domingo, 19 de novembro de 2017

“O QUE QUERES QUE EU FAÇA POR TI?” Olivia Coutinho.

 
Dia 20 de Novembro de 2017
 
Evangelho de Lc18, 35-43
 
Nesta cultura do aceleramento em que vivemos, raramente paramos  para ouvir o clamor do  irmão que sofre,  daquele que está esquecido às margens do caminho,  necessitado   de  nossas mãos para se   reerguer! E quantos de  nós, que dizemos seguidores de Jesus, esbarramos nestes irmãos, mas fingimos não vê-los, preferindo ignorá-los,  para não nos comprometer.
É importante revermos a nossa postura, a nossa impassibilidade diante aos que sofrem, afinal, como Filhos do mesmo Pai,  irmãos em Cristo, somos corresponsáveis pela vida do outro! Ser indiferente aos que sofrem, é ser indiferente ao próprio Deus, que nos encarregou de cuidar deles!
O maior testemunho  cristão, é o amor a Deus, concretizado no cuidado para com os que lhe são prediletos: os pobres!  É aí que está, o sentido do mandamento do amor, nos fazendo entender, que é amando o outro, que amamos a Deus!
O evangelho que a liturgia de hoje coloca diante de nós, nos presenteia com o belo relato de mais uma cura realizada por Jesus.
 Caminhando rumo a Jerusalém, juntamente com os seus discípulos e uma numerosa  multidão, Jesus, ao aproximar-se de Jericó, sente ecoar nos seus ouvidos, um pedido de socorro. Era um grito, que partia de um cego, cuja cegueira, era apenas a privação de um dos seus sentidos, ou seja, uma cegueira física e não espiritual.
 Sentado a beira do caminho, aquele cego, percebe o que muitos de nós, ainda hoje não percebemos: a passagem de Jesus pela a nossa vida!
A fé do cego de Jericó, ainda que imperfeita, era mais luminosa do que as vistas dos que enxergavam fisicamente, pois ele reconhece em Jesus, mesmo sem enxerga-lo fisicamente,  a presença transformadora do poder  de Deus, que liberta os excluídos, os abandonados por uma sociedade que tenta abafar o seu grito por justiça!
O grito do cego Jericó, incomodou os que queriam reter Jesus só para si, mas quanto mais eles tentavam calar a sua voz, mais alto era o seu grito: “Filho de Davi tende piedade de mim”! E este grito de fé, chegou a Jesus!
Tomado de compaixão, Jesus diz: “Chamai-o!"  O interessante, é que os mesmos que tentaram calar a voz daquele cego, agora o encorajam: “Coragem, levante-te, porque Jesus está chamando você". Movido pela a fé, aquele homem, larga tudo o que possuía, ou seja, apenas um manto e vai ao encontro de Jesus!
Dirigindo-lhe a palavra, Jesus pergunta-o: “O que você quer que eu faça por ti?” O cego respondeu: “Senhor, eu quero enxergar de novo!” A resposta de Jesus, como sempre, foi uma resposta de amor: "Vai a tua fé te salvou." E no mesmo instante,  aquele que era cego fisicamente, passou a enxergar!
Completamente restabelecido de sua deficiência, ele sente devolvida a sua dignidade e como resposta, faz do caminho de Jesus, o seu caminho, tornando um dos seus fieis seguidores, um modelo para todos nós, que ainda não estamos totalmente envolvidos no seguimento a Jesus!
A princípio, pode nos parecer estranho, Jesus ter perguntado ao cego: ”Que queres que eu faça por você”? Certamente, Jesus já sabia do que ele necessitava, mas Ele quis ouvir isso dos seus próprios lábios, no sentido de chamar a nossa atenção, para a importância da oração. A oração é um exercício da fé que aprimora o nosso relacionamento com Deus, um pedido de socorro, como a súplica daquele cego, é também uma oração!
Ao ser curado, o "cego" de Jericó, sente-se ampliar a sua visão espiritual, ele não fora embora para viver a vida à sua maneira, passou a seguir Jesus, não ficou mais sentado à beira do caminho, mas à caminho...

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho

3 comentários:

  1. Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.

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  2. DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado p/ reflexão.
    Santa Maria, Rio Grande do Sul.

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  3. Bom dia! Que sejamos como o cego de Gerico, que a nossa fé nos salve! Amém!

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