Domingo, 30 de outubro
de 2012.
Leitura I – Sab
11,22-12,2
Salmo 144(145)
Leitura II – 2Tes 1,11-2,2
Evangelho: Lc 19, 1-10
As leitura deste domingo apresentam um Deus que ama todos os
seus filhos sem abandonar ninguém, seja
pecador, marginal ou “impuros”; é um amor gratuito que transforma e dá vida
plena.
O pai celestial tem apreço pela sua criação, quer ver toda sua beleza florescendo,
reconstruindo, motivada e vivendo na mais plena harmonia. Mesmo que alguns de
seus filhos não estejam em sintonia com Ele, jamais abandona. Deus quer a
conversão sendo efetivada.
Na primeira leitura o autor deixa claro a sabedoria de Deus
manifestando na história do seu povo. Mesmo em pecado, pois os egípcios
veneravam culto “a répteis irracionais e a bichos miseráveis”, o Criador não
cansa em oferecer seu agrado e sua benevolência. Deus poderia castiga-los ou repreendê-los por
seguir as coisas mundanas, entretanto, o autor do livro da Sabedoria, manifesta
o seu espanto pela moderada afabilidade de Deus. Ele acolhe!
A grandeza e o amor de Deus são grandiosos e não se incomoda
pelos descuidos de seus filhos. O agir de Deus é o legado que o cristão deve
seguir com veemência, pois reto é seu coração que não julga pelos atos, mas dá
oportunidade para reaver o caminho seguro.
Deus demonstra a misericórdia e a tolerância, busca a perfeição e almeja
que nada se perca pela falta de oportunidade.
Temos a certeza que o perdão de Deus é merecedor e eficaz
quando o pedido nasce do coração. Deus não quer a morte do pecador e nem sua
destruição, mas quer seu arrependimento
e sua conversão para a vida. Contudo, isso se revela para aquele que ainda é
pagão e opressor. O que se busca são as
ovelhas fora do aprisco, longe da ternura do Pai, que não aprenderam a
agradecer e a viver a Palavra que liberta.
Imprescindível que o amor de Deus derrame sobre todas as
criaturas. Sua criação é obra perfeita. Tem o aroma do amor, da ternura e do
apreço. Deus é o Senhor que ama a vida na essência. Não tem como admirar nosso pai e encher-se de
orgulho por fazer parte dessa história magnifica.
Ás vezes, julgamos Deus pelos tropeços da vida. Afirmamos que
o castigo divino acontece, como se Deus agisse de modo vingativo. A partir
dessa leitura podemos perceber que Deus não castiga ninguém, mesmo andando nos
caminhos errados, Ele continua insistindo na conversão. Revela para nós o
quanto nos ama e quanto nos quer bem. Sua preocupação é um bem sem fim.
O cristão deve revelar como o salmista que exalto o nome do
Senhor sem precedente. Tem uma vivacidade ao louvar para sempre o nome do
Senhor teu Deus e tê-Lo como Rei. Não se cansa de elevar o nome do Altíssimo,
pois sabe o quanto grandioso pode revelar a seu favor.
Coisa que nos esquecemos das intervenções do Senhor sempre na
vida. O dia que nasce lindo, as chuvas que molham as plantações, o brilho do
sol para clarear o caminho, o alimento que sacia os famintos e o Espírito Santo
que alimenta o fazer-se e a fé que demonstra o reconhecimento das maravilhas
criadas por Deus.
Essas evidências aparecem na segunda leitura. A preocupação
de Paulo com sua comunidade tessalônica recém-criada. Imagina que os novos
cristãos estejam bombardeados pelos não cristãos. Afinal, Paulo teve que sair
da cidade às pressas porque algumas lideranças judaicas sentiam-se incomodados
com o seu testemunho. Para verificar em
loco, por volta do ano 51, foi escalado Timóteo. Quando Timóteo voltou com as
notícias boas, Paulo felicitou pelas
alegrias. Sua semente plantada estava crescendo. Pois a comunidade tessalônica vivia
no entusiasmo da fé e no testemunho de Jesus que hora foi apresentado.
A vivência na fidelidade do Evangelho nos garante a certeza
da salvação. Nada será capaz de
inviabilizar a caminhada rumo aos céus. Nem o mal que ronda tem o poder de
manipular aquele que guarda o testemunho de Cristo. Além de guardar o
testemunho o cristão age de modo a transformar a realidade para melhor.
A comunidade de Paulo, mesmo tendo pouco tempo de vivência
com ele, soube cultivar a fé na efervescência. Deixou o Espírito cativante
fazer morada e guiar por caminhos certos. São lições de vida de um povo como a que Paulo modelou que nos
encoraja para viver o amor fraterno de Deus. Não ter medo de anunciar e nem de
viver os ensinamentos. Temos muito que aprender com nosso Deus para sermos um
cristão de fé e de discernimento.
Como afirma no roteiro homilético deste domingo, “não basta a boa vontade e os bons propósitos
do homem; é preciso que Deus acompanhe os esforços do cristão e lhe dê a força
de percorrer até ao fim o caminho do Evangelho. De resto, tudo é dom de Deus
que chama, que anima e que leva o homem para a meta”.
Sem Deus na vida não somos nada. Deus é o ânimo e a interface do cristão que almeja alcançar
a plenitude da graça. A força vivificadora do pai enaltece o ser para dar
espaço para o bem e fazer acontecer a construção do Reino de Deus. Na longa
caminhada o cristão deve discernir o certo do errado, aquilo que atrapalha o
avanço e aquilo que da leveza e vai dando corpo no caminho. Contudo, o caminho
para enxergar o certo do errado está na Palavra de Deus e numa vida de comunhão
com Deus. É preciso ter intimidade com
Deus.
Como Zaqueu que procurou ver Jesus. Como não tinha estatura
para competir com os grandalhões, subiu numa árvore. Seu esforço foi reconhecido.
Jesus, então, foi a sua casa.
Contudo, o ver de Zaqueu era uma
procura voluptuosa , uma vontade de encontrar com algo novo, uma ânsia de
desvelar o Reino, um desejo de fazer parte da comunidade de salvação que Jesus
anunciava.
Mais uma vez prova que o amor de Deus supera todos os
inconvenientes. Mesmo sabendo que Zaqueu era chefe dos cobradores de impostos
Jesus não virou o rosto e nem o maltratou. Mas sim sentiu piedade pelas suas
palavras e pelo seu esforço. Muitos
ficaram incomodados da presença de Jesus na casa de um pecador, não admitiam a
prática de visitar uma pessoa que explorava e zombava dos mais pobres. Acontece
que ao aproximar do homem injusto, Jesus cativa e amolecia seu coração, ao
dizer:
«Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens
e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais».
Disse-lhe Jesus: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é
filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que
estava perdido».
Aqui Jesus sai à procura do excluído, daquele que não tinha
tocado pela Palavra. Jesus deixa as noventa e nove ovelhas no aprisco e sai a
procura da desagarrada. Ela estava sem o amor de Cristo. Poderia fazer a
diferença. Quando Jesus aproxima da árvore de pede para Zaqueu descer, todos
ficaram de queixo caído: “como que Jesus
tem coragem e falar com esse pecador?” Jesus vai além, estabelece um laço
familiar com Zaqueu. “Hoje vou a sua casa!”,
disse Jesus.
Temos a lógica de Deus. Ela é bem diferente da lógica do
homem. A lógica de Deus não exclui ninguém, nem mesmo o pecador. Ele ama com
intensidade. Quer ver seu filho renovado, refeito transformado. Jesus veio
fazer a diferença, não teria sentido a sua vinda ao mundo se seus ensinamentos não provocassem a mudança e/ou a transformação
do homem. Sua vinda tem uma lógica: diferenciar das leis dos homens e implantar
a lei de Deus, a lei do amor puro e incondicional.
Portanto, somente o amor de Deus pode transformar o homem num
cristão verdadeiro, justo, amável. Somente o amor de Deus pode aproximar os
excluídos junto do Pai. Somente o amor de Deus pode familiarizar todos os povos
e criar uma intimidade com a lógica de Pai. Muitas vezes os cristãos
marginalizam e excluem, assumem atitudes de censura, de crítica, de acusação
que o afastam mais e o levam a radicalizar as suas atitudes de provocação. Mas quando deixa o amor do Cristo
Ressuscitado mensurar na vida, tudo se transforma na maior plenitude do Ser
Cristão.
Saiba amar como Jesus amou. Amém.
Abraços
Claudinei M. Oliveira
Descobri que estava usando um arquivo antigo já formatado em 2012. Esqueci de trocar a data. Mas o texto é inédito e escrito na quinta-feira, dia 27 de outubro de 2016.
ResponderExcluirClaudinei M. Oliveira; Isto acontece, eu percebi, más o importante é a data do dia, as leitura o evangelho e, o conteúdo como suas belas reflClaudinei M. Oliveira; Isto acontece, eu percebi, más o importante é a data do dia, as leitura o evangelho e, o conteúdo como suas belas reflexões. Sempre te admirei nos seus trabalhos, como admiro de todos deste blog. Um grande. abraço a você e a todos.exões. Sempre te admirei nos seus trabalhos, como admiro de todos deste blog. Um grande. abraço a você e a todos.
ResponderExcluirClaudinei M. Oliveira; desculpa-me por ter acontecido repetições de frases. Um bom fim de semana, e que Deus te abençoe.
ResponderExcluirBelíssimo texto que o Espirito santo esteja sempre a te iluminar.
ResponderExcluirEu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
ResponderExcluir