quinta-feira, 28 de junho de 2018

SOLENIDADE DE SÃOS PEDRO E SÃO PAULO-Adélio Francisco


REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA  01/07/2018
-Mateus 16,13-19

"SOLENIDADE DE SÃOS PEDRO E SÃO PAULO ".

A Igreja celebra juntos São Pedro e São Paulo, chamados "Príncipes dos Apóstolos". Embora com origem e trajetória diversas, ambos estão ligados por um amor incondicionado ao Cristo e sua missão salvadora. Pedro, Galilei e pescador pobre, nascido em Betsaida, mas morador de Cafarnaum, sem formação intelectual, casado, teve um longo aprendizado junto a Jesus, e teve papel importante, embora nem sempre bonito, papel na Paixão e Morte do Senhor. Testemunha da ressurreição de Jesus, e com um expresso mandato do Senhor, assumiu uma incontestada e forte liderança apostólica depois de pentecostes.
Paulo converteu -se no encontro fulgurante com o Senhor, a caminho de Damasco, tendo participado, de corpo e alma e ódio, na paixão e morte dos primeiros cristãos. Era hebreu rico e estudado, solteiro, tinha duas profissões: era rabino e fabricante de tendas de lona, conhecedor profundo da Bíblia e das tradições, cidadão romano desde o nascimento, nascido em Tarso, cidade da então Cilícia, na Ásia Menor, hoje Turquia. Pertencia ao partido dos fariseus. Foi martirizado na periferia de Roma, decapitado, mais ou menos na mesma época de Pedro que morreu, crucificado, de cabeça para baixo, em torno do ano 67.
Pedro chamava-se Simão, antes de conhecer Jesus.
Paulo chamava-se Saul, ou Saulo, antes de começar suas viagens apostólicas entre os pagãos. Se devesse ressaltar uma frase de Pedro, sublinharia a que disse depois do discurso de Jesus sobre o pão: "Senhor, tu tens palavras de vida eterna. Nós temos fé e sabemos que és o Santo de Deus". E de Paulo, do tesouro de suas cartas, prinçaria esta: "Para mim, a vida é Cristo". Ambas as frases expressam bem o mergulho total dos dois no mistério de Jesus de Nazaré, o Filho de Deus.
Na festa de São Pedro e São Paulo, a Igreja lembra com carinho o Papa, sucessor direito de Pedro no governo da Igreja e herdeiro do espírito universalista de Paulo, que sempre de novo recorda que o Evangelho deve ser pregado a todos em todos os tempos e lugares. Ao Papa dirigem-se as palavras do Evangelho de hoje, com a mesma força com que foram dirigidas a Pedro em Cesaréia de Filipe, perto das nascentes do Rio Jordão. Ele tem a missão de ser "o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiéis". Por isso, ele é chamado de Sumo pontífice, isto é, o maior responsável pelo lançamento de pontes "construtor de pontes" pode capazes de unir dois pontos diversos, dois povos diferentes, múltiplas culturasentre si. Evidentemente que ele, como pessoa humana, não teria a consistência suficiente para essas pontes unidade. Mas a força é de Jesus Cristo, único capaz de "Fazer de dois um só povo; reconciliado ambos com Deus num só corpo pela cruz.
Como Pedro, o Papa hoje é o fundamento da comunidade do povo de Deus. O Concílio o chamou de "cabeça visível de toda a Igreja". O Papa, também chamado Santo Padre, é o nosso a pai na fé, a esperança e a caridade, as três virtudes pilastras da comunidade cristã.
Meus irmãos e irmãs: Quando falamos de Paulo, nos lembra o carisma, a evangelização. Pregou o Evangelho do Senhor depois de sua conversão, quando estava a caminho de Damasco.
O texto de hoje constitui uma secção unitária que compreende três relatos: a confissão de fé de Pedro; o anúncio da morte e ressurreição de Jesus; a exortação dada aos discípulos para que brilhem o mesmo caminho de Jesus.
Pedro ao confessar: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!" recebe por parte de Jesus o maior elogio, e também a maior responsabilidade. Dele vai nascer a Igreja, a comunidade de todos aqueles que reconhecem em Jesus o germe da nova humanidade.

PERMANECEMOS NA SANTA PAZ DE DEUS-- Adélio Francisco 

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