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de Janeiro- Quarta - Evangelho - Mc 16,15-18
Bom
dia!
Paulo
tem tamanho destaque e admiração da igreja, que mesmo seu dia sendo comemorado
conjuntamente a São Pedro no mês de Junho, hoje comemoramos a sua conversão
pessoal. A mudança de vida desse homem associado ao seu compromisso e destemor
com que se dedicou levar a Boa Nova, o destacam como modelo de homem e
evangelizador.
Tento
encontrar na internet, mas não tenho as referencias de uma palestra que vi pela
TV onde Dom Alberto Taveira, na Canção Nova (Colônia de Férias), fez uma
colocação intrigante sob o fato de muitos buscarem a igreja, mas não procurarem
a conversão. De certa forma ele apresentava uma realidade que vivemos. Juntando
esses pedaços ao primeiro enunciado, temos uma situação: O que seria da igreja
que conhecemos se Paulo curasse sua visão, mas não se convertesse?
Outro
ponto: Na prática existem “conversões” e não apenas uma conversão. Não adianta
se agarrar ao primeiro encontro se persisto, como diz padre Joãozinho, “lutando
com as mesmas armas todos os dias”, pois quando mudo de atitude provoco uma
alteração de direção em minha vida (conversão); planto novos objetivos
pessoais, sonhos e planos, mas isso pouco dará frutos se não volto dia após dia
para ver se o solo precisa de água, adubo, (conversões)…
Muitas
vezes nos apegamos a primeira conversão, mas não mudamos na essência.
Precisamos sempre voltar ao local onde Jesus semeou a Boa Nova para regá-la.
Padre Joãozinho apresenta que o próprio Saulo sofreu outras conversões que
moldaram seu caráter e o tornaram o Paulo que conhecemos e admiramos.
“(…)
Paulo, o grande apóstolo, teve uma primeira conversão no caminho de Damasco.
Deixou de perseguir os cristãos, mas utilizava a mesma arrogância para anunciar
o evangelho. Alguma coisa aconteceu. Houve uma segunda queda. E uma segunda
conversão. O Paulo que escreve a segunda carta aos coríntios não é o mesmo que
escreveu a primeira. Leia e perceba a diferença. Agora temos um sujeito humilde
que diz: trazemos este tesouro em vasos de barro (2 Cor 4,7)“ (blog canção Nova
– padre Joãozinho – segunda conversão)
Esse
Paulo, que foi Saulo, referência cristã no dia de hoje, é fruto dos atos
diários de conversão que teve. Creio que seja assim que devemos entender: Quem
participa de encontros, retiros, congressos, volta profundamente transfigurado
pela graça de Deus, mas essa graça deve ser monitorada, cultivada, regada, (…).
Uma camiseta nova, um terço novo não vão adiantar se não dobrar meu joelho e
continuar rezando para manter a graça “viva”.
Parafraseando
o que padre Joãozinho afirma sobre a segunda conversão de Paulo trago um
questionamento para todos nós: Será que sou “ainda” o mesmo de dez anos atrás?
Será que os pequenos vícios do passado ainda me acompanham?
Precisamos
ter muito cuidado com a perca do zelo pela conversão diária. Quedas e
esfriamentos acabam sendo inevitáveis. Pequenas sementes, ervas daninha, fungos
(…) podem comprometer toda uma plantação, todo o trabalho de uma vida. Pequenos
defeitos todos têm, mas não podemos nos acomodar a eles. O que adianta toda
sabedoria do mundo se não conseguir ouvir uma opinião contrária? Como sou
dentro e fora da igreja? Meu coração realmente se converteu?
“(…)
Entre dentro do seu coração e descubra que você foi feito para fazer o bem, mas
o próprio São Paulo dizia: ‘EU FAÇO O MAL QUE NÃO QUERO E NÃO FAÇO O BEM QUE EU
QUERO’. É uma contradição, uma angústia que ele experimentava dentro de si e
você também experimenta. Você faz mil propósitos: ‘Eu quero acertar’. Mas
quantas vezes nós caímos, erramos e precisamos recomeçar continuamente. Esta
obediência não é sempre fácil, ao contrário é exigente.“. (Dom Alberto Taveira)
Além
de todo trajeto percorrido para levar a Boa Nova, São Paulo conseguiu também se
renovar durante o trajeto. Quem coordena ou ocupa postos de liderança, seja na
igreja, em casa ou no trabalho, por mais tempo que tenham, também precisam,
como Paulo, se deixar converter por suas próprias palavras; deixar-se curar do
veneno que impregna nossa alma pecadora chamado auto-suficiência, orgulho,
egoísmo…
Por
fim, para aqueles que não vêm ainda a necessidade da mudança contínua, deixo um
breve desabafo do Ricardo Sá
“(…)
Quantas vezes, eu ouvi tantas coisas e voltei para casa chorando e, graças a
Deus, chorei no colo da Eliana, minha esposa. Pessoas que me disseram, aqui, no
pé da escada, que eu era auto-suficiente, arrogante, etc. O QUE VOCÊ ESCUTA E O
TIRA DO SÉRIO É PORQUE TALVEZ POSSUA UM POUCO DE VERDADE. É tempo de mudança, e
se você quiser mudar realmente, este é o tempo propício. Nosso Senhor espera de
nós uma verdadeira conversão!“.
São
Paulo, ensina-nos o que aprendeste pelo caminho!
Um
Imenso abraço fraterno!
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