Domingo, 16 de abril de 2017.
Evangelho de São João 20, 1-9.
A ressurreição de Cristo é o selo da autenticidade divina de
Cristo e da verdade de sua missão.
São Paulo afirma: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa
pregação, e também é vã a vossa fé. E se Cristo não ressuscitou, é inútil a
vossa fé, e ainda estais em vossos pecados (1Cor 15, 14.17).
Naquela sexta-feira tudo
parecia um fracasso total, a presença dos guardas no sepulcro era sinal da
derrota do justo. Jesus o defensor da vida fora vencido. A tristeza e a
desesperança abateram os apóstolos e discípulos, tudo parecia o fim. Mas quando
todos menos esperavam Deus intervém com toda a sua força e derrota as forças da
morte, ressuscita o seu filho amado, Jesus!
Pedro diz: “Vós matastes
o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos. E nós somos
testemunhas deste fato”. (Atos 3,15)
O primeiro dia da semana é o nosso domingo. Os judeus numeravam os dias da semana por primeiro,
segundo, etc. exceto o último que chamavam de sábado, que significa descanso. Depois
da Ressurreição de Jesus, o dia de descanso passou a ser o domingo, que
significa “Dia do Senhor”, dia que Jesus ressuscitou. Domingo é o primeiro dia
da semana, quando Deus criador criou a luz! Jesus é a Luz que vindo a esse
mundo ilumina a todos.
No primeiro dia da semana Maria Madalena vai com as outras mulheres
ao sepulcro, elas queriam ungir melhor o corpo de seu amado Jesus, mas preocupada,
quem rolaria a pedra?! Ao chegar no sepulcro e constatar que a pedra havia sido
rolada e que o sepulcro estava vazio, sem pensar na profecia da Ressurreição, Maria
Madalena pensando que alguém tivesse roubado o corpo de Jesus, cheia de
angústia, deixa suas companheiras e corre apressada para anunciar o acontecimento
aos discípulos e diz: tiraram o corpo do Senhor, roubaram, porque essa foi a
primeira impressão que teve. Não se lembrou naquele momento, de que Cristo
disse que haveria de ressuscitar.
Pedro e João vão ao sepulcro ver se é verdade a notícia que lhes
foi dada por Maria Madalena. Querem se certificar de tudo. Ela tinha explicado que
o sepulcro estava vazio como se tivesse havido um roubo. Sim, o sepulcro estava
vazio, mas os panos e o sudário deixados em boa ordem e arrumadinhos dava aos
discípulos de Cristo a pista para que chegassem a percepção do mistério, pela
fé, como assim aconteceu. João viu e acreditou na Ressurreição. Não era um
roubo ou assalto, mas algo que teria ocorrido na esfera do sobrenatural.
Pedro corre para junto de Cristo. Dias antes ele fizera o
contrário: havia negado o Mestre! Tinha dito que não o conhecia. Quando
perguntaram se ele também era um dos discípulos de Cristo, Pedro disse que não
(cf.Jo 18,25). Agora ele corre para junto do mestre com confiança. Conhece a
misericórdia infinita de Cristo e está seguro do perdão que receberá do Mestre.
Com essa mesma confiança, devemos correr ao Senhor, embora muitos e
graves sejam os nossos pecados. A misericórdia de Deus é muito maior que todas
as nossas faltas, nossos erros, nossos pecados.
Jesus durante sua vida tinha declarado diversas vezes que
ressuscitaria ao terceiro dia depois de sua morte. Os discípulos não
entenderam. Estavam acostumados a ouvir Jesus falar em parábolas. Imaginavam
que o que dizia de sua Ressurreição podia também significar de modo figurado
outra coisa. Se a ressurreição é difícil de se descrever, não é impossível
sentir as consequências dela por meio da fé. Precisamos viver o Cristo glorioso
e triunfante, vencedor do pior mal, a morte. Precisamos da ajuda de Deus para
entendermos sua Palavra, precisamos da luz do Espírito Santo para sentirmos a
ressurreição e vivê-la no nosso dia a dia.
Cristo ressuscitou. Nossa fé vem de Deus, é divina. Suas promessas
são reais. Também nós ressuscitaremos e reinaremos com ele eternamente no céu.
Cristo ressuscitou venceu a morte e o pecado. Como Ele também nós
podemos vencer, com sua graça.
Cristo ressuscitou. O fracasso aparente se converteu na maior das
vitórias. Os fracassos aparentes da Igreja e nossos próprios fracassos se
converterão também em vitórias.
Nosso ideal é seguir Jesus Mestre não só na humilhação, na oração,
no trabalho, no sofrimento e na morte, mas também na ressurreição, na ascensão
ao Céu e na sua vida gloriosa no Paraíso. Depois da prova, o prêmio e a
felicidade nos esperam.
Se queremos aumentar nossa fé, se queremos penetrar nos mistérios
de Deus, se queremos que a luz de Deus nos ilumine, procuremos conservar sempre
puro o nosso coração. Ele nos levará ao conhecimento das verdades de Deus, de
sua grandeza e a sua misericórdia nos libertará de todo o mal.
Jesus passou da morte para a vida, esse é o sentido da páscoa que
Jesus nos deu. Páscoa é ressurreição, é vida nova, renovada em Jesus!
Podemos viver a páscoa todos os dias da nossa vida. Toda vez que
deixamos as atitudes de morte e passamos para as atitudes de vida é páscoa.
- Quando saímos da escravidão dos vícios, do pecado, da ignorância,
do egoísmo, do ódio à é páscoa.
- Quando ajudamos alguém à é páscoa;
- quando nos libertamos da inveja à é páscoa;
- quando nos libertamos da mentira à é páscoa;
- Quando procuramos o sacerdote para nos confessar e mudar de vida,
à é páscoa .
- quando buscamos a Eucaristia para caminharmos firmes na fé, na
santidade e no amorà é páscoa.
Quando desejamos a
alguém “feliz Páscoa”, queremos dizer que estamos comunicando a vitória de
Cristo sobre a morte. Estamos desejando ao irmão uma passagem para melhor vida
no seu dia a dia, a passagem de Deus em sua vida, em seu coração e uma feliz
passagem desta vida para outra.
FELIZ PÁSCOA! É uma proclamação de fé e um engajamento com um programa de
libertação, pois Páscoa é passagem da Escravidão para a Libertação, Passagem de
Deus em nossa vida, em nosso coração!
Meus irmãos e
irmãs: vamos viver a páscoa? Podemos vivê-la todos os dias?
Feliz páscoa, irmãos e irmãs!
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes
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