quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

IGNORAR O POBRE É IGNORAR O PRÓPRIO JESUS!- Olivia Coutinho

 
Dia 01 de Março de 2018
 
Evangelho de Lc16,19-31 

A todo instante, pessoas necessitadas de ajuda, “desfilam” diante de nós, são irmãos nossos, pessoas, às vezes desprovidas do mínimo necessário para a sua sobrevivência. E muitos de nós, que dizemos seguidores de Jesus, fingimos não vê-los, ou alegamos, dizendo pra nós mesmos,  que se trata de um beberrão, um vagabundo...  E assim, vamos arrumando mil desculpas para justificar a nossa impassibilidade diante do irmão necessitado.  
Como verdadeiros seguidores de Jesus, não podemos  ignorar a realidade sofrida do nosso irmão, precisamos aprender a olhá-lo com o olhar de Jesus, um olhar humano, que não apenas constata a sua necessidade, como também, nos leve a fazer algo em seu favor. 
O Evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, nos apresenta a parábola do rico e do Lázaro.
Através de uma história, Jesus chama a nossa atenção, sobre a importância de cuidarmos bem dos pobres, são eles, as autoridades no Reino de Deus, com eles estão as chaves da porta do céu!
 Vemos na parábola, que em momento algum, é citado o nome do rico, somente o nome do pobre, os pobres, Jesus os conhece pelo o nome! 
O rico desta parábola, não maltratava Lázaro, (o pobre), ele simplesmente o ignorava, perdendo assim, a oportunidade de alcançar, através da ajuda à Lázaro, a sua vida eterna. A sua condenação, não foi pelo o  fato dele ser rico, e sim, pelo o bem que ele poderia fazer e o não fez. É o pecado da omissão!
Podemos comparar o rico desta parábola, com a elite de hoje nossos governantes, que recebem, através do voto, a responsabilidade de governar em favor de todos e não o fazem. Podemos compará-lo também, com todos os que se dizem cristãos, mas não tem compromisso com a vida. 
O Lázaro representa o povo ignorado, o povo sofrido e oprimido. Existem muitos Lázaros espalhados pelo o mundo afora, pessoas passando fome, sedentos de amor, morrendo nas portas dos hospitais sem atendimento médico, e o pior, diante dos olhares insensíveis daqueles que poderiam fazer algo em seu favor, algo que lhe é de direito. 
Outra coisa que deve chamar a nossa atenção nesta história, é que Lázaro, mesmo sendo pobre, sobrevivendo das migalhas que caía da mesa do rico, não reclamava da vida, o que confirma que ele tinha plena confiança na promessa de Deus, promessa, que se concretizou com o seu acolhimento no céu!
A parábola nos diz claramente que é impossível transpor o abismo que separa o inferno do paraíso. Portanto, a ponte que nos liga ao céu, tem que ser construída aqui na terra, através de nossos atos concretos de amor ao próximo, depois que partirmos deste mundo, será tarde demais!
Não esperemos que o pobre venha até a nós, para que possamos ajuda-lo, a exemplo de Jesus, vamos até ele, certifiquemos de suas necessidades, conheçamos a sua história, demonstremos interesse por ele.
 A fome de muitos, nem sempre é só de pão, muitas vezes, é também, fome de amor.
É bom tomarmos consciência, de que, no nosso julgamento final, seremos muito mais cobrados pelo o bem que deixamos de fazer, do que pelo os nossos erros! O que fizemos de errado, pode ter reparação, mas o que deixamos de fazer, em favor do outro, no momento da sua extrema necessidade, não tem volta...
No pobre está estampado o semblante de Jesus, ignorá-lo, é ignorar o próprio Jesus!

FIQUE NA PAZ DE JESUS – Olívia Coutinho

Um comentário:

  1. DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado p/ reflexão.
    Santa Maria, Rio Grande do Sul.

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