Viva Maria!-Alexandre Soledade
TERÇA – DIA 21 Evangelho - Mt 12,46-50
Bom dia!Bem a frente desse momento, outra situação
obrigou a Jesus ter “um mesmo peso”. Todos devem lembrar quando dois dos seus
discípulos pediram para sentar-se um a sua direita e outro a sua esquerda e o
Senhor pacientemente os exortou a respeitar a divina escolha e ao divino tempo.“(…) Nisso aproximou-se a mãe dos filhos de
Zebedeu com seus filhos e prostrou-se diante de Jesus para lhe fazer uma
súplica. Perguntou-lhe ele: Que queres? Ela respondeu: Ordena que estes meus
dois filhos se sentem no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda.
Jesus disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu devo
beber? Sim, disseram-lhe. De fato, bebereis meu cálice. QUANTO, PORÉM, AO
SENTAR-VOS À MINHA DIREITA OU À MINHA ESQUERDA, ISTO NÃO DEPENDE DE MIM VO-LO
CONCEDER. ESSES LUGARES CABEM ÀQUELES AOS QUAIS MEU PAI OS RESERVOU”. (Mateus
20, 20-23)Humano e ao mesmo divino, Jesus poderia
privilegiar os seus, mas deixava claro que sociedade esperava que nascesse após
a divulgação pública da Boa Nova: Uma sociedade justa e longe das
prevaricações. Essa talvez tenha sido uma das “bandeiras” defendidas por Jesus
que mais incomodavam aos doutores da lei: OS PRIVILÉGIOS!Sem dúvida que o maior dos privilégios (ou
quereres) a ser enfrentado era o individual, pois por instinto, precisamos
antes de tudo pensar primeiro em nós e em seguida nos outros.Esse ato humano e natural vem à tona no
sofrimento do Senhor no horto das oliveiras, mas a Sua missão divina o move a
continuar focado no caminho. Quem de nós pensaria primeiro nos outros em
detrimento ao meu querer? Jesus descarta o seu privilégio divino e se oferece
por sua criatura. Estudiosos, inclusive os mais céticos, afirmam que Jesus era
divino visto que andava na “contramão” do raciocínio lógico, fisiológico
e psicológico que possuímos.“(…) O olhar de Cristo esconde nas
entrelinhas complexos fenômenos intelectuais e uma delicadeza emocional. Mesmo
no extremo da sua dor ele se preocupava com a angústia dos outros, sendo capaz
de romper o instinto de preservação da vida e acolher e encorajar as pessoas,
ainda que fosse com um olhar… Quem é capaz de se preocupar com a dor dos outros
no ápice da sua própria dor? Se muitas vezes queremos que o mundo gravite em
torno de nossas necessidades quando estamos emocionalmente tranqüilos, imagine
quando estamos sofrendo, ameaçados, desesperados”. (Augusto Cury – Mestre dos
mestres)Nosso raciocínio lógico também se mostra
convincente quando ao sermos perseguidos optamos por desistir. Sim! Ninguém é
obrigado a sofrer, mas de que vale desistir sem lutar? Quais são os verdadeiros
motivos que me fazem continuar? Será que os motivos são tão pequenos que os
tornam pequenos ao ponto de serem descartáveis?Evidente que existem coisas que superam
nossas forças mas muitos dos que desistem de algo foi por que entrou na luta
pelos motivos errados ou não acreditavam muito no que queriam. Por exemplo
quando luto pra ser chefe, por uma promoção E NÃO TENHO TER LASTRO, COMPETENCIA
OU CONHECIMENTO PARA TAL FUNÇÃO; quando quero ser reconhecido numa função que
fica por “trás das cortinas” e não no palco; quando quero aplausos pelo meu
lindo canto ou tapinhas nas costas por minha linda pregação, será que estou
maduro para entender que na verdade minha verdadeira função era passar
desapercebido para deixar que as pessoas vissem o Cristo e não a mim?Motivos justos nos motivam a perseverar, os
“quereres” são descartáveis. É claro e repito, que existe aquilo que esta além
das nossas forças, mas isso é um tema para outra reflexãoQuem por ventura exerce uma liderança
profissional, social ou comunitária, quais os motivos que o levaram a assumir
essa função? Quem há muitos anos “NÃO LARGA O OSSO” e não treina substitutos, o
que desejas com isso? Perpetuar-se? Isso se chama tirania e não democracia.Em meio ao sofrimento do horto, das
confusões, dos desentendimentos, optaríamos em continuar? Jesus certa altura
falou do peso dos “fardos” e hoje a reflexão que ninguém terá tratamento
diferenciado ou privilegiado perante os olhos de Deus.E por falar em diferenças…Outra coisa que precisamos repensar é o
tratamento desigual que damos as pessoas em troca de interesses. Por que temos
a triste mania de tratar bem aqueles que tenho algum interesse e passar
desapercebido o simples? Será que a copeira não deve ter o mesmo tratamento do
diretor?Por estarmos num ambiente chamado igreja,
deveríamos entender que lá seria um dos poucos lugares no mundo onde não
deveriam ter diferenças de tratamento, pois para Deus somos todos iguais. O que
doou cerveja e refrigerante para a festa do padroeiro deveria ter o mesmo
tratamento gentil daquele que doa suas duas moedinhas no ofertório, pois o
motivo que trouxe o simples de coração a aquele local foi idêntico a mulher que
enxugava os pés de Jesus com os cabelos“(…) Meus irmãos, na vossa fé em nosso
glorioso Senhor Jesus Cristo, guardai-vos de toda consideração de pessoas.
Supondo que entre na vossa reunião um homem com anel de ouro e ricos trajes, e
entre também um pobre com trajes gastos; se atenderdes ao que está
magnificamente trajado, e lhe disserdes: Senta-te aqui, neste lugar de honra, e
disserdes ao pobre: Fica ali de pé, ou: Senta-te aqui junto ao estrado dos meus
pés, não é verdade que fazeis distinção entre vós, e que sois juízes de
pensamentos iníquos? Ouvi, meus caríssimos irmãos: porventura não escolheu Deus
os pobres deste mundo para que fossem ricos na fé e herdeiros do Reino
prometido por Deus aos que o amam? Mas vós desprezastes o pobre! Não são
porventura os ricos os que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais? “. (Tiago
2, 1-6)Deixo ao fim a reflexão proposta pelo site da
CNBB“(…) Jesus não quer que nós sejamos seus servos,
pois o amor que ele tem por nós não permite isso. O apóstolo São João nos diz
no seu Evangelho que Jesus não chama os seus seguidores de servos, mas de
amigos, porque lhes revelou tudo o que o Pai lhe deu a conhecer. Mas no
Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos mostra que quer que todos os
que ele ama e o amam sejam membros da sua família, participem da sua vida
divina. Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não basta apenas afirmar o
amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso conhecer e realizar a
vontade do Pai. Somente quem faz a vontade do Pai ama verdadeiramente a Jesus,
torna-se membro da sua família e participa da sua vida”.Hoje é dia de nossa Senhora do Carmo. Dia
legal para reavivar as bênçãos sobre os escapulários. Um abraço fraterno todo
especial ao pessoal do nordeste que usa esse texto toda segunda feira no terço
dos homens.Viva Maria! Modelo de pessoa que pouco se
importou em ter um local de destaque, mas foi até o fim. Do anuncio do anjo até
a ressurreição passando pela dor do calvário e cruz ao ver seu filho sofrer,
morrer e ser glorificado. Que pena que não entendem a nossa admiração por essa
mulher fantástica.Um imenso abraço fraterno.
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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