Terça-feira, 02 de
janeiro de 2018.
Evangelho: Jo 1,19-28
A comunidade de
João, o Amado, estava indicando quem era o Messias que deveria ser seguido.
Lógico que João Batista aplainava os caminhos do Senhor, preparava com o
batismo aqueles que teriam a vontade de seguir uma vida nova cheia de amor e
fraternidade. Portanto muitos seguidores mensuravam sua fé em Batista, pois o
enxergavam como o líder, uma pessoa que tinham a missão de cultivar os
mistérios do Reino.
Mas a
comunidade de João, o Amado, disseminava o verdadeiro Verbo, Jesus, que veio do
Pai com meta de trazer vida nova e libertada, o Messias que habitou entre os
homens e tornou-se o Cordeiro Imolado sem pecado. Esse era o Messias que não
justificava a Lei dos judeus, uma lei excluidora e perversa.
O verdadeiro
Messias compraz de uma lei do amor, uma lei que almejava a paz e o
discernimento entre os irmãos. Que não abandonavam da sociedade as pessoas pela
posição social e econômica. Mas uma lei comprometida com a salvação e a
maturação do cristão na fé.
Batista foi
indagado pelos sacerdotes e levitas. Queriam saber quem era ele. Se era o
Messias, o profeta ou mesmo Elias. Por que os judeus-lideres, donos do
poder político, econômico e ideológico, queriam saber quem era aquele que
batiza, anunciava e comunicava algo novo?
Porque seus interesses estavam sendo ofuscado com a Boa Nova.
Nenhum poderoso
quer ver ser poder sendo questionado ou colocado em dúvidas. Ele quer continuar
usufruindo dos privilégios, dos desmandos, de manter a corrupção para manter-se
agarrado no poder. Jamais aceita uma proposta de unificação.
Jesus tinha e
tem uma proposta de um novo reino. Um reino que não faz distinção de pessoas
pelo seu estado social, um reino acolhedor e um reino que ama todos.
Mas o “reino”
dos homens pecadores mata, explora, marginaliza, desfaz das pessoas. Tanto que
até hoje quem ousa contrariar os mandões do poder tem severos castigos; alguns
são mortos, tombados pelo trabalho do anúncio da vida liberta. Temos muito
exemplos de cristãos hoje que deixaram o espírito falar alto em seu ser e
saíram para enfrentar o poder imperante. Podemos citar o Padre Josimo Brito,
Padre Ezequiel Ramin, Irmã Doreth e tantos outros leigos e leigas que vestiram
do sangue de Cristo e não amedrontaram dos empecilhos da vida. São exemplo para
serem seguidos e anunciados para todo mundo. Foram pessoas que deixaram tudo
para trás a fim de levar a felicidade e a alegria para o homem marginalizado.
Batista deu o
ponta pé inicial. Saiu em meio a deserto para gritar para todos que tem ouvidos
que o Messias estava preste aparecer. O deserto recorda a caminhada do povo de
Deus rumo à liberdade e à vida. Portanto, Batista é a pessoa que prepara o povo
para a libertação que irá acontecer em Jesus. Por quê? Porque os caminhos do
Senhor foram torcidos pela injustiça que gera a morte.
Para tanto o
batismo de Batista é o sinal pelo qual as pessoas se dispõem a acolher a
novidade libertadora de Jesus. Ele está presente, Ele será conhecido através do
testemunho dos que o aceitam.
Portanto, o
grito no deserto deve continuar ecoar a libertação do homem que queira conhecer
Jesus e aceitar sua proposta de vida. Para que isso ocorra é necessário assumir
nossa missão batismal e sair do comodismo a fim de fazer valer o nome do
libertador que é Cristo, nosso irmão carinhoso.
Abraço
Claudinei M. Oliveira
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