Sábado, 05 de novembro de 2016.
Evangelho: Lc 16, 9-15
No Evangelho de hoje, Lucas propõe para o homem fazer uma
escolha decisiva e definitiva porque o Senhor é incompatível com o “Senhor
Dinheiro”. Ou servimos a um ou ao outro! Não é possível querer agradar a Deus e
ao Dinheiro, uma vez que cada um tem regras diferentes para seguir.
A regra de Deus é da justiça que volta para o bem e para a
partilha fraterna. O resultado da regra de Deus é que todos tenham liberdade e
vida. Quem se volta para seguir a Deus tem um coração manso e cheio de
misericórdia, porque é capaz de sensibilizar com o sofrimento do irmão. Não quer
vê-lo explorado e nem em situação vexatória. Este sempre acolhe quem mais
precisa, pois imita o próprio Jesus que amou os pobres e desvalidos.
Jesus não fez pouco caso daqueles que foram rejeitados pelo
sistema que oprime e mata. Ele se colocou de lado e caminhou junto, ajudando a
desviar dos percalços da vida. Jesus tinha a sensatez de um apaixonado pela
vida e pelo bem estar das pessoas.
Mas quem opta para servir ao “Senhor do Dinheiro” serve a
injustiça que gera a falta de fraternidade, que dá origem ao poder que abusa, e
a não partilha, que dá origem a riqueza que explora. Essa regra empobrece a
sociedade porque coloca os bens materiais acima da regra de Jesus: partilhar com os irmãos o que sobra.
Traz para si o poder orgulhoso e avarento, sente-se privilegiado por fazer
fortuna.
Para Deus essa regra não compartilha com uma sociedade livre
e humanizada. Destrói a vida de milhões de pessoas que não tem onde socorrer.
Neste caso cria-se a opressão e exploração que geram poderosos e ricos ao lado
de fracos e miseráveis. Essa situação é inaceitável para Deus.
Tanto que Jesus fala para os fariseus que eram amigos do
dinheiro: “vós gostais de parecer justos diante dos homens, mas Deus conhece vossos
corações. (...) o que é importante para os homens é detestável para Deus”.
Lindas palavras de Jesus. Somente uma pessoa nascido do Espírito Santo poderia
afirmar tal frase. Assim, o projeto de Deus é bem diferente do projeto do
homem. Enquanto o homem tenta construir
um império na terra, Deus pede que construa o Reino da eternidade.
A sociedade atual é capitalista. Não tem como fugir da regra.
Se não envolver no jogo da capital, com sua ideologia, não tem vida longa. Mas
dentro deste sistema o homem poderia ser
compreensível com o outro que passa necessidade. Repartir com equidade
sem colocar toda usura no capital. Envolver com projeto de reverte em vida e em
solidariedade. Há muitas coisas para ser feita em favor de uma sociedade justa
e fraterna.
Se o homem amasse como Jesus amou e fizesse o que Ele ensinou
o coração do pecador reconheceria a felicidade. Não teria tantas desordem e
tantas maldades contra os pequenos. Jesus foi mestre em educar a sociedade
farisaica para mudar de vida. Deixou todo esse legado do amor; cabe ao cristão
abraçar com ternura a docilidade as regras de Jesus.
Portanto, servir ao dinheiro e/ou a Deus é uma escolha sábia
para a eternidade. Para construir uma vida terrena massacrando os irmãos o
dinheiro pode ser uma boa oportunidade, mas para prestar contas das coisas
feitas na terra para Deus, o dinheiro pode se tornar um péssimo negócio.
Contudo se usar o dinheiro do sistema para agraciar projetos
sociais e políticas públicas para revitalizar a vida em abundância, pode usar
sem medida. Pois as coisas mundanas estão a serviço da construção do Reino da
justiça e da fraternidade. O que importa é o objetivo da prática. Se a prática
revelar na essência o bom uso para a coletividade tem a chancela de Deus que é
misericordioso. Assim, o mundo tem a vivência da dignidade e respeito aos
pequenos e esquecidos.
Compreender a Palavra revelada e viver na prática verá o
quanto é maravilhoso ser amado por Deus. Amém.
Abraços
Claudinei M. Oliveira
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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