As pessoas são distintas-Diac. José da Cruz

SÁBADO DA 20ª SEMANA DO TC 26/08/2017

1ª Leitura Rute 2, 1-3.8-11; 4, 3-17

Salmo 127/128, 4 “Assim será abençoado aquele que teme o Senhor”

Evangelho  Mateus 23, 1-12

Neste mundo as pessoas são distintas pelo que têm, pelo que fazem, pelo cargo que ocupam, pela importância que têm e assim, encontramos os que não são nada, e outros que parecem “Ter o rei na barriga” como diz o nosso povo. Pessoas como os Fariseus sempre exigem respeito, reverência, além de todos os privilégios e vantagens que lhes cabe. Em Brasília a coisa está um pouco assim:  homens importantes e letrados, que fazem coisas erradas, têm tratamento diferenciado dos outros homens.

Até na comunidade há pessoas que querem tratamento diferenciado, não querendo submeter-se  as normas para recepção dos Sacramentos, por exemplo. Há outras que assim se comportam porque são “amigos” do Padre e vai por aí afora a lista de pessoas que não conseguem se enxergar como sendo iguais as demais. E o mais grave, essa doença dos que “Se acham importantes”, afeta os cristãos em seus trabalhos pastorais ou nos próprios movimentos. E quando você quer alguma coisa e escuta a clássica pergunta “Mas você falou com  Fulano ou Fulana?” pode saber que ali está alguém que se julga muito importante. 

Claro que nossas comunidades cristãs está recheadas de pessoas, irmãos e irmãs que se doam, que dão o melhor de si, servindo com amor e muita alegria, sem nenhuma pretensão. Mas o Farisaísmo está também presente, não adianta querer tapar o sol com a peneira.

Sentar-se na cadeira de Moisés (expressão colocada pelo evangelista) significa ser os Donos da Verdade e os detentores de todas as informações importantes da comunidade. A comunidade é igualzinha a de Mateus, tem gente que sabe ou pensa saber demais, e sem eles nenhuma decisão poderá ser tomada. Eis aí aqueles, sobre os quais os corneteiros de plantão dizem jocosamente "Este quer mandar mais que o padre".

 Criam regras e mil norminhas na pastoral, no movimento e na liturgia, quando "apertados" por alguém que os enfrentam, terminam com a conhecida frase "Ah... são ordens do nosso padre.... Isso é colocar fardos pesados nas costas dos irmãos e irmãs.

A conclusão do evangelho nos aponta quem é o único e Verdadeiro Centro das atenções em nossa Igreja: Jesus Cristo, tudo é nele, com ele e por ele. Exatamente por isso que Jesus se apresenta como sendo ele o único Mestre, o único que tem autoridade, o único que é o centro de todas as atenções, sem ele, todo e qualquer ministério não tem nem razão de ser.

E o que faz esse Mestre Supremo ? Rebaixou-se á condição de um escravo, sendo ele o maior de todos os maiorais, se fez Servo e ao se humilhar com a morte vergonhosa da cruz, foi exaltado pelo Pai. O Lava-Pés consolida a ação servidora de Jesus. Cargos e funções, importantes ou não, são simples serviços, que devemos prestar com humildade e dedicação, ando o melhor de nós, sempre com alegria e gratuitamente, pois, não sendo assim, prevalece o Farisaismo, que distorce totalmente o sentido do ser cristão, deixado por Jesus para sua Igreja. ( Diácono José da Cruz – E-mail jotacruz3051@gmail.com)