Qual a fonte que gera os nossos impulsos?-Helena Serpa

16/02/2017 – 5ª. Feira VI Semana comum –Gênesis 9, 1-13 – “um tempo novo”
Ao cabo do tempo de escassez e de cárcere na Arca, Noé e sua família, receberam do Senhor novas instruções para a vida sobre a terra e juntamente com todos os seres vivos que haviam sido preservados do dilúvio começaram a viver um tempo novo de responsabilidade, mas também de muitas graças. Perseguindo com o Seu sonho de resgatar a humanidade, Deus faz por meio dele e de sua descendência uma Nova Aliança com a terra, pondo como sinal dessa união um arco no meio das nuvens. E a primeira grande graça que o Senhor lhes concedeu foi a de serem fecundos e multiplicarem-se para encher a terra e dominá-la. Assim o Senhor também faz conosco depois de termos conhecimento dos Seus ensinamentos e das Suas orientações. Ele nos dá a possibilidade  para que sejamos na terra obreiros do Seu reino e nos capacita a fecundar a terra com a semente da fé e fazer germinar ações úteis para que o mundo seja melhor.  Deus está sempre fazendo aliança com o homem e a mulher esperando deles fidelidade e compromisso. Não viemos aqui em vão, somos chamados (as) a viver uma vida de qualidade e fazer com que as pessoas façam também esta experiência.   – Qual é o seu compromisso para com Deus em relação à vida na terra? – Qual é a parte que compete a você na construção de um mundo novo? – quais as armas que você tem usado para defender o reino de Deus, aqui e agora? – Você vive uma vida de verdadeiro (a) filho (a) de Deus ou apenas uma imitação?

Salmo 101 – “O Senhor olhou a terra do alto céu!”

Enganamo-nos quando pensamos que Deus está longe de nós e que o céu é um lugar distante. O Senhor reconstrói o mundo novo dentro de cada coração, por isso Ele escuta a oração dos oprimidos e não despreza a sua prece. Que seja sempre uma motivação para as futuras gerações o louvor que os nossos lábios pronunciam. De agora e para sempre tenhamos a consciência que o futuro da humanidade depende do que nós plantarmos aqui, agora, com um louvor que seja fruto do grande amor de Deus por nós!

Evangelho – Marcos 8, 27-33 – “qual a fonte que gera os nossos impulsos? ”

Na nossa caminhada espiritual há momentos em que percebemos claramente o pensamento de Deus e falamos coisas que Ele nos segreda aos ouvidos. Outras vezes, porém, somos levados pela nossa humanidade fraca, débil, e expressamos o pensamento do mundo: rejeitamos o sofrimento e repudiamos tudo o que possa vir para nós como mudança de planos. Pedro, neste episódio, expressa o sentimento que há no coração de todo homem. Inspirado pelo Espírito, ele, primeiramente, proclamou que Jesus era o Messias, mas logo que foi atingido na sua fraqueza humana pois, Jesus lhe falara de sofrimento e de dificuldade, ele teve uma reação rebelde de quem está contra o pensamento de Deus. Precisamos estar atentos (as) com o que os nossos lábios pronunciam a fim de perceber a fonte que gera os nossos pensamentos, palavras e ações. Somos anjo (mensageiro de Deus), ou satanás (adversário, acusador), na medida em que escutamos o Espírito Santo ou as falsas sugestões da nossa humanidade. Somos assim! Da nossa boca saem bênção e maldição. Não aceitamos ser humilhados e o nosso orgulho logo se exaspera quando alguém nos acena com esta perspectiva.  Jesus veio para nós justamente porque somos imperfeitos, por isso, não podemos esmorecer diante da decepção que temos de nós mesmos (as), mas permanecer vigilantes reconhecendo a nossa fragilidade. – Você costuma pensar antes de falar e de agir ou segue o impulso do seu coração? – Alguma vez você percebeu também que o Senhor não ficou nada satisfeito com o que você disse? – Você admite que passar por sofrimentos e dificuldades é próprio da missão do homem? - Você percebe quando fala o pensamento de Deus e quando fala o pensamento do mundo?