TERÇA
– DIA 26 - Evangelho - Lc 8,19-21
Bom
dia!
“(…)
Existem muitas pessoas que querem demonstrar-se religiosas, mostrar a todos que
participam da vida da Igreja e têm amizade com o clero e até usam dos cargos e
funções sociais para conseguir isso. Porém, essas pessoas querem apenas se
promover, não querem nenhum compromisso com o Evangelho e com o Reino de Deus.
A atitude de Jesus nos mostra quem é importante para ele: aquele que ouve a
Palavra de Deus e a coloca em prática, aquele que é capaz de amar, perdoar,
partilhar, acolher, socorrer, consolar, compreender, ensinar, comprometer-se,
doar-se, reunir, celebrar, orar, ser feliz com os que são felizes, chorar com
os que choram, são empáticos, solidários, vivem o amor de Deus”. (site da CNBB)
Se
partirmos das reflexões propostas pelo parágrafo acima teríamos muitas laudas
para escrever e debater, mas a grande proposta da reflexão acima esta em nos
perguntar quais são os motivos que me levam a realizar, eu trabalho
comunitário? Se tenho uma vocação pessoal, um serviço pastoral, qual é o foco
desse serviço: as pessoas ou a mim mesmo?
Muita
gente realiza trabalhos que chamam de assistenciais ou de caridade que pelo
gesto é realmente uma grande ação, mas de fato são de caridade? Obras de amor
são pagas com o sorriso das pessoas, com a alegria delas, com a promoção a uma
condição melhor de vida. Se o que faço visa que me vejam ou busco nessas obras
ganhar pontos com Deus, creio que minha missão anda de “FREIO DE MÃO PUXADO”.
Quando
uso essa expressão é para deixar claro que o gesto é válido e bem recebido por
Deus, mas como qualquer ação ou projeto precisa ser avaliado de tempos em
tempos, precisamos nos atentar aos motivos desse nosso empenho.
Muita
gente faz lindos trabalhos dentro de suas comunidades ao ponto de viverem quase
dentro de suas igrejas de segunda a domingo, mas escondem por trás de uma linda
determinação MECANISMOS DE FUGA OU DE DEFESA. Quem nunca ouviu a expressão:
fulano (a) é o dono da igreja!? Quantas pessoas conhecemos que se não tem um
cargo de coordenação somem de nossas comunidades? Esse é o foco da missão
cristã? Ter cargos e locais de destaque?
Começamos
a semana com uma profunda reflexão a todos que perdem o foco de suas ações em
nome de Deus colocando seus quereres e imaturidades a frente do projeto maior.
A primeira leitura de domingo assim dizia:
“(…)
Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos e vossos caminhos não são
como os meus caminhos, diz o Senhor”. (Isaias 55,8)
Nenhum
trabalho que tenha foco nas pessoas deve ser conduzido por quem não tem
maturidade sob o risco de tentar se alto promover ao invés de “esconder da mão
esquerda o que a direita fez”. Pessoas imaturas e inconsistentes precisam ser
amparadas por pessoas mais sóbrias e sensíveis a ação do Espírito Santo. Obras
de caridade não são de caridade se desejo algo de Deus em troca!
“(…)
Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a mensagem de Deus e a praticam”.
Um
imenso abraço fraterno
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