terça-feira, 6 de junho de 2017

--Bem-aventurados-José Salviano

12 de Junho de 2017
Cor: Verde
Evangelho - Mt 5,1-12a


Naquele tempo:
1Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se.
Os discípulos aproximaram-se,
2e Jesus começou a ensiná-los:
3'Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos Céus.
4Bem-aventurados os aflitos,
porque serão consolados.
5Bem-aventurados os mansos,
porque possuirão a terra.
6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
7Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
8Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
9Bem-aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus.
10Bem-aventurados os que são perseguidos
por causa da justiça,
porque deles é o Reino dos Céus.
11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem
e perseguirem, e mentindo,
disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim.
12aAlegrai-vos e exultai,
porque será grande a vossa recompensa nos céus.
Palavra da Salvação.(CNBB).

Jesus nos disse neste Evangelho que seremos felizes nesta vida e na outra,  se formos pobres de espírito, misericordiosos, humildes, consoladores dos aflitos,  se promovermos a paz, etc.  
Amigos. O Sermão da montanha nos apresenta a moral da NOVA ALIANÇA, que é o contrário do “olho por olho dente por dente”, da antiga aliança.
Os judeus acreditavam que felizes e amados por Deus, eram todos os que prosperavam, aqueles que ficavam ricos.
Jesus, neste sermão, mostra o reverso da medalha, mostra que não é por aí.  Ao contrário do que pensavam, e que pensam muitos nos dias de hoje, a nossa salvação eterna depende da nossa humildade, e, acima de  tudo, da nossa caridade. Ao contrário do que muitos pensam que tendo riqueza podem ser arrogantes, menosprezar os fracos, o sermão da montanha nos revela o verdadeiro caminho para se chegar um dia na casa do Pai.
Não se trata de largar tudo o que temos e ir morar em uma caverna. Podemos ter, sim, porém, também podemos ser caridosos, agradecer a Deus todos os dias pelo alimento e tudo o que recebemos de suas mãos liberais, porém, peçamos ao Pai, por aqueles que não têm nada!
Sejamos pobres em espírito, ou seja, mesmo que tenhamos riqueza, sejamos complacentes, bons para com aqueles que não tiveram a mesma sorte que nós.
Vamos evangelizar, sem medo de sermos perseguidos. Pois assim, será grande a nossa recompensa no Céu se formos injuriados e maltratados por causa do Reino de Deus.
Este foi o conhecido SERMÃO DA MONTANHA, no qual, Jesus além de inverter os valores, declarou a sua preferência pelos pobres.
A inversão dos valores consiste no fato de os judeus acreditarem que os ricos eram abençoados por Deus, enquanto que os pobres sofriam por causa dos seus pecados. Assim, a pobreza era um castigo de Deus.
Jesus inverte esses valores mostrando que não é por aí, e que os pobres sofrem agora, serão recompensados na glória eterna. Ao contrário, os ricos que tiveram tudo nesta vida, haverão de sofrer muito na eternidade.

Bem-aventurados aos que não são egoístas, que não pensam somente em si. Por que todo aquele que busca apenas a sua felicidade não a encontra de verdade. Porém aquele que busca fazer pessoas felizes, acaba encontrando a sua própria felicidade. Do mesmo modo aquele que busca um Deus só para si, não o encontrará. Mas aquele que busca Deus para si e para os irmãos, está na presença de Deus.
Prezados irmãos. O mesmo Deus que buscamos 24 horas através de Jesus, é o mesmo Deus que deveríamos levar ao irmão. Porque nunca seremos felizes se buscarmos a felicidade somente para nós.
Se não partilharmos a palavra, a eucaristia, a nossa alegria com o irmão, nunca seremos felizes. Seria o cúmulo do absurdo, alguém que fosse catolicamente egoísta, querendo Jesus somente para si!
Prezados leitores. Vamos levar o Evangelho até o nosso irmão distante. Seja catequizando, seja com a nossa vida. Quem não tem o dom da palavra pode também evangelizar pelo seu testemunho, pelo seu exemplo, enfim, pela vida que leva.
Mas não basta levar a mensagem de Jesus aos pobres e famintos. Precisamos primeiro levar também a eles o alimento para saciar a sua fome. E em seguida, levamos os ensinamentos de Cristo.
Caríssimos, o que podemos fazer por aqueles que estão à margem da estrada? Ninguém é tão pobre que não tem um pouco para matar a fome do irmão. Aliás, em minha jornada de evangelização percebi que os pobres são muito mais caridosos do que a classe média e os ricos. Em situação de necessidade extrema, de doença acidentes, catástrofes, as pessoas simples dos bairros humildes fazem arrecadações generosas para ajudar, para aliviar o sofrimento dos atingidos pelos infortúnios. Eles são capazes de se privarem de algo que iria comprar para si ou para sua família para repartir, para contribuir com os irmãos que estão sofrendo mais do que eles. É coisa impressionante! Existe muito mais caridade entre os carentes, do que entre os opulentos!
Vivi experiências nas quais as capelas dos bairros pobres eram construídas e mantidas com toda dedicação pelos moradores locais. Eles mesmos se oferecem, ou avisam que em tal rua existe um pedreiro ou um carpinteiro que podem dar uma forcinha. E geralmente ajudam nas horas do seu descanso. No sábado ou mesmo no domingo.
O que estamos fazendo por aqueles que nos estendem a mão pedindo umas migalhas do muito que Deus nos deu?
Nossa desculpa é que não temos tempo de dar um pouco de atenção às pessoas que nos olham, nos dirigem a palavra, que pedem a nossa ajuda. Pois por causa do nosso egoísmo, o que almejamos mesmo é viver a nossa vida só para nós, sem nos importar com os pobres, excluídos e oprimidos.
Não viva uma vida só para sim, mas se abra para o irmão, para a irmão, numa atitude de fraternidade com Deus! Amém?


Tenha um bom dia. José Salviano



Um comentário:

  1. Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.

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