10 de Dezembro de 2016
Evangelho
- Mt 17,10-13
Quando Jesus disse: Elias já veio, mas eles não
o reconheceram. Ele se referiu a João
Batista que teve uma missão parecida com a do profeta Elias, o qual foi um
gigante na fé, e que lutou contra os “profetas” do deus Baal, com o objetivo de
restaurar o culto ao Deus Javé.
A missão de João Batista foi parecida porque ele
pregou a conversão, batizando a todos que o aceitaram, e assim preparou os
caminhos para a chegada do Messias.
Desse modo, João representa a volta de Elias, pois
o seu trabalho foi semelhante ao dele.
Quem nos
dera que o mundo de hoje aparecesse um novo João Batista, disposto a conduzir
os indiferentes a conversão.
João pregou na borda do deserto,
nas proximidades do rio Jordão, anunciando a vinda do Menino Jesus. Ele
preparou "o caminho do Senhor" para uma nova terra, a terra
prometida, uma terra onde o Judaísmo foi desfigurado, o povo foi discriminado,
oprimido e até escravizado, pelo governo teocrático do Saduceus e outros
privilegiados. João Batista foi aquele que com muita coragem denunciou todas as
injustiças e anunciou a solução definitiva para todos os males daquela
sociedade.
Também cada um de nós poderemos ser um
pouquinho de João Batista, se assumirmos uma missão transformadora no sentido
de mudar as coisas erradas fruto do egoísmo humano.
Desde que endireitemos os nossos
caminhos e trabalhemos na construção de um mundo novo de justiça e paz, a qual
encontra sua plenitude em Jesus, o Filho de Deus.
Assim como João Batista, podemos
contribuir para que as pessoas se libertem das falsas ideologias emanadas do mundo
digital, das ilusões poder econômico, associado a idolatria espalhada em toda a
mídia.
João Batista firme na esperança de que o
Messias realizaria a sua missão e muito mais, sugere que devemos mudar
totalmente a nossa perspectiva, a nossa trajetória de vida, incluindo a mudança
da nossa escala de valores, para que possamos construir um mundo melhor.
Colinas ou montes e vales representam
hoje os altos e baixos da nossa personalidade. Um dia estamos com Deus, e no
outro dia o expulsamos de nós pelo pecado cometido. João nos exorta a parar com
essa vida de aproximação e afastamento de Deus.
Caminhos esburacados são os pequenos
pecados veniais, que vão esburacando e enfraquecendo o nosso estado de graça,
até se transformar em uma cratera que só uma confissão pode aterrar.
Caminhos tortuosos são os nossos os
nossos deslizes na fé. Uma guinada para a direita, quando estamos em alta com a
nossa fé. Uma virada para a esquerda é quando surge uma dúvida, um
questionamento, que é digno daquele puxão de orelha que Jesus deu a
Pedro. "Porque
duvidaste? Homem de pouca fé".
João
nos convida a endireitar a nossa vida espiritual para que nos tornemos menos
indignos de receber o Filho de Deus. Assim como precisamos hoje nos tornar
menos indignos de receber Jesus nas aparências de pão e de vinho.
E
faremos isso quando precisamos. Quando ao pecar gravemente, voltemos a amizade
com Deus através de uma boa confissão. E é bom que façamos uma boa limpeza em
nossa alma procurando o sacerdote para receber Jesus Menino. Para que a nossa
alegria na noite de Natal não seja uma alegria meramente social, mais sim uma
alegria celestial. Uma alegria que brota de nosso interior modificado pela
presença de Cristo. Uma alegria que não é apenas pelo presente que
ganhamos ou pela embriaguês da bebida que tomamos. Mas sim, uma alegria de quem
está comemorando o aniversário de Cristo, aquele que quis ser o alimento da
nossa alma e que recebemos através da Hóstia Consagrada.
A
satisfação de fazer as pazes com o irmão, de perdoá-lo, e de voltar a desejar a
ele um feliz natal do fundo da alma, não só a ele, mas a todos os irmãos e
irmãs do nosso convívio.
Advento
é a espera desse momento maravilhoso! Cristo não vai nascer no próximo dia 25
de dezembro. Vamos comemorar o seu aniversário. Mas Ele pode e deve nascer ou
renascer em cada um de nó
Prepare sua vida para receber Jesus.
José Salviano
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