04 de Abril- Terça - Evangelho - Jo 8,21-30
Bom dia!
“(…) Os judeus compreendem que a morte de Jesus pode estar próxima,
uma vez que Jesus fala de sua partida para onde eles não poderão ir, mas
levantam a hipótese de suicídio por parte de Jesus, deixando de perceber que a
causa da morte de Jesus é a própria incredulidade deles, da recusa diante da
revelação sobre quem de fato é Jesus, da não aceitação do fato que Jesus é o
Filho de Deus, o enviado do Pai para fazer a vontade dele e viver em plena
comunhão com ele. Alguns judeus creram e a semente do Reino foi lançada, mas
muitos não creram, o que resultou na morte de Jesus”. (Reflexão proposta pela
CNBB)
Quantos por ai são vistos como loucos aos olhos das pessoas?
Quantos conselhos são dados e deixados de ser ouvidos por vaidade, orgulho ou
pré-conceitos formados? Um catequizando pode ensinar ao catequista? Um aluno
tem algo a ensinar ao seu professor? Um padre tem ainda o que aprender sobre a
liturgia? Sim!
O evangelho oferece uma oportunidade diária de reflexão. Ele trás
para o balcão da análise, situações do nosso cotidiano (pensamentos, ações e
reações) para serem revistas: Será que a atitude ou resposta que tive foi a
mais cabível para aquele momento? Será que magoei mais do que ensinei? Ajudei
as pessoas a crescer ou minha crítica, minha postura, meio jeito mais afastou
do que juntou?
A CONVICÇÃO que temos sobre algo é um dos produtos da reflexão ou
análise. Ela promove nossa auto-estima, eleva nossa motivação, revigora nossa
vontade de continuar, mas não podemos esquecer que o ARREPENDIMENTO também pode
nascer dessa mesma reflexão.
A mesma convicção que nos oferece um upgrade, por vezes anda lado a
lado com o orgulho. Quantas pessoas que mesmo identificando que suas atitudes
são erradas ou pelo menos equivocadas, escondem esse fruto chamado
arrependimento? Quantos por vaidade levaram até o ultimo instante de vida o
orgulho de não se desculpar? “(…) Vocês são daqui debaixo, e eu sou lá de cima.
Vocês são deste mundo, mas eu não sou deste mundo. Por isso eu disse que vocês
vão morrer sem o perdão dos seus pecados”.
Que mérito tem alguém que não consegue reconhecer suas próprias
falhas? Será que existe alguma vantagem em carregá-las até o fim?
Ainda vemos pessoas que insistem em relutar as mudanças e as
correções (às vezes somos nós mesmos). Muitas vezes em virtude da criação que
receberam, mas uma boa parcela é por medo ou insegurança. Agarram-se a frases
fortes do tipo “NÃO ME ARREPENDO DE NADA QUE FIZ OU FAÇO” ou tentam transformar
a situação a “seu” favor. Quem nunca deparou com alguém, ou até a si próprio,
que ao ser corrigido tirou do bolso uma resposta ou sugestão, mudando assim o
foco da conversa e fugindo de aceitar o próprio erro?
Somos amados por Deus e ninguém esta apto a nos condenar, por que
então temo em dar frutos, crescer, mudar (…)? O orgulho nos condena ao
ostracismo, um buraco onde só Deus pode nos encontrar. Prefiro o isolamento do
que a graça?
“(…) O terreno que recebe chuvas freqüentes e fornece ao agricultor
boas searas, é abençoado por Deus. O QUE PRODUZ SÓ ESPINHOS E ABROLHOS É
ABANDONADO, não demora que será amaldiçoado e acabará sendo incendiado. Embora
vos falemos desse modo, caríssimos, temos a melhor idéia a vosso respeito e de
vossa salvação”. (Hebreus 6, 7-9)
Não deixemos para o último dia o que pode ser feito ainda hoje!
Perdoe! Releve! Peça desculpas! Desarme-se às correções que recebemos e
receberemos! Quantas famílias se empenham em celebrar missas e missas pelo
perdão póstumo de quem nunca quis se arrepender em vida? Não seja mais um!
Se por ventura chegou a conclusão que não consegue ou que é muito
difícil, creia, você não esta sozinho! Dê o primeiro passo! “(…) Quem me enviou
está comigo e não me deixou sozinho, pois faço sempre o que lhe agrada”.
Um imenso abraço fraterno.
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