terça-feira, 20 de junho de 2017

"E O TEU PAI, QUE VÊ O QUE ESTÁ ESCONDIDO, TE DARÁ A RECOMPENSA." - Olivia Coutinho



Dia 21 de Junho de 2017

Evangelho de Mt6,1-6.16-18


           No  Evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, Jesus alerta os discípulos sobre o perigo deles  caírem na hipocrisia de praticar boas obras para serem vistos pelas pessoas e ver crescer o  prestígio deles diante delas.
Este alerta de Jesus, vale também para muitos de nós que gostamos de fazer algo, no desejo de receber elogios, de sermos incensados pelas as  pessoas! 
O texto nos apresenta três práticas que podem nos ajudar  muito  a crescer na nossa vida cristã, que é a esmola, a oração e o jejum.
A esmola, no seu sentido amplo, é toda a nossa disponibilidade em ajudar o próximo, tanto materialmente quanto espiritualmente...
A oração é o nosso contato íntimo e filial com Deus, quando reconhecemos as nossas fragilidade  nos colocando na dependência Dele. E o jejum é o exercício do  autocontrole, uma forma de educar a nossa própria vontade.
Quem vive a fé, tem um relacionamento com o irmão através da partilha, da atenção para com os necessitados, o que chama caridade (esmola.) O relacionamento filial e íntimo com Deus, se chama oração, e o exercício do autocontrole sobre nossas vontades, nossos impulsos se chama jejum.
Todas essas experiências, quando  partidas do coração, nos possibilitam  viver harmonioso com Deus e com os irmãos, porém, se junto a essas praticas, estiver embutido o nosso desejo de ser visto, de ser  elogiado pelos os outros, estas práticas do bem, perdem o valor diante de Deus. 
Há pessoas, que fazem grande publicidade do bem que elas fazem, sendo que o que agrada a Deus, é o bem que fazemos desinteressadamente, na total gratuidade!
Agradamos a Deus quando praticamos a caridade, quando dedicamos tempo para a oração, quando exercitamos o jejum, mas quando os praticamos no intuito de aparecer, de receber elogios, tudo o que fazemos, não é reconhecido por Deus, pois já foi reconhecido pelos os homens!
A caridade,  o  bem que fazemos, deve ser para a glória de Deus e não para recebermos a glória dos homens.
“Não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens.”
  Era costume do judeus, tocar  trombeta nos três momentos de oração: oração da manhã, do meio dia e do entardecer.  Onde os fariseus estavam, eles paravam para fazer  orações. Muitos, procuravam ficar  nas esquinas, em lugares públicos nos momentos destas orações, afim de que o povo visse e admirasse o jeito deles rezarem, uma atitude que não agradava a Deus.
O Jejum praticado pelos os fariseus era acompanhado de alguns gestos exteriores bem visíveis, eles não lavavam  o rosto, não penteava os cabelos... Eles agiam assim, para que o povo visse que eles estavam jejuando. Jesus critica este jeito de fazer jejum e nos pede para fazer diferente, que façamos o jejum sim, mas secretamente, sem que ninguém perceba.
A oração, o jejum e a esmola, são vias que nos levam a Deus, desde que as pratiquemos na total gratuidade, sem segundas intensões. 



FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho

4 comentários:

  1. Essa homilia é ótima, ensina-nos a não ter hipocrisia, a fazer o bem sem nenhuma intenção. E a homiliasta Olívia mesmo não tendo interesse em elogios, não tenho como não elogiá-la, pois ao ler uma homilia assim, de forma clara e explanada, nos causa alegria e emoção ao compreender tão bem o evangelho. Que Jesus te abençoe poderosamente.

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  2. Me espiro muito com as suas partilhas, ao partilhar com os irmãos sigo muito seus exemplos , que Deus te abençoe sempre, e o Espírito Santo esteja sempre contigo

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  3. DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado p/ reflexão.

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  4. Lorisvaldo Alves Cerqueira21 de junho de 2017 às 11:37

    Belas palavras, que Deus continue te iluminando para que possamos receber sempre mensagens como essas, onde percebemos que para ser um cristão autentico é preciso ter muito amor e gratuidade em nossas vidas.

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