quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

5o Domingo do Tempo Comum-Jorge Lorente

Evangelhos Dominicais Comentados

04/fevereiro/2018  --  5o Domingo do Tempo Comum

Evangelho: (Mc 1, 29-39)

Jesus saiu da sinagoga e foi para a casa de Simão e André, junto com Tiago e João. A sogra de Simão estava de cama, com febre, e logo eles contaram isso a Jesus. Jesus foi aonde ela estava, segurou sua mão e ajudou-a a se levantar. Então a febre deixou a mulher, e ela começou a servi-los. À tarde, depois do pôr-do-sol, levavam a Jesus todos os doentes e os que estavam possuídos pelo demônio. A cidade inteira se reuniu na frente da casa. Jesus curou muitas pessoas de vários tipos de doença e expulsou muitos demônios. Os demônios sabiam quem era Jesus, e por isso Jesus não deixava que eles falassem. De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. Simão e seus companheiros foram atrás de Jesus e, quando o encontraram, disseram: «Todos estão te procurando.» Jesus respondeu: «Vamos para outros lugares, às aldeias da redondeza. Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim.» E Jesus andava por toda a Galiléia, pregando nas sinagogas e expulsando os demônios.

COMENTÁRIO

Neste Evangelho, mais uma vez, Jesus nos mostra a sua ação libertadora. Onde está Jesus, lá está a felicidade, lá está a alegria. Sua presença modifica o ambiente, tudo muda. Com Jesus ao nosso lado, sentimo-nos fortes e protegidos.

Jesus sai da sinagoga, entra na casa de seu amigo e cura a sogra de Pedro que estava acamada, com febre. Aquela que estava doente foi curada e, para demonstrar sua alegria e gratidão, imediatamente começou a servi-los.

Quantos exemplos nós encontramos no Evangelho de hoje. Mostra que a oração está presente na vida de Jesus. Marcos inicia mostrando Jesus saindo da sinagoga, onde, certamente, estava ensinando e orando. Jesus quer nos mostrar que, também ele, encontra forças na oração para cumprir sua missão.
 
Observe que Jesus não foi sozinho à sinagoga. Convidou seus amigos Tiago e João para acompanhá-lo. Esse exemplo deve ser seguido. Precisamos convidar e trazer todos nossos amigos para a casa do Senhor. 



Ao sair da sinagoga Jesus foi visitar Simão e André. O enviado do Pai não fica parado, está sempre a procura das pessoas. Sabe como é importante a presença amiga. Devia estar preocupado e se perguntando por que esses seus amigos não teriam ido à sinagoga naquele dia?

Preocupado, Jesus foi à casa do amigo. Quando lá chegou, encontrou a sogra de Pedro acamada e com febre. Aproximou-se, segurou sua mão e curou-a. Esse gesto de Jesus é totalmente contrário aos costumes da época. Tocar em uma mulher sã, já não era normal, quanto mais estando doente. Qualquer judeu observante da lei teria se afastado dela.

Mais um exemplo, mais uma lição. Além da compaixão pelos enfermos, sem usar nenhuma palavra, Jesus deixou claro que não pode haver discriminação e pede mudanças. Isto vale também para os dias de hoje. A mulher, sempre marginalizada pela sociedade, tem direito a igualdade, dignidade e respeito.

Outra lição que nós aprendemos, foi com a sogra de Pedro; assim que se viu curada, passou a servi-lo. Ela soube agradecer o benefício recebido. Imediatamente colocou-se a serviço. Quantas vezes recorremos a Deus. Quantas curas nós alcançamos, quantas graças recebemos sem nunca nos lembrarmos de agradecer.

Jesus andava por toda Galiléia, curando pessoas e expulsando demônios. Pouco se importava com o número de habitantes. Pregava em todos os lugares, em todas as aldeias. "É para isso que eu vim", dizia ele. Queria mostrar que, por menor que seja o lugar, mesmo que lá habite uma só pessoa, o evangelizador tem que se fazer presente.

Resumindo: Jesus acolhe a todos sem distinção de sexo, raça ou cor. Seu carinho e atenção para com a mulher e com o enfermo são claras demonstrações de amor e igualdade.

Levantar-se de madrugada para orar, é um recado direto para quem quer segui-lo. Ninguém está dispensado de orar. A oração faz parte da atividade apostólica. É ela que dá sentido e força para a ação missionária. Por tudo isso, vamos rezar para que jamais faltem boas notícias, como esta.

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