“Assim como houve entre o
povo falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos doutores que
introduzirão seitas perniciosas. Renegando deste modo o Senhor, que os
resgatou, atrairão sobre si uma ruína repentina. Muitos os seguirão em suas
licenciosidades. Por sua causa o caminho da verdade será blasfemado. Levados
pela cobiça, eles vos explorarão com palavras artificiosas”. (2Pd 2,1-3)
Na fazenda tinha várias casas de
colonos, todas iguaizinhas, uma ao lado da outra. Não havia energia elétrica.
Iluminação só através de lamparina.
Certa tarde, já começava a
escurecer, quando observei o seu Benevides rastejando pelo quintal. Angustiado,
ele procurava alguma coisa bem defronte à porta de sua casa.
Como bom vizinho, me aproximei e
ofereci ajuda. – O que o senhor está procurando? – perguntei.
- Minha medalhinha de ouro –
respondeu – estava limpando-a quando me escapou das mãos e caiu.
Outros vizinhos também se
aproximaram e, de joelhos, começamos a busca da tal medalhinha. Reviramos tudo,
varremos o quintal, e nada. Depois de vasculharmos minuciosamente toda a frente
da casa, sem sucesso, alguém decidiu fazer esta pergunta ao seu Benevides:
- Em que lugar, mais ou menos, o
senhor estava quando a medalha caiu?
- Na cozinha – respondeu.
- Na cozinha?! E por que razão o
senhor veio procurá-la no quintal?
- Porque aqui fora é mais claro.
Parece piada, mas quantas vezes
fazemos o mesmo. Diante de problemas de saúde ou financeiros, perdemos a fé e a
esperança, nos afastamos de Deus. Na hora da angústia, desesperadamente,
procuramos por Jesus. No entanto, o comodismo nos leva a procurá-lo em lugares
errados, aparentemente mais claros e que não exigem sacrifícios. A teologia da
prosperidade, tão em moda atualmente, tem levado milhares de “cristãos” a
rastejarem na angustiante procura de um falso deus que cobra altas taxas em troca
de grandes lucros e sucesso financeiro.
Esperamos que este conto nos ajude a
lembrar que Jesus jamais disse: “venha a mim quem procura estabilidade
financeira, prosperidade nos negócios e vida fácil”. Muito pelo contrário,
Jesus deixou claro que a estrada que leva para a Vida passa pelo calvário.
Disse ainda que o caminho é difícil e que a porta é estreita. Jesus afirmou que
quem almeja a alegria da Glória Eterna deve pensar nas coisas do alto,
renunciar a si mesmo, tomar sua cruz e segui-lo. (Mt 16,24)
(do livro Nada falta onde a presença
de Deus é farta! Jorge Lorente)
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