QUINTA
– DIA 14 - Evangelho - Jo 3,13-17
Bom
dia!
Para
nos localizarmos no contexto desse evangelho é preciso ler os versículos abaixo
“(…)
O povo veio a Moisés e disse-lhe: “Pecamos, murmurando contra o Senhor e contra
ti. Roga ao Senhor que afaste de nós essas serpentes. Moisés intercedeu pelo
povo, e o Senhor disse a Moisés: ‘Faze para ti uma serpente ardente e mete-a
sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo’.
Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se alguém
era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a
vida”. (Números 21, 7-9)
O
povo andava pelo deserto murmurando contra Deus e contra Moisés. Se observarmos
friamente esse fato, é comum vê-lo ainda hoje.
Voltando…
O povo estava muito perto de Canaã, mas precisava passar pela terra de Edom, e
como as cidades-estados tinham certa autonomia, eles (Edomitas) não permitiram
que o povo passasse por dentro do seu território, restando assim dar uma volta
imensa para chegar ao seu objetivo.
Somos
assim também, ao ver um sonho tão próximo, um desejo antigo que não se realiza
por detalhes (…), ou como o povo de Israel, tendo que “optar” por outro
caminho; aceitar o insucesso. Situações como essas tendem a nos fazer lamuriar,
a questionar nossa fé, nosso empenho, (…) Apresentamos então a Deus nossos
frutos, nossas virtudes, nossa fidelidade, questionando-O por não entender a
dificuldade que estamos enfrentando mesmo sendo fieis.
Como
sabiamente diz uma irmã de caminhada “O sofrimento revela o que há de mais
egoísta em nós”.
Qual
seria o máximo de penúria que alguém poderia ser acometido? O que há de mais
valioso que um bandido possa nos roubar? O que a pior das moléstias pode me
tirar? Sim! A vida. E foi justamente ela que Ele deu na cruz! “(…) Porque Deus
amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele
crer não morra, mas tenha a vida eterna”.
Jesus
por vezes citou que aquele que se apegasse a vida iria perdê-la. Será que posso
chamar de apego todas as vezes que resolvo caminhar sozinho, sem orientação e
por conta própria?
O
trajeto feito pelo povo aliado a desobediência os levaram a uma região repleta
de serpentes onde muitos vieram a falecer, mas aqueles que se mantiveram firmes
e firmavam seus olhos e sua segurança em Deus, mesmo de longe saiam vencedores.
Conhecemos
pessoas, amigos, parentes (e às vezes nós mesmos) que, por vontade própria,
resolveram caminhar por caminhos cheios de perigos e incertezas. Não estou
falando dos desafios naturais como a busca de um emprego, uma nova situação,
(…); pessoas por quem rezamos e nos pés do Senhor colocamos sua sorte e seu
destino; irmãos que o mundo talvez já tenha dado por causa perdida, criaturas
que já tiveram seu julgamento feito e sentenciado por nós. Mas uma coisa
eles talvez não saibam “(…) Pois Deus mandou o seu Filho para salvar o mundo e
não para julgá-lo”.
Jesus
foi colocado onde todos pudessem Vê-lo a distancia, e onde hoje Ele se encontra
pode ser encontrado a qualquer momento. Preciso me empenhar mais a levar
a mensagem da Boa Nova a todo coração com quem eu conviver, pois esteja ele
aflito ou esperançoso, não conseguirá fugir do seu olhar.
“(…)
Para onde irei, longe de vosso Espírito? Para onde fugir, apartado de vosso
olhar? Se subir até os céus, ali estareis; se descer à região dos mortos, lá
vos encontrareis também. Se tomar as asas da aurora, se me fixar nos confins do
mar, é ainda vossa mão que lá me levará, e vossa destra que me sustentará. Se
eu dissesse: Pelo menos as trevas me ocultarão, e a noite, como se fora luz, me
há de envolver. As próprias trevas não são escuras para vós, a noite vos é
transparente como o dia e a escuridão, clara como a luz”. (Salmo 138/139, 7-12)
Para
se salvar era preciso olhar para serpente, mas hoje para ver Jesus e sua
salvação basta abrir o coração.
“(…)
Todos os que crêem no Filho de Deus elevado entre o céu e a terra, suspenso na
cruz, recebem dele a vida eterna. A cruz, instrumento de suplício e de
maldição, torna-se, em Jesus Cristo, instrumento de salvação para todas as
pessoas. Por isso, somos convidados a nos associar à cruz de Cristo. Quando
falamos em união à cruz, logo pensamos em sofrimento, mas devemos pensar em
algo que é mais importante que o sofrimento: Jesus, no alto da cruz, não era
nada para si, mas todo para os outros, nos mostrando, assim, que cruz significa
não viver para nós mesmos, mas fazer da nossa vida um serviço a Deus e aos
irmãos e irmãs. A cruz só pode ser verdadeiramente compreendida sob o horizonte
do amor maior” (texto do site da CNBB)
Um
imenso abraço fraterno
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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