Acredite! Vale a pena!-Alexandre Soledade
Quinta-feira- 31
de Agosto de 2017- Evangelho - Mt
24,42-51
Bom
dia!
A
reflexão da CNBB propõe o seguinte:
“(…)
Duas virtudes nos são colocadas pelo Evangelho de hoje: fidelidade e prudência.
Servo fiel é aquele que não precisa ser vigiado o tempo todo a fim de realizar
tudo o que é da sua competência, é aquele que merece a confiança do seu senhor,
o que não quer dizer submissão cega e inconseqüente, mas sim a pessoa ser
totalmente responsável por aquilo que faz. Prudência significa agir com
cautela, procurando evitar todo tipo de erro, fugindo de todo mal,
principalmente do pecado e de suas conseqüências, o que não quer dizer covardia
e medo, mas sim uma busca de maior consciência dos próprios atos“
Uma das
discussões que mais tem ocupado meu pensamento é o fato ou dificuldade dos
cristãos, em especial dos católicos, em manterem-se firme no que acreditam.
Meio que disfarçadamente as pessoas aos poucos parecem ter medo de dizer que
acreditam em Deus, que tem uma religião ou professam uma fé.
É
complicado competir com o hedonismo, ou seja, pela busca desenfreada por algo
que nos dê prazer. Como o encarregado da propriedade do evangelho de hoje
passamos pouco a pouco a esfriar na crença, zelo ou na esperança do que
acreditamos. Vendemos-nos ou nos permitimos conquistar facilmente pelas coisas
que me façam feliz hoje, agora,… Sob a bandeira da teologia da prosperidade
muitos tem preferido ficar no deserto. Mas de quem é a culpa? Do medo
Um
povo, uma gente ou apenas uma única pessoa não consegue viver se ter medo, e
hoje parece que cada vez as pessoas precisam de gestos concretos ou
milagres para continuar acreditando, mas fé não é atendido pelo código de
defesa do consumidor! Bem aventurados hoje são aqueles que ainda alimentam a
fé, a esperança e a paz mesmo que não a vejam no horizonte.
Gosto
muito de uma citação de um livro que diz: “(…) Para viver de verdade, pensando
e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e
amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança. (Pensar é transgredir – Lya
Luft)
Um povo
que resolve desistir de acreditar por não querer mais esperar e assim voltar a
um passado que não se orgulha, é um povo fadado a perambular num deserto por
ter medo de continuar andando. Nenhuma religião ou credo irá contemplá-la!
Alguém que precisa deixar de crer ou ter valores morais e pessoais para se
sentir inimputável dos seus atos é fadado a mediocridade espiritual.
Bento
XVI certa vez disse que “Deus não tira nada”. Se crer é um fardo, paciência!
Apesar que não entender ou julgar os motivos para tal fato. Crer não é um valor
quadrado, ultrapassado ou démodé, acreditar em algo, ter uma religião,
professar sua fé, pode nos salvar dos desertos que ajudamos a construir; a sair
de poços profundos que com nossas próprias pernas entramos.
No
livro Êxodo narra-se a saga de um povo no deserto e um Deus cada vez mais próximo,
por mais que não o vissem caminhar com eles. Além de vigilantes, convido a cada
um de NÓS a nesse mês de Setembro procurar SEUS passos na areia.
Em
suma… Acredite! Vale a pena! Fuja do mal! Mantenha-se fiel! E se ver alguém
perdendo a esperança, lhe estenda a mão!
Um
imenso abraço fraterno.
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