QUARTA- DIA 08 Evangelho - Lc 14,25-33 Bom dia!“(…) Bendizemos ao Pai porque, mesmo entre
dificuldades e incertezas, todo homem aberto sinceramente à verdade e ao bem
comum, pode chegar a descobrir na lei natural escrita em seu coração”. ( (Doc.
de Aparecida §123)Temos colocado durante essa semana que a
santidade é uma longa estrada a ser percorrida e como tal, nem sempre tem um
percurso fácil ou acessível. Olhando sob esse ângulo, ou seja, pelas
dificuldades naturais de se realizar o trajeto, como então não perceber que
quanto mais peso levo mais difícil será terminar o caminho? “(…) Se um de vocês
quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver
se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não
pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar
dele, dizendo: “Este homem começou a construir, mas não pôde terminar”.Precisamos com todas as forças e atenção
lutar para que não levemos nada que não nos pertence, pois o mal tem a estranha
mania de se agarrar em nós como carrapichos. Quem já andou por uma mata ou
terreno baldio deve entender essa situação. Mas que carrapichos são esses?A vaidade, o medo, a soberba, o orgulho, a
arrogância, a prepotência, a indiferença, o ciúme, a inveja, (…) todos eles tem
a propriedade de furar as nossas defesas mais sólidas e no nosso coração
depositar sua semente. É bem comum vermos capim nascendo em meio a fendas no
concreto. Não precisam de muita coisa; precisam apenas de uma fresta.A bem da verdade me parece que Jesus queria
nos alertar é desses apegos indesejáveis que acabam nos acometendo. Não vejo
Jesus de fato querendo que famílias se desfizessem, mas que os filhos não
decretassem sua permanência no pecado individual e social pela ignorância dos
seus pais e de suas tradições.Jesus queria ofertar um bem maior, mas os
medos impregnados pelos anos de violência a aquele povo tampavam os olhos dos
mais velhos, que nitidamente, já haviam sofrido muito. A descrença é, portanto
comum naquele que muito sofreu e que mesmo hoje vivendo um período de paz, teme
revoltar-se (ou mudar).A revolta proposta por Jesus com o “VEM E
SEGUE-ME”; ela era (e é) uma revolução de dentro para fora. O chamado não
permitia (ou permite) que outra pessoa responda por ele , recorde então a
passagem de Zaqueu, quando Jesus olhando para aquele franzino em cima de uma
árvore (Zaqueu), requer uma tomada de decisão pessoal e intransferível.“(…) Jesus entrou em Jericó e ia atravessando
a cidade. Havia aí um homem muito rico chamado Zaqueu, chefe dos recebedores de
impostos. Ele procurava ver quem era Jesus, mas não o conseguia por causa da
multidão, porque era de baixa estatura. Ele correu adiande, subiu a um sicômoro
para o ver, quando ele passasse por ali. Chegando Jesus àquele lugar e
levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: ZAQUEU, DESCE DEPRESSA, PORQUE É
PRECISO QUE EU FIQUE HOJE EM TUA CASA. ELE DESCEU A TODA A PRESSA E RECEBEU-O
ALEGREMENTE “. (Lucas 19, 1-6)Se a caminhada, como já enfatizamos, será
longa, quanto mais peso levo mais complicada será para me manter nela. O peso
das coisas que carrego fatalmente ou me farão parar mais vezes ou nos motivará
a desistir. Zaqueu tinha tanto por “perder”, mas preferiu perder para ganhar.Quando éramos jovens nossos pais sabiam por
onde andávamos pela cor da roupa que chegávamos em casa e quantas vezes
tentamos mentir mas os sinais no corpo denunciavam, inclusive os carrapichos.
Mais que nossos pais, Deus sabe por onde andamos e conhece cada um dos
carrapichos que tememos retirar. Quem nunca espetou o dedo tentando arrancá-los?Deixa hoje Deus tirar o que não é necessário.Receba essa mensagem de Deus em seu coração.Um imenso abraço fraterno.
Amém! Que o Espirito Santo dessa sobre mim e afaste dos os carrapichos que tentam afastar-me da sua presença.
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