23
de Janeiro – Ano B
Evangelho
Mc 3,31-35
Nós católicos praticantes temos duas
famílias que no fundo, resulta, ou pelo menos deve resultar em uma grande
família.
1-Temos a nossa família de sangue.
Nossos pais, irmãos...
2-Temos ainda a nossa família de fé,
aquela em nossa volta na comunidade paroquial, e a grande família universal dos
católicos do mundo, a qual nós pertencemos.
Pelo certo, a família de sangue deveria
nos apoiar, nos incentivar, nos ajudar na nossa prática da fé, e na nossa
participação na comunidade paroquial. Porém, nem sempre é isso o que acontece.
Pelo contrário, muitas vezes podem surgir desentendimentos, entre os
familiares, por causa da nossa dedicação incompreendida pelas coisas de Deus.
Do mesmo modo, podemos notar que nem
sempre encontramos as famílias completas na missa, ou nas atividades
paroquiais. Ou é a esposa, ou é um filho, uma das filhas, o marido,
desacompanhados sempre dos demais componentes do resto da família. Nem todos
participam juntos. Infelizmente esta é uma triste realidade!
Jesus foi bem claro. Minha mãe e meus irmãos, são todos aqueles
que fazem a vontade do Pai.
Assim, todos aqueles que fazem a vontade
de Deus Pai, são irmãos de Jesus, são os que integram a grande comunidade de
fé, uma grande família com um só objetivo. Amar a Deus e ao irmão, fazendo a
vontade de Deus Pai.
No acolhimento, no apoio, na confiança mútua,
na prática do amor fraterno, que representa os laços que unem a todos os que
ouviram o chamado de Deus e o seguiram, aqueles que disseram sim e realmente
foram trabalhara na vinha do Senhor.
A família que pratica a sua fé, é uma
família agradável aos olhos de
Deus. Ajudando nas pastorais, evangelizando,
tudo isso na prática do amor de Cristo, o qual devemos imitar, seguir, e
testemunhar.
A família de sangue não deve se opor à nossa
dedicação e a nossa entrega da família de fé. Se não ajuda, pelo menos não
atrapalhe! Que ela não dificulte a ação
daqueles que querem participar da comunidade paroquial.
Como eu estou vivendo a minha fé? Eu
estou participando da família de fé? Eu estou engajado na vida da Igreja? Quais
as dificuldades que encontro para isso? Dentro de mim? Fora de mim, com relação
às pessoas que convivo? O que tenho feito para melhorar o meu desempenho? O que
tenho feito no sentido de ser melhor, de ser mais fraterno, de ser menos
egoísta, de ser santo? De ser santa?
Será que o meu afastamento da comunidade
foi mesmo por culpa das pessoas? Ou será que eu preciso avaliar o meu
procedimento?
Será que eu me empenhei em amar? Ou
estava lá com o objetivo de ser compreendido e amado? Compreendida e amada?
Será que entrei para a comunidade com o propósito
de ajudar ou de ser ajudado?
De acolher ou de ser acolhida? Será que
eu esperava receber amor, compreensão, em vez de dar tudo isso?
Caríssimas, e caríssimos. Muitas vezes
culpamos os outros pelos nossos fracassos, pela nossa dificuldade no relacionamento,
mas se formos analisar a nossa pessoa, chegaremos à conclusão, de que somos
culpados pelo desprezo de algumas pessoas, pela frieza com a qual somos
recebidos, recebidas, e assim por diante.
Façamos agora um bom exame de consciência
aos olhos de Deus, e procuremos nos corrigir dos nosso defeitos, para assim,
podermos participar melhor da família de sangue, e da família de fé, da
comunidade a qual estamos engajados (as).
Se você sofrer algum tipo de incompreensão,
ou mesmo se perceber algum desprezo velado por causa da sua prática da fé e da
sua dedicação pelas coisas de Deus, não ligue! Não se perturbe. Pois Jesus
disse que devemos largar mulher e filhos
para segui-lo.
Tenha
um bom dia. José Salviano
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