terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

-Os discípulos não jejuavam como os fariseus-José Salviano

16 de Fevereiro – Ano B

Evangelho Mt 9,14-15


Por que os discípulos de Jesus não jejuavam como o faziam os fariseus? É porque a presença de Jesus com eles era uma festa. E em uma festa ninguém fica sem comer. Ninguém jejua.
Você já imaginou? Em uma festa todo mundo comendo e bebendo, e lá num canto, um indivíduo esquisito, vestido de preto, e com uma barba grande, fazendo oração, e com um copo de água sobre a mesa?
Muito estranho. Não é mesmo? Esse sujeito imaginário estaria fazendo jejum enquanto todos comem e bebem!
A resposta de Jesus aos que perguntaram por que os discípulos não jejuavam, foi pronta e categórica. Como poderia alguém jejuar em um clima de festa?
Jesus explica que na sua presença, nenhum jejum era necessário, pois Ele é o noivo que traz  a alegria da salvação para a humanidade, o clima é de festa, e não de penitência.
Amigos. Onde Jesus estiver não há lugar para tristeza e desolação! Jesus está com você agora? Você comungou o corpo e o sangue de Jesus? Acabou de receber a Eucaristia? Então Jesus está com você. Por isso, não há motivo de tristeza, de cara emburrada, mas mais sim, de rosto alegre, semblante radiante, olhar firme, mesmo diante das adversidades dessa vida. Mesmo na doença, quem está com Jesus, não pode estar triste. Soframos com coragem, e sem essa cara de moribundo. Ora, afinal, mesmo que você já esteja de partida, você está indo para o Paraíso.  É parecido com aquela alegria de quem está de malas prontas para uma viagem a um lugar maravilhoso, nas ilhas do Caribe, ou para uma das lindas praias da Indonésia ou da Nova Zelância, por exemplo!  
Nas sextas-feiras da quaresma são dias de jejum, penitência e oração, incluindo a via-sacra.
Aproveitemos dessa oportunidade para aumentar a nossa riqueza espiritual, e nossa santidade.
POIS, SE A PRÁTICA DO PECADO NOS AFASTA DA ORAÇÃO, NOS DESESTIMULA A REZAR, PELO CONTRÁRIO, A PRÁTICA DA ORAÇÃO MESMO EM PECADO, NOS DÁ FORÇA PARA NÃO PECAR.
Se for possível, pare o que você está fazendo neste instante, feche os olhos e reze. Reze o Pai Nosso. Pelo menos dirija o seu pensamento ao Pai, e diga alguma coisa, peça, agradeça, mesmo sem parar o que esteja fazendo.
O nosso jejum demonstra a nossa dependência de Deus, demonstra o reconhecimento dos nossos muitos pecados. E também, demonstra a nossa solidariedade com aqueles e aquelas que passam fome. Aqueles que vivem em estado de “jejum” obrigatório por não ter o que comer.
E a culpa desse “jejum” dos nossos irmãos famintos, é toda nossa. Pois o alimento deles é de responsabilidade inteiramente nossa. Não podemos ignorá-los, não podemos deixá-los morrer de fome e de frio!
Sabe porque? Porque seria o mesmo que deixar Jesus caído na nossa porta, com fome, sede e passando frio. Pense nisso, pois será de grande valia para a sua salvação eterna.
Pensando assim, e agindo desse modo, que tal fazer jejum, e aquela comida que sobrou, levá-la para os famintos?
Aí, sim! O seu jejum terá grande valia! E não aquele jejum em que você depois jogou a comida que não comeu no lixo!
Jejum é penitência! Jejum é purificação, principalmente quando pensamos naqueles que vivem em estado de “jejum” obrigatório e constante!

Tenha um bom dia. José Salviano






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