sexta-feira, 24 de agosto de 2018

21°DOMINGO DO TEMPO COMUM-Adélio Francisco


REFLEXO DO EVANGELHO DO DIA 26/08/2018
-João 6,60-69
21°DOMINGO DO TEMPO
DIA DO CATEQUISTA E DO LEIGO.

"SENHOR, A QUEM IREMOS NÓS? ...!".
     
No Evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, vemos que o ensinamento de Jesus provoca em muitos dos que escutam, que são discípulos, uma reação de estranheza. Sua palavra lhes parece dura, algo que não se pode aguentar, intolerável. 
 Desse protesto e crítica Jesus está plenamente consciente, mas nem por isso diminui a radicalidade das suas exigências. Enfrenta diretamente seus discípulos na perspectiva da verdade: Isso  vos escandaliza? O mistério eucarístico remetente  (como o batismo :) a outro mais amplo : o mistério do Filho do Homem que chegará a seu maior "escândalo " precisamente na Hora da subida de Jesus para onde estava antes. Mas esse mistério dá, ao mesmo tempo, a chave de interpretação de todo o relato e pretende dissipar o mal-entendido dos judeus e dos discípulos em relação a comer carne do Filho do homem. Não se trata de maneira nenhuma de antropofagia! Jesus responde remetendo à subida ao céu, a sua condição de ressuscitado da morte, de glorificado, isto é, por sua carne que já não é frágil nem corruptível, mas gloriosa e cheia do Espírito. A carne de Cristo pode comunicar vida porque foi investida do Espírito vivificante, da mesma vida de Deus. Com o acontecimento de sua glorificação, a carne de Jesus entra na posse da plenitude do Espírito e se converte em fonte de vida para o mundo; dá a vida e concede o germe da ressurreição. 
   O Espírito transforma e vivifica gloriosamente a carne de Jesus. Essa é a chave de compreensão de todas as palavras de Jesus.
   Sem a ajuda do Espírito, suas palavras de revelação se tornam um contínuo e impenetrável véu de incompreensão.
    Meus amados irmãos e irmãs: veja que as palavras de Pedro são uma completa profissão de fé. Jesus podia tê-la esperando de todos os catequizados. Seria a resposta normal de quem sonhava com a imortalidade, de quem rezava continuamente com o salmista: "Não morrerei, mas viverei para proclamar as obras do Senhor" (SI 118,17). Pedro chama Jesus de Senhor, um título reservado a Deus, professando assim sua divindade. Chama-o de o Santo de Deus, reconhecendo-o como o Messias, " que deveria vir ao mundo", o "enviado do Pai", como Jesus se definira. Pedro declara ser Jesus único ponto de referência da criatura humana: "A quem iríamos?". E dá a razão da segurança desse ponto: "Tens palavras de vida eterna", em que verbo ter significa a onipotência de Jesus, por ser Deus, e vida eterna significa a razão pela qual o Filho de Deus veio ao mundo.
Quando Jesus se apresentou como o Pão  da Vida, como aquele que é preciso engolir para viver de verdade, muitos desistiram de segui-lo. Ao invés de contar agradáveis novidades ou velharias, ele exigia uma opção com relação á sua prática de vida, assim como outrora Josué pedira que o povo optasse por aderir ao único Deus, javé.
Muita gente não quis comprometer-se com Jesus e virou-lhe as costas.
 Em nome dos apóstolos, Pedro optou pela verdadeira vida, que se encontra nas palavras e na vida de Jesus. Nosso ambiente hoje recusa essas palavras, deixando-se manipular pela televisão, pelos políticos, pelo comércio. Não gosta de remar contra a corrente, deixando-se levar; o discurso de Jesus é duro mesmo. Contudo, a única maneira de sermos felizes, como Cristãos, é optarmos por essas palavras duras de Jesus, optar pela prática daquele que dá a sua vida por amor. Assim se realiza o cristão, e a palavra de Cristo se torna para ele palavra de vida eterna.
----A vocês colegas  CATEQUISTAS  e LEIGOS (A) engajados (a) : meus parabéns pelo seu dia. 

PERMANECEMOS NA SANTA PAZ DE DEUS. 
-Adélio Francisco 

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