉSIMA SEMANA

 

DO TEMPO COMUM

 

 

Cor Verde

1ª. Leitura – Ef 4, 32-5,8


Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios 4,32-5,8
Irmãos: 32Sede bons uns para com os outros, sede compassivos;
perdoai-vos mutuamente, como Deus vos perdoou por meio de Cristo. 5,1Sede imitadores de Deus, como filhos que ele ama.
2Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós, em oblação e sacrifício de suave odor. 3A devassidão, ou qualquer espécie de impureza ou cobiça sequer sejam mencionadas entre vós, como convém a santos.  4Nada de palavras grosseiras, insensatas ou obscenas, que são inconvenientes; dedicai-vos antes à ação de graças. 5Pois, sabei-o bem, o devasso, o impuro, o avarento - que é um idólatra -
são excluídos da herança no reino de Cristo e de Deus. 6Que ninguém vos engane com palavras vazias. Tudo isso atrai a cólera de Deus sobre os que lhe desobedecem. 7Não sejais seus cúmplices. 8Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor.
Vivei como filhos da luz. Palavra do Senhor.

Reflexão – “viver como filhos da Luz”
Nesta carta São Paulo nos dá a receita para chegar à santidade: ser bom para com o outro, ser compassivo, perdoar-se mutuamente. Ser imitador de Deus como um filho que imita o seu pai. Viver no amor como Cristo viveu e se entregou por amor. Rejeitar de uma vez por todas a devassidão, a impureza e a cobiça. Abdicar das palavras grosseiras, insensatas ou obscenas que são inconvenientes. A devassidão, a impureza, a avareza são idolatria, culto que se presta à nossa carne e a nós mesmos (as) e que nos excluem do reino de Cristo nos tirando a paz. Todas essas coisas fazem parte da nossa vida e temos que lutar contra nós mesmos (as) para excluí-las do nosso itinerário. “Dedicai-vos antes à ação de graças”.  A ação de graças nos leva à celebração da vida, à gratidão ao Deus Criador, ao louvor, à alegria e à fraternidade. O tempo da escuridão já passou: “agora sois luz no Senhor, portanto vivei como filhos da luz”. – Você acha muito difícil caminhar para a santidade? – É difícil ser bom? – Dentro do receituário de São Paulo qual tem sido a sua maior dificuldade? - Você tem vivido dentro dos ensinamentos evangélicos da castidade, da sobriedade, da harmonia, pureza e outras virtudes equivalentes? – O que você pode dizer ao justo juiz sobre isso?         

Salmo - 1,1-2. 3. 4.6 (R. Cf. Ef 5,1))

R. Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.

1Feliz é todo aquele que não anda *
conforme os conselhos dos perversos;
que não entra no caminho dos malvados, *
nem junto aos zombadores vai sentar-se;
2mas encontra seu prazer na lei de Deus *
e a medita, dia e noite, sem cessar.R.

3Eis que ele é semelhante a uma árvore *
que à beira da torrente está plantada;
ela sempre dá seus frutos a seu tempo,
e jamais as suas folhas vão murchar. *
Eis que tudo o que ele faz vai prosperar,R.

4mas bem outra é a sorte dos perversos.
Ao contrário, são iguais à palha seca *
espalhada e dispersada pelo vento.
6Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, *
mas a estrada dos malvados leva à morte.R.

Reflexão - Ser santo é ser feliz segundo os desígnios de Deus. O salmo nos faz meditar sobre o que nos leva à felicidade, portanto, à santidade. Não andar conforme os conselhos dos perversos, não entrar no caminho dos malvados, mas encontrar seu prazer na lei de Deus e meditá-la, dia e noite, sem cessar. É o mesmo que acontece a uma árvore plantada à beira da torrente, isto é, onde há água em abundância: ela dá frutos a seu tempo e conservará sempre o verde que compõe a paisagem. Assim é a nossa vida quando estamos perto de Deus, vivendo a sua Palavra.

Evangelho – Lc 13, 10-17


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 13,10-17
Naquele tempo: 10Jesus estava ensinando numa sinagoga, em dia de sábado. 11Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar. 12Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse: 'Mulher, estás livre da tua doença.' 13Jesus colocou as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou, e começou a louvar a Deus. 14O chefe da sinagoga ficou furioso, porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado. E, tomando a palavra, começou a dizer à multidão: 'Existem seis dias para trabalhar. Vinde, então, nesses dias para serdes curados, mas não em dia de sábado.' 15O Senhor lhe respondeu: 'Hipócritas! Cada um de vós não solta do curral o boi ou o jumento, para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? 16Esta filha de Abraão, que Satanás amarrou durante dezoito anos, não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado?' 17Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia. Palavra da Salvação.

Reflexão - " O espírito do mundo nos torna, doentes e paralisados "
O Evangelho nos conta a história da mulher que há dezoito anos   estava presa por um espírito que a deixava encurvada e que foi curada por Jesus num dia de sábado. A nossa história não difere muito daquela mulher, se entendermos que dezoito anos significa o tempo da nossa vida em que passamos entregues às nossas próprias sugestões, vivendo conforme a vontade da nossa humanidade, olhando para nós mesmos (as), incapazes de contemplar a Deus e distanciados dos nossos irmãos e irmãs. É um tempo em que passamos entregues ao espírito do mundo, que nos encurva e nos submete às suas mazelas e misérias. Por isso, nos tornamos pessoas infelizes, doentes, incapazes de caminhar livremente, com o olhar voltado somente para baixo, para nós mesmos (as), para nossos interesses. O espírito do mundo nos torna doentes e paralisados (as) pelo egoísmo, pela ganância, pela comiseração, pela murmuração e tantas outras coisas que nos impedem de caminhar em busca da plenitude da vida que Jesus veio nos dar. Enquanto não somos curados (as) por Jesus, o espírito do mal nos escraviza. Deus não computa o tempo em que vivemos assim, se nos deixarmos tocar pela força operadora de Jesus que quer nos salvar, mesmo que seja em "dia de sábado". Dia de sábado, hoje, poderia ser aquele momento em que todos acham inconveniente se falar de Deus, mesmo que haja muitas pessoas que precisam ouvir o que o Senhor tem a lhes falar.  Ou então, aquela ocasião em que entendemos não ter nada a ver se tocar nas coisas do espírito, quando estamos tratando dos negócios, de trabalho, de estudos, enfim, de coisas "importantes" para o desenvolvimento social. Quando em um aniversário ou em uma festa onde todos se divertem, há alguém precisando conhecer Jesus e ser tocado por Ele, porém, nós, respeitando as "conveniências", nos omitimos. Assim também Jesus nos diz: "Hipócritas!" Sim, somos hipócritas porque não temos coragem de anunciar Jesus por onde andamos, temos respeito humano e não queremos nos expor, por orgulho. Somos homens e mulheres encurvados (as) que precisamos de salvação, cura e libertação. Hoje, Jesus também olha para nós que estamos na “sinagoga em dia de sábado”, isto é, na missa, na adoração, no grupo de oração, apenas preocupado com a nossa deformação, e, com compaixão, também nos diz: “estás livre da tua doença” e cura-nos mesmo que para o mundo não seja o momento adequado. Peçamos ao Senhor que nos cure para que possamos amar e servir a Deus em qualquer dia, a qualquer hora e em qualquer lugar, mesmo que seja em dia de sábado. – A doença do mundo é o egoísmo. – Você tem olhado para quem está à sua volta ou só tem pensado nas suas preocupaçõezinhas?  - Qual o espírito que pode estar deixando-o encurvado? - Você escolhe hora e lugar adequados para falar de Jesus? - Você se envergonha de falar das coisas de Deus nos ambientes do mundo? - Você também se sente um homem ou uma mulher encurvada que precisa ser tocada por Jesus?

Um comentário: