12
de Outubro de 2016- QUARTA - Evangelho - Jo 2,1-11
Bom
dia!
O
que seria desse milagre sem a intercessão de Maria? O que seria desse milagre
se os funcionários não tivessem a ouvido? O que seria desse milagre se não
tivessem enchido os potes até a boca?
Um
milagre normalmente brota de algo que existe e poucas vezes ele surge do nada,
por isso a intercessão de Maria bem como a ação dos funcionários (ou
empregados) foi tão vital para que ele acontecesse. Sim! O milagre poderia
acontecer apenas com o toque de Deus, mas Deus não se intromete nas questões
humanas em respeito ao livre arbítrio.
Maria
é a grande intercessora desse milagre, bem como de outras situações que
conhecemos ou já ouvimos, mas de que vale a sua intercessão se não
acreditarmos? Que vale a intercessão dos santos se não enchermos nossas talhas
de fé, tentando e acreditando, até o máximo da nossa capacidade?
O
mundo hoje é tão cético e em alguns momentos devoto de tudo. Um povo que não
acredita em nada se choca com outro que acredita em tudo e no meio desses “dois
mundos” estão aqueles que têm fé. Os céticos preferem não acreditar e depender
do que conhecem, sabem, vêem e podem controlar e explicar; os que em tudo
acreditam põem Deus num patamar idêntico aos anjos, imagens , figuras, baguás,
trevos, pés de coelho e elefantinhos virados para porta, mas os que tem fé são
aqueles que estão dispostos de acreditar e agir.
“(…)
Por ora, todavia, “caminhamos pela fé, não pela visão” (2Cor 5,7), e conhecemos
a Deus “como que em um espelho, de uma forma confusa…, imperfeita” (1Cor
13,12). Luminosa em virtude daquele em que ela crê, a fé é muitas vezes vivida
na obscuridade. A fé pode ser posta à prova. O mundo em que vivemos muitas
vezes parece estar bem longe daquilo que a fé nos assegura; as experiências do
mal e do sofrimento, das injustiças e da morte parecem contradizer a Boa Nova;
podem abalar a fé e tornar-se para ela uma tentação”. (Catecismo da Igreja
Católica § 164)
O
milagre que espero que aconteça precisa começar pela minha tentativa insistente
e resistente para que ocorra. É acreditar do fundo do coração que aquilo dará
certo, mesmo sabendo que nem tudo depende de nossa vontade; é acreditar, sem
saber o porquê e encher as talhas. O milagre não surgirá do nada, será preciso
bater na rocha e acreditar que Deus estará à frente, mas por ventura ele não
ocorrer, nunca deixar de acreditar que mesmo assim Deus sempre esteve perto.
“(…)
O Senhor respondeu a Moisés: ‘Passa adiante do povo, e leva contigo alguns dos
anciãos de Israel; toma na mão tua vara, com que feriste o Nilo, e vai. Eis que
estarei ali diante de ti, sobre o rochedo do monte Horeb. Ferirás o rochedo e a
água jorrará dele: assim o povo poderá beber’. Isso fez Moisés em presença dos
anciãos de Israel. Chamaram esse lugar Massá e Meribá, por causa da contenda
que os israelitas tiveram com ele, e porque tinham provocado o Senhor, dizendo:
‘O Senhor está ou não no meio de nós’?” (Êxodo 17, 5-7)
Jesus
inicia seu trabalho em Caná, um trabalho que três anos depois o levaria ao
calvário e a nossa salvação pessoal. Desde que foi informada por Simeão no
templo que um flecha transpassaria seu coração, será que Maria, não pedia em
silêncio um milagre: que seu filho não sofresse o martírio que viria ter? Por
que não? Ela era sua mãe! Mas algo fez Maria ser diferente: Sempre acreditou no
projeto de Deus e que sua dor seria premiada com um vinho novo e de melhor
sabor. “(…) Todos costumam servir primeiro o vinho bom e, depois que os
convidados já beberam muito, servem o vinho comum. Mas você guardou até agora o
melhor vinho”.
Durante
sua vida Maria sempre encheu suas talhas até a boca.
E
nós? O quanto me empenho em acreditar e no que acredito?
Nossa
Senhora , roga por nós!
Um
imenso abraço fraterno.
preciosíssima visão do evangelho.
ResponderExcluirpreciosíssima visão do evangelho.
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