SÁBADO DA 1ª
SEMANA DO ADVENTO 03/12/2016
1ª Leitura Isaías: 30,
19-21.23-26
Salmo: 146
Evangelho: Mateus 9,
35-10.1,6-8
"Reunião de
emergência..."
A
situação é de emergência... Jesus vê a multidão enfraquecida e abatida, sem
rumo ou direção e, provavelmente, sem esperança. Parece ovelhas sem pastor, sem
saber que rumo tomar e à mercê dos lobos vorazes, sem um abrigo seguro e
pastagens verdejantes. Jesus poderia, quem sabe, denunciar a situação aos
governantes da época, acionar os responsáveis para cuidar do povo; melhor
ainda, poderia convocar uma reunião com os Líderes religiosos para alertá-los
sobre a situação triste do povo, chamando-os assim às suas responsabilidades...
Mas
no Reino de Deus não há departamentos em separado para cada problema a ser
resolvido, não há superestruturas para atender as demandas sociais, nem
telefones de emergência ou campanhas de conscientização. O jeito é que tem que
se virar com que se tem à mão. É proibido ficar esperando dos outros, das
instituições responsáveis, das pastorais, das associações, como dizia aquele
refrão de Geraldo Vandré "Quem sabe faz a hora não espera acontecer".
Jesus
tem em mãos um grupo de doze homens que não foram treinados para situações de
emergência, que não são peritos em nada e nem atuam na promoção humana. Jesus
primeiro identifica o problema... "A messe é grande e os operários são
poucos". Depois lhes ensina uma oração muito eficiente "Pedi ao
Senhor da messe que envie operários...”, ou seja, "Olha, Senhor, se
precisar a gente está aqui..." E em seguida convoca os doze para uma aula
prática emergencial. Primeiro lhes transmite confiança. Conferir-lhes poder
significa mostrar do que eles são capazes. Jesus fez e eles também
poderão fazê-lo, promover uma ampla ação libertadora e curar as enfermidades.
Deverão
procurar os que se perderam, aqueles que estão no fundo do poço, mas o mais
importante é o anúncio de que o Reino já chegou e se o reino está próximo, não
mais poderá haver doenças, mortes ou qualquer tipo de alienação ou preconceito
(Os leprosos eram considerados impuros). E por fim a mais importante de toda
instrução, antes de partirem para esta missão de emergência, a fim de socorrerem
a multidão perdida: dar de graça, sem nada querer em troca. Aproveitar do
sofrimento do outro, para comprar sua consciência é o mais horroroso de todos
os pecados diante de Deus, que pode ser praticado por um Discípulo Missionário.
Tirar qualquer vantagem do irmão ou da irmã, que estou ajudando, é crime que
merecerá sempre o repúdio do Céu!
Será
que os miseráveis de hoje, os infelizes, tristes, deprimidos e desgraçados, os
excluídos e marginalizados podem contar com a compaixão das nossas comunidades?
A resposta tem que estar no coração de cada um de nós, que estamos hoje em
lugar dos primeiros discípulos e que somos constantemente convocados pelo
Senhor, que nos envia na direção da grande massa dos Sem Esperança...
Diácono
José da Cruz - Paróquia Nossa Senhora Consolata-Votorantim SP
E-mail cruzsm@uol.com.br
Revisor:
Prof. JCBarbosa
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