SEXTA
– DIA 22 - Evangelho - Lc 8,1-3
Bom
dia!
Ontem
fiz uma pergunta: Quem são os que de fato amam a Deus?
Apesar
da maioria das narrativas bíblicas haver um nítido predomínio do protagonísmo
masculino, característica da cultura judaica, esse breve trecho introdutório de
Lucas revela a presença de mulheres.
Longe
de serem simples mulheres, pois aparecer, destacar-se num cenário masculino
revela um grande teor de importância dentro de um grupo social. Notamos que
mulheres que foram citadas na bíblia mudaram a história de suas vidas e por
vezes do grupo ou comunidade que viviam.
Antes
de conhecerem Jesus pertenciam a um grupo seleto chamado deserto. Elas eram “os
excluídos” a quem nos referimos comumente nos dias de hoje. Não tinham voz, vez
ou fala. A vida devia se vivida conforme o que ia acontecendo; eram meras
espectadoras de suas próprias vidas… Jesus então aparece e as promove a
protagonistas.
Todo
aquele que se aproxima de Jesus começa a compreender que suas vidas merecem
muito mais do que o pouco que oferecem ou se dão. Por vezes, nós que estamos a
frente, pensamos que somos a última bolachinha do pacote, mas na verdade as
grandes pérolas de Jesus não são vistas ou passam desapercebidas aos nossos
olhos: São os filhos de Deus no mundo.
Esse
povo bom, mesmo sem saber tem a proteção do Altíssimo a lhe guardar. Apesar de
apenas acompanhar os apóstolos, (ir a missa de vez em quando, rezar muito
pouco,(…) Deus conhece o que já venceram e sua fé.
“(…)
Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo, que moras à sombra do Onipotente,
dize ao Senhor: Sois meu refúgio e minha cidadela, meu Deus, em que eu confio.
É ele quem te livrará do laço do caçador, e da peste perniciosa. Ele te cobrirá
com suas plumas, sob suas asas encontrarás refúgio. Sua fidelidade te será um
escudo de proteção. Tu não temerás os terrores noturnos, nem a flecha que voa à
luz do dia, nem a peste que se propaga nas trevas, nem o mal que grassa ao
meio-dia. Caiam mil homens à tua esquerda e dez mil à tua direita, tu não serás
atingido. Porém verás com teus próprios olhos, contemplarás o castigo dos
pecadores, porque o Senhor é teu refúgio. Escolheste, por asilo, o Altíssimo.
Nenhum mal te atingirá, nenhum flagelo chegará à tua tenda, porque aos seus
anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos”. (Salmo 90, 1-11)
Entranho
dizer que alguém tão pouco dedicado tenha a máxima atenção do Pai, mas na
realidade também fazemos isso… Quantos filhos bons (que não dão trabalho)
“sofrem” pela falta de atenção dos pais que dedicam 100% do seu tempo e cuidado
a aquele que dá trabalho? Poderíamos até cobrar mais de Deus quanto a isso, mas
a sabedoria divina explica ao filho que ficou na parábola do filho pródigo que
“(…) Tudo que é meu é seu!”.
Engraçado
é que nenhuma das mulheres, pelo menos no que esta escrito, demonstrou falta de
fé ou coragem como aqueles que ficavam “agarrados” a Cristo. Pedro quase
afogou, Felipe correu; João não quis entrar no sepulcro, e por ai vai… Em que
momento essas mulheres desistiram de acreditar? Não encontro referencia…
A
maioria das pessoas que ABANDONAM a luta, a igreja, o grupo, a pastoral são
aquelas de frente e não aquelas que passeiam. Claro que as aflições são
maiores, mas não é “via de regra”. Quantas pessoas em nossas comunidades, que
não estão de frente, mas as vemos há anos, nos mesmos lugares nas missas e
eventos. Elas não abandonam a Deus com facilidade. Quermesses, novenas,
tríduos, festas, (…) lá estão elas. Chovendo? Lá vêm elas de capa! (risos!)
Será que também não tem seus próprios problemas e aflições.
Precisamos
aprender com o exemplo silencioso daquelas mulheres e desses irmãos
perseverantes de hoje a não desistir. Deus nos promove a protagonista para que
EU DECIDA não desistir; EU QUEIRA levantar; EU QUEIRA algo melhor…
Um
imenso abraço fraterno
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