terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Perseverar e nunca desistir de ir é o nosso papel-Helena Serpa


5 DE MARÇO DE 2018 - SEGUNDA-FEIRA DA TERCEIRA SEMANA-  DA QUARESMA
1ª. Leitura  II Rs 5, 1-15ª - “mergulho na perseverança”

Neste episódio, nós encontramos Naamã, um forte guerreiro que, equivocado quis comprar a sua cura, levando ao rei de Israel presentes para agradá-lo e fazer com que Eliseu, o profeta o recebesse para uma “oração de cura” especial. Porém, o rei diante do que lhe era proposto reagiu com veemência e recusou os seus presentes reconhecendo a sua incapacidade e até suspeitando ser vítima de um embuste. No entanto, Eliseu, homem de Deus, com naturalidade, sem mesmo precisar vê-lo, o instruiu para que mergulhasse sete vezes no Jordão a fim de que a sua carne fosse curada e limpa. E foi justamente essa sua simplicidade que levou Naamã a desconfiar da sua orientação.  Ele, sem imaginar que Deus teria poder de tocá-lo e curá-lo sem necessidade de que estivesse na presença de “homens”, afirmou: “Eu pensava que ele sairia para me receber e que, de pé, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, e que tocaria com sua mão o lugar da lepra e me curaria”. A história de Naamã reflete a nossa mentalidade humana diante das circunstâncias que a vida nos impõe, quando não entendemos a intervenção poderosa de Deus e achamos que agradando aos “reis e soberanos” da terra, encontramos a saída para as nossas moléstias.  Assim também, nós reagimos quando estamos com alguma enfermidade física e espiritual e procuramos a cura. Não queremos perder tempo, pois nos consideramos pessoas muito importantes. Ambicionamos o melhor médico, o melhor atendimento, procuramos para nós algo que nos distinga das outras pessoas. E quando buscamos a cura por meio da oração, corremos em busca de milagreiros ou então, pleiteamos uma oração especial que seja dirigida somente a nós. Mas Deus tem uma maneira muito simples de nos curar e nos manda “mergulhar sete vezes no Jordão. Significa perseverar, tentar e nunca desistir.  Mesmo que sejamos como Naamã, um valente guerreiro, será pela nossa perseverança, pela nossa constância e fidelidade que nós obteremos os favores de Deus que cura as nossas enfermidades e as nossas “lepras”. É fiel quem tem fé e quem aceita o tratamento  do Espírito Santo, que na maioria das vezes, tem efeito por meio de uma simples oração, pela participação na Eucaristia, na confissão, ou pela prática do jejum, da esmola, das boas ações, do perdão ao irmão (ã), feitos com perseverança. Queremos coisas muito especiais, por isso, continuamos leprosos (as) necessitados (as) de atenção, porém o Senhor cheio de misericórdia e de amor nos ordena apenas que mergulhemos sete vezes no Jordão.   – O que é para você mergulhar no Jordão? – Você confia em que o Senhor possa curá-lo sem que precise estar na presença dos “Eliseus”? – Você é perseverante na oração e nos sacramentos?

Salmo  41, 2. 3;Sl 42, 3. 4 (R. 41,3)

R. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: e quando verei a face de Deus?
 
Somos enfermos, sedentos e necessitamos da água de Deus que é a Sua Misericórdia. A sede que temos de Deus se manifesta através da tristeza, angústia, da aflição, do medo, da falta de esperança. Porém, quando tomamos consciência de que é o Senhor quem tem o remédio para os nossos males, aí então, sentimos a alegria de ver a Sua face que se apresenta a nós de muitas maneiras. Cante esse salmo e tenha a sua alma refrigerada e consolada.

Evangelho  - Luc 4, 24-30 – “Perseverar e nunca desistir de ir é o nosso papel”

Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria”! Neste Evangelho e com estas palavras Jesus nos previne de que nem sempre teremos sucesso no lugar em que as pessoas já têm o costume de nos escutar. Ele então se reporta às figuras de Elias e de Naamã, o sírio como exemplo disso. Elias foi mandado para fazer prodígios na vida de uma viúva, fora de Israel e Naamã, o sírio, precisou ir a Israel para que Eliseu o orientasse e ele fosse curado, mesmo que lá existissem muitos leprosos que não haviam conseguido a cura. Essas interferências são próprias da nossa natureza humana que não admite se curvar diante do poder que Deus tem sobre nós. Jesus falava estas coisas aos judeus que não O reconheciam porque Ele era o filho de um simples carpinteiro que morava perto deles. Porque O conheciam não acreditavam que Nele estava o poder do Espírito Santo. Dessa forma quando formos enviados (as) para falar de Jesus no meio da nossa família não precisaremos nos angustiar se, às vezes, não conseguirmos êxito, mas tão somente, confiar na força e no poder do Espírito que poderá agir no meio do nosso povo, mesmo que não acreditem em nós. Perseverar e nunca desistir de ir é o nosso papel. Em todos os lugares e em qualquer situação nós poderemos ser os Elias, os Eliseus de hoje, assim como também, os Naamã e as viúvas de Serepta.  Às vezes, não fazemos sucesso no ambiente onde queríamos fazer, mas o Senhor nos envia a outro lugar, e alguém a quem nem imaginamos, por nosso meio, obtém cura e libertação. - A quem você se sente chamado (a) a evangelizar? – Você já fez a experiência de ir à busca dessas pessoas? – Para você o que é evangelizar? – Você já desistiu de evangelizar na sua casa?

4 comentários:

  1. José Maria Nascimento5 de março de 2018 às 02:50

    Obrigado Senhor, obrigado Helena!!!

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  2. DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado p/ reflexão.
    Santa Maria, Rio Grande do Sul.

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  3. lindas reflexões amei Deus abençoe sempre

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  4. ótimas reflexões! leio sempre.
    Obrigado irmãos
    que Deus os abençoe sempre.

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