13/08/2017 - XIX Domingo do tempo comum – 1ª. leitura 1 Reis 19,
9.11-13 – “ a brisa leve do Senhor”.
O profeta
Elias esperou o Senhor, mas Ele não estava no vento, no terremoto nem tampouco
no fogo. Ele chegou com a brisa. Por meio desta leitura nós constatamos, que
quando paramos para esperar o Senhor passar, precisamos primeiramente deixar
que passem o vento impetuoso dos pensamentos, o terremoto dos nossos problemas,
o fogo das nossas preocupações com os afazeres do dia a dia e deixar que a
brisa leve do Senhor se manifeste por meio da paz. O vento, muitas vezes se expressa na figura
das emoções que nos iludem e nos tiram o sono e a harmonia interior. O terremoto também são as sensações que
experimentamos nos momentos de sofrimento que vivemos e dos problemas que
enfrentamos. Outras vezes nós vivenciamos momentos de inquietação e ansiedade
como se tivéssemos dentro de nós um fogo ardente. Nessas horas nós confundimos
as nossas experiências sensoriais humanas com a presença de Deus e, muitas
vezes, consideramos que a chegada do Senhor vem nos inquietar. No entanto, Deus
se aproxima de nós como a brisa do consolo, da proteção, da libertação e do
livramento. A manifestação do Espírito Santo de Deus é suave e sutil como a
aragem. Precisamos deixar aquietar a nossa humanidade para poder perceber a
presença do Senhor que vem mansamente. Elias esperou com paciência até sentir a
manifestação da brisa leve que veio como um murmúrio. Assim também deve
acontecer na nossa oração. Quando
paramos para encontrar o Senhor devemos primeiramente deixar serenar o nosso
coração e a nossa mente e assim acolher a presença amorosa do Espírito que
chega suavemente trazendo a paz e a quietude.
- Pare um pouco os seus
pensamentos e deixe-se tocar pela brisa do Espírito Santo. – Você já teve
alguma experiência parecida com a de Elias? – Onde você tem encontrado o
Senhor?
Salmo 84 –
“Mostrai-nos ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei!”
A oração deste salmo nos leva a cultivar uma esperança em relação
às promessas de Deus. A paciência é a ciência da paz, portanto, pacientemente
nós devemos sempre esperar que a verdade e o amor se encontrem; que a justiça e
a paz se abracem; que o Senhor nos dará tudo o que é bom e que a nossa salvação
é tão certa como a glória que experimentaremos um dia.
2ª.
Leitura – Romanos 9, 1-5 – “ intercessão pelos infelizes que não creem” .
Os judeus ainda
não tinham acolhido a salvação em Cristo Jesus, por isso São Paulo desabafa a
sua tristeza. Conosco também acontece isso, quando experimentamos o poder
libertador de Jesus Cristo e temos a experiência com o Amor do Pai e a
manifestação do Espírito Santo em nós e percebemos que as pessoas ao nosso
redor não acreditam. Ao mesmo tempo em que vivenciamos tudo isto, nós desejamos
que o mundo todo também tenha conhecimento dessa realidade. Na maioria das
vezes, porém, a nossa experiência não é garantia para que os outros também
sejam contagiados com o nosso ardor. Por isso também nos entristecemos,
principalmente quando no meio da nossa família e dos nossos amigos não conseguimos repercutir a nossa fé. Como
São Paulo nós também desejamos dar um jeito e fazer alguma coisa. No entanto, a
melhor providencia que podemos tomar seria, justamente, interceder junto a
Jesus, para que no tempo hábil o Pai se manifeste vivamente no coração destas
pessoas. Todavia o nosso desejar a conversão dos nossos irmãos já é um primeiro
passo para que todas as coisas aconteçam. - O que você sente em relação à pessoas suas queridas que ainda não
acolheram o seguimento de Jesus? O que você tem feito por elas? O que você acha
que está faltando fazer? – Você tem orado por elas?
Evangelho
- Evangelho – Mateus 14,22-33 – “ Não
podemos perder o foco, Jesus é a nossa bússola”
Os discípulos estavam sós, porque Jesus subira ao monte para orar e
a noite chegou. A barca, longe da terra, era agitada pelas ondas, por causa do
vento contrário. Jesus viu e esperou a ocasião para aproximar-se. Há momentos
na nossa vida em que também precisamos enfrentar o vento contrário que sopra no
mar da nossa vida, aparentemente sozinhos. O próprio Deus nos deixa enfrentar o
“vento contrário” e encarar os desafios da nossa travessia aqui na terra, quando
as coisas não ocorrem da maneira que esperamos e dentro da normalidade a que
estamos acostumados. Nestas horas, tudo nos assusta! Até o próprio Deus que, atento
às nossas dificuldades, se aproxima, nós o confundimos com um fantasma e não O
reconhecemos. A Sua chegada, muitas
vezes é inesperada, pois somente Ele sabe o momento certo de intervir. Ele
conhece todos os nossos passos e sabe da nossa capacidade como também da nossa
fragilidade e nunca nos deixará perecer.
A espera por Jesus é o grande desafio que temos de enfrentar, pois exige
paciência, perseverança, serenidade e confiança. Precisamos estar alertas
porque Jesus vem andando sobre as águas, isto é, de uma maneira diferente da
que nós desejamos e, se não estivermos atentos (as), na certa também nós nos
assombraremos. Ele nos convida a confiar
na Sua intercessão junto do Pai e nos prepara para também podermos ir ao
Seu encontro superando as dificuldades, dando passos de fé. Através das dificuldades e dos sofrimentos da
nossa vida podemos nos aproximar de tal forma de Jesus que Ele nos revela seu
amor por nós e nos encoraja para prosseguir confiantes. Jesus chamou Pedro para
dar um passo de fé e enfrentar as ondas do mar e enquanto olhava para Jesus ele
se manteve de pé, no entanto tirou os olhos do Mestre, teve medo e quase
afundou. Não podemos perder o foco! Jesus é a nossa bússola, Ele é o nosso guardião
e com amor diz para cada um de nós que O esperamos: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo”! – Você também já enfrentou o
mar sozinho (a)? – Você confiou que Jesus viria ajuda-lo (a)? – Como Ele se
manifestou? – As dificuldades o fazem aproximar-se mais de Jesus e sentir a sua
presença? – No momento atual há algum vento soprando contrário na sua vida? –
Espere por Jesus, tenha coragem!
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