Domingo, 07 de outubro de 2018.
Evangelho de São Marcos 10, 2-12.
Jesus
continua a sua caminhada rumo a Jerusalém, onde o poder religioso-político vai
condená-lo à morte. O que ele quer é acabar não somente com a pessoa de Jesus,
mas com o seu ensinamento, quer bani-Lo para sempre, pois Jesus era uma pedra
de tropeço no caminho dele.
Os
fariseus estão sempre procurando motivo para pegar Jesus, principalmente quando
se trata de Lei. Eles discutiam sobre as causas que poderiam justificar o divórcio. Vão
ter com Jesus, para ver o que Ele fala, mas sempre com segundas intenções
querendo pegar Jesus em alguma coisa. Jesus responde com outra pergunta, a qual
eles responderam citando a Lei de Moisés. Queriam saber o que Jesus pensava
sobre o divórcio: se para repudiar a esposa bastava qualquer motivo ou se era
necessária uma causa grave.
Na verdade a lei do divórcio era para proteger a mulher, não
repudiá-la por qualquer motivo, assim a mulher não era mandada embora sem um
motivo muito justo, porque só o homem podia pedir o divórcio. Os fariseus eram
os que elaboravam a carta do divórcio, tornando assim os juízes das causas que
levavam a separação. Esse gesto era de impiedade.
Não foi Moisés que instituiu o divórcio, mas para evitar um mal
maior ele concordou com o erro, porque o divórcio já havia infiltrado entre o
povo. “Por causa da dureza de coração de vocês”, Moisés concordou. Dureza de
coração significava na linguagem bíblica, “desobediência
ao projeto de Deus”. Jesus coloca o matrimônio dentro do projeto de Deus,
homem e mulher unidos em matrimônio formam uma unidade corpórea indissolúvel,
bem mais forte que os laços de sangue ou parentesco.
Jesus recorda a criação. Faz os judeus se lembrarem do Deus que criou
e ordenou tudo para o homem. Ele recorda a criação do primeiro homem e da
primeira mulher.
Deixa claro que as características essenciais do matrimônio são a
unidade e a indissolubilidade. A unidade consiste que tanto o marido como a
mulher não podem ter outra esposa e ou esposo. A indissolubilidade é o vínculo
matrimonial que só se dissolve pela morte de um dos cônjuges.
O sacramento do matrimônio exige mútuo consentimento, é de livre e
espontânea vontade, sem que um dos noivos seja obrigado, coagido e diante do
padre e das testemunhas juram ser fiéis, se amarem e amar e educar os filhos
que tiverem.
Os esposos precisam conviver santamente, de se ajudarem com afeto
constante nas necessidades espirituais e temporais. Ambos devem ter os mesmos
deveres e direitos como: honra, respeito, amor, fidelidade, bondade,
compreensão, paciência...
O casal tem o dever de educar bem os filhos, cuidando da parte
espiritual, da alma e do corpo, formando-os na religião, nas virtudes,
transmitindo-lhes os valores do Evangelho e da moral, com exemplos, com
palavras, enfim com a vivência a cada dia.
O matrimônio é uma comunidade de amor entre o pai, mãe e filhos,
também chamado de “Igreja doméstica”. É no lar que os filhos vão aprender a ter
fé em Deus, aprender a rezar, aprender ter amor ao próximo, praticar caridade,
aprender ter respeito, educação, boas maneiras. É no lar que os filhos vão
aprender a amar, para um dia também constituírem uma família feliz e amorosa.
Os pais precisam corrigir os filhos com amor, sabedoria, paciência, sempre
respeitando seus direitos e exigindo seus deveres.
É na família que a criança aprende a amar e respeitar os pais, os
avós, os mais velhos, os professores, os catequistas, os empregados, os menos
favorecidos, enfim, respeitar todas as pessoas porque todos são filhos de Deus,
criados a Imagem e Semelhança de Deus.
Quando os cônjuges entendem bem o que é o sacramento do matrimônio
eles viverão a santidade, serão consagrados a Jesus, assim o seu lar será
impregnado do Amor de Cristo e será um lar feliz, alicerçado na rocha.
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes
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