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de Janeiro- Quinta - Evangelho - Mc 3,7-12
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Nessa
semana, quem teve a oportunidade de acompanhar os evangelhos viu o empenho do
Senhor em realizar o projeto do Pai (curas, milagres, a boa nova aos pobres) e
o também “empenho” dos fariseus e diversos homens da lei em encontrar meios de
por Jesus em ciladas. Jesus se desvencilha delas uma a uma, no entanto como no
tempo em que o Senhor viveu, somos também colocados a prova.
Então
qual é a postura que deve ser adotada por aqueles que, como os apóstolos,
seguem o Senhor e por seu projeto são perseguidos? O que por ventura nos torna
especial para o Senhor ao ponto de presenciarmos seus milagres enquanto projeta
e apresenta novos planos que nunca imaginávamos ter? O que ele espera de nós?
“(…)
Então eu disse: Quem és, Senhor? O Senhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem
persegues. Mas levanta-te e põe-te em pé, pois eu te apareci para te fazer
ministro e testemunha das coisas que viste e de outras para as quais hei de
manifestar-me a ti. Escolhi-te do meio do povo e dos pagãos, aos quais agora te
envio para abrir-lhes os olhos, a fim de que se convertam das trevas à luz e do
poder de Satanás a Deus, para que, pela fé em mim, recebam perdão dos pecados e
herança entre os que foram santificados”. (Atos 26, 15-18)
São
Paulo deixa bem claro esse sentimento que temos. Mudamos de lado, opinião, de
jeito, forma de se vestir e falar; abandonamos velhos hábitos, às vezes
rapidamente outras vezes ao longo do tempo; notam nossa mudança, reparam as
diferenças e por fim passam ver Jesus no nosso olhar.
Essa
mudança não pode nos sufocar, pois a missão deve ser prazerosa e bem planejada.
Jesus quando pede para que se encontre um barco para não ser acotovelado pela
multidão demonstra também preocupação consigo e o Seu projeto. Como poderia
ajudar a outros tantos se fosse sufocado por poucos? “(…) Jesus pediu aos
discípulos que arranjassem um barco para ele a fim de não ser esmagado pela
multidão”.
Todos
que estão imbuídos de algum trabalho em prol de outros, sejam eles catequistas,
voluntários, ministros, sacerdotes, pais, mães, (…) devem ter uma coisa em
mente: TODOS PRECISAM PLANEJAR SUAS VIDAS. É PRECISO ORGANIZAR SEU TEMPO PARA
NÃO SEREM ESMAGADOS PELO EXCESSO DE OFICIO.
Conheço
pessoas que estão engajados e três a quatro frentes de trabalho, que não é
novidade alguma, mas que horas param para rezar? Semeiam a palavra, catequizam,
dão formação, mas em que momento pára para tomar conta da semente que foi
semeada em si mesmo? Quantas lideranças conhecemos que após uma dura batalha ou
período de trabalho se afastam da igreja e por vezes não mais retornam?
A
obra de Deus vai acontecer conforme a vontade Dele, pois é Sua vontade
continuar. Uma igreja sem músicos, o povo cantará; um padre bom que vai embora,
outro tão ungido virá e assumirá a comunidade. Somos aqueles que se preocupam
em encontrar uma barca para o Senhor e não quem senta nela!
Nossa
comunidade tinha cerca de onze pastorais e movimentos e hoje são apenas seis ou
sete. Dentre tantos motivos do esfriamento esta na falta de novos que “arrumem
os barcos”, alimentando em algumas pastorais e movimentos a herança perpétua de
algumas pessoas que pelo tempo, já se sentem no direito de sentar no barco
(risos)
Nosso
empenho deve estar focado em manter a palavra viva na praia. Jesus não deve
parar de falar por nossa falta de empenho. Se fizermos nossa parte
conseguiremos entender Santa Catarina de Sena quando disse: “Se fores aquilo
que Deus quer, colocareis fogo no mundo.“
E
“por fogo” no mundo não quer dizer que sairemos com tochas na mão, mas com um
fogo abrasador que arde no peito de cada cristão chamado Espírito Santo.
Façamos o melhor para manter esse fogo ardendo no mundo. Sejamos verdadeiros
cristãos.
Um
Imenso abraço fraterno!
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