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de Janeiro- Sexta - Evangelho - Lc 3,23.31-34.36.38
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Quem
era esse homem que provocava em João Batista tanta crença? Quem era esse
profeta que preferia estar no meio ao povo ao templo? Quem era esse rei, que
sem cerimônia, descia de sua majestade por preferir ser simples, como qualquer
um de nós? Esse é Jesus.
Seu
jeito de ser e agir sempre confundiu as pessoas ao ponto de muitos durante anos
e anos de história, acharem que ele era “perfeito demais” para poder ter
existido de fato e que ele seria uma criação, um conto do povo…
Um
homem que não tinha onde reclinar sua cabeça, como certa vez citou, conseguia
encantar a muitos. Não possuía bens financeiros, moedas, posses, castelos, mas
o que falava refletia sua alma e tocava as pessoas. João Batista talvez não o
tenha visto durante um bom tempo, mesmo sendo primos e que espanto maravilhado
foi ao vê-lo buscando seu batismo sobre o Jordão?
Durante
a semana vimos que “vinde e vede” talvez significasse “deixe um pouco o que
esta fazendo e ‘paga’ pra ver”.
Quem
“pagou” pra ver não deixou de se extasiar com o homem de Nazaré. Reparemos que
até Pilatos, que dizia ter poder de decisão, ao olhar nos olhos de Jesus,
hesita em sua decisão por saber da inocência daquele que estava sendo julgado…
é verdade! Antes do VINDE E VEDE houve um olhar… O que será que havia naquele
olhar?
“(…)
O olhar de Cristo esconde nas entrelinhas complexos fenômenos intelectuais e
uma delicadeza emocional. Mesmo no extremo da sua dor ele se preocupava com a
angústia dos outros, sendo capaz de romper o instinto de preservação da vida e
acolher e encorajar as pessoas, ainda que fosse com um olhar… Quem é capaz de
se preocupar com a dor dos outros no ápice da sua própria dor? Se muitas vezes
queremos que o mundo gravite em torno de nossas necessidades quando estamos
emocionalmente tranqüilos, imagine quando estamos sofrendo, ameaçados,
desesperados”. (Augusto Cury – Mestre dos mestres)
O
olhar e o convite de Jesus mexeram com Mateus, enquanto era Levi, o cobrador de
impostos; por um lance de olhos, por uma pequena aparição, Zaquel subiu na
árvore e ao abrir sua casa, mudou sua vida; Madalena desistiu de desistir em
crer, um olhar, um convite, o perdão, mudaram sua vida; um toque na orla do
manto, mudou a vida, a “sina” de quem se achava condenada a sagrar pelo resto
da vida; a coragem destemida de amigos que descem um paralitico pelo telhado é
recompensada por aquele que esperava ansioso para curá-lo…
O
que nos falta para ter tamanha fé Nele? Olhar e crer que Ele vem e virá ao
nosso encontro, mesmo achemos que nossa vida, como João Batista, não seja digna
de atar suas sandálias. “(…) Depois de mim vem alguém que é mais importante do
que eu, e eu não mereço a honra de me abaixar e desamarrar as correias das
sandálias dele”.
Apesar
de falhos, em seu olhar brota a sinceridade que nos convence a acreditar quando
nos diz: “(…) Tu és o meu Filho querido e me dás muita alegria”
Essa
semana os evangelhos nos presentearam, de forma singular, que renovemos nossas
forças, que escrevamos novas páginas e permaneçamos de pé. Temos sim muitos
erros mas temos feito um bom trabalho, mas cabe a cada um, em reflexão pessoal,
o quanto preciso melhorar ou me empenhar para que vejam em mim o Jesus que
tanto encantou e encanta.
Hoje
é um dia ideal para renovar nossas promessas batismais!
Acredite:
“(…)Tu és o meu Filho querido e me dás muita alegria”.
Um
imenso abraço fraterno.
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