sexta-feira, 1 de junho de 2018

GUARDAR O "DIA DO SENHOR-Adélio


REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 03/06/2018

-Marcos 2,23-3,6
9° Domingo do Tempo Comum 



Temos hoje a quarta disputa (as chamadas disputa Galiléia) entre Jesus e os fariseus. Marcos organizou sucessivamente os debates, sem se preocupar com quando e onde de fato aconteceram. Escolheu esta forma didática, para fazer o próprio Jesus se apresentar como filho de Deus e dizer para que viera ao mundo.
Por trás das disputas está sempre implícita a pergunta: Quem é Jesus. Da discussão desponta a resposta: Ele é o enviado de Deus com poderes divinos, é o Messias, que veio ao mundo como libertador e salvador.
A primeira controvérsia foi sobre o perdão dos pecados. Os fariseus e Jesus estão de acordo com uma verdade: só Deus pode perdoar pecados do paralítico e cura física e espiritualmente.

Aos olhos de todos fica claro: ele tem poderes divinos. A segunda disputa girou em torno da licenciosidade de alguém comer com pecadores. Para os hebreus, comer com alguém significava participar de suas ideias e de seus pecados.
Jesus ceia na casa de Mateus, o publicano, considerado pecador público. Os fariseus se escandalizam. Jesus, para ainda maior escândalo deles, declara-se médicos dos enfermos e diz ter vindo ao mundo exatamente para chamar os pecadores.

A terceira discussão partiu da obrigatoriedade do jejum. Jesus aproveitou a questão para falar que viera ao mundo para desposar a humanidade. Jesus usou uma figura dos profetas. Deus era chamado de "esposo". Jesus é o esposo que veio desposar a humanidade e fazer com ela um só corpo é um só espírito.
A questão de hoje gira em torno da observância do sábado. Note-se que Jesus não é contra a observância do sábado, não é contra o jejum e reconhece que a criatura humana é pecadora. Mais os fariseus e os escribas (explicadores da Lei) haviam desviado o verdadeiro sentido do sábado, do jejum e do conceito de pecador. Jesus tenta repor estas questões em suas justas dimensões, para que ajudem a criatura humana a viver na liberdade e alegria dos filhos de Deus e não na escravidão de sutis e complicadas interpretações impostas. 

O sábado foi instituído como dia sagrado principalmente por duas razões: como memórias nos dias da criação, em cujo sétimo dia o Senhor descansará, e comemoração da saída da escravidão egípcia. Por isso mesmo, o sábado significava um dia de agradecimento e de libertação, celebrado com repouso de todos, inclusive dos animais e escravos. Mais os fariseus e os escribas haviam complicado de tal maneira a observância do sábado, com dezenas de proibições e sutilezas, que o preceito do sábado se tornará um peso muito grande para o povo.

Jesus respeita o sábado, mais em seu sentido genuíno: dia em que se manifesta e se celebra a misericórdia e o amor divino, seja na criação amorosa das criaturas, seja na libertação dos males que impedem a felicidade. O mesmo se diga da observância do domingo, que substituiu o sábado para lembrar a ressurreição de Jesus, o grande gesto de Deus que recriou o universo e libertou em definitivo a humanidade do pecado e da morte. A observância do domingo é um mandamento a ser cumprido. Mais para celebrar a misericórdia divina e a redenção trazida por Cristo.

Celebrar o dia do Senhor, portanto, é rezar juntos e juntos pôr-se com humanidade de criaturas diante do Deus Criador, de onde nos vêm todos os bens, partilhar os bens espirituais e materiais, reconciliar-se, solidarizar-se. O sábado (o domingo) é o dia da misericórdia de Deus, que nos criou por amor nos libertou e redimiu e com isso fez comunhão e fraternidade.

PEMANECEMOS NA SANTA PAZ DE DEUS 


Um comentário:

  1. Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.

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