segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Finados-Diac.José da Cruz

FINADOS  02 DE NOVEMBRO DE 2016- QUARTA FEIRA
(Há varias opções de leituras, além dessas)
1ª Leitura Sabedoria 3, 1-9
Salmo 41/42,3"Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei contemplar a face de Deus?"
2ª Leitura Romanos 8, 14-22
Lucas 7, 11-17
Uma multidão formada por discípulos seguidores de Jesus e o povão, e um grupo desolado que acompanha um enterro em direção ao cemitério. Provavelmente no primeiro carro atrás do Carro Fúnebre, a mãe do Jovem, cujo corpo inerte vai á frente no ataúde. Uma mãe com o coração partido, uma infinita tristeza no olhar e uma dor que parece ser inconsolável. Um quadro que não pode ser revertido e que todos os dias se repete nas grandes ou pequenas cidades. Se o evangelista São Lucas estiver se referindo simplesmente a um quadro assim, todos nós iremos pensar. " Muito linda a história, mas isso foi lá na Palestina, há mais de dois mil anos, no tempo em que Jesus estava sobre a terra...e só nos resta nos emocionar, imaginando a cena em que o jovem morto se levanta do caixão e é entregue á sua mãe"
Claro que não é este o ensinamento de Lucas, aliás, nesse caso, nem haveria ensinamento porque nada teria a ver conosco aqui mais de dois milênios depois. A Liturgia da Igreja coloca esse evangelho na Celebração de Finados de maneira proposital para que entendamos o sentido da Vida, a partir da Morte. Nas aulas da Faculdade de Medicina, se tem a aula prática, quando cirurgiões especialistas em alguma área da Biologia, abrem  cadáveres diante dos alunos, explicando em detalhes a Vida Biológica presente em nosso corpo.
Toda vez que experimentamos a morte de alguém muito querido, o próprio Jesus Cristo, aproveita para nos explicar em detalhes a Vida Nova que ele nos deu em definitivo, e que supera a morte Biologica, dando-lhe um novo significado. Se a morte biológica é considerada uma perda, a morte espiritual é algo tenebroso, onde a dor pela morte biológica, é um leve pranto, perto do choro e desespero, que se apodera do ser humano, quando ele se permite morrer espiritualmente. A dor e a angústia já começa nesta vida, e nem a Psicologia consegue curar uma alma ferida pela descrença, e que decretou a morte de Deus dentro de si.
Nascemos mortos pelo pecado original, pecado não cometido, mas contraído, que não é um Ato, mas um estado. Nascemos da carne e assim o seremos em toda nossa existência, até a nossa Finitude. O Homem que nesta vida não consegue descobrir Deus dentro de si, caminha inexoravelmente para o seu destino, é um morto vivo, em uma eterna marcha funebre, não descobriu o sentido da vida, nada consegue vislumbrar a não ser sua breve existência efêmera e transitória, onde não encontra respostas aos seus anseios mais profundos.
Eis que de repente, em algum lugar da nossa existência, nos encontramos com Jesus, como esse cotejo fúnebre. Esse encontro com cada homem e cada mulher, que passa por este mundo acontece com todos. Nenhum Ser humano irá passar por esta vida, sem fazer este encontro com o Senhor da Vida. Nenhuma força ou ideologia, por mais consistente que seja, conseguirá impedir que isso ocorra. Mas é preciso parar...como aquele cotejo triste que leva um morto. Há casais, famílias inteiras e até comunidades cristãs, que carregam seus mortos sem saber o que fazer com eles. Mortos rejeitados, renegados, excluídos, irrecuperáveis, filhos e filhas, homens e mulheres, idosos e jovens, crianças e adolescentes dos quais desistimos, esquecemos, ou queremos apagar da memória. Nunca se teve tantos mortos sendo carregados como nestes tempos, em que as pessoas tentam se desviar de Deus, porque não creêm, porque perderam as esperanças, porque não tem mais nenhuma perspectiva.
A Marcha para morte definitiva tem que ser parada pelos que ainda crêem, pelos que alimentam sua esperança em Cristo Jesus. Nós cristãos temos que parar e facilitar o acesso de Jesus aos nossos "mortos" que carregamos para serem sepultados e assim banidos de nossas vidas. Temos que facilitar esse toque de Jesus nos esquifes que nós fabricamos para esses mortos, há muitos rótulos da morte, espalhados por todos os lugares, eles até parecem, sinais de vida, mas não passam de esquifes para transportar mortos. As ilusões, as fantasias, os desejos desenfreados dando vasão aos nossos egoísmos, palcos iluminados, que nos oferecem glórias efêmeras, antes de nos trancar em um esquife.  "Moço, eu te ordeno, levanta-te!"
Nossos mortos estão sequiosos para ouvirem essa ordem, esse Grito do Deus da Vida, que restaura, que ressuscita, que dá Vida Nova. Não deixemos de cumprir com o nosso dever, de neste dia prantear nossos mortos, cujos restos mortais foram colocados um dia no Campo Santo. Mas que a Eucaristia celebrada hoje, em homenagem aos nossos entes queridos, nos levem a este compromisso de ressuscitar nossos "mortos" facilitando o encontro deles com o Deus da Vida Plena, manifestada a todo HOmem em Cristo Jesus.
(Diácono José da Cruz - Paróquia Nossa Senhora Consolata - Votorantim SP - E-mail jotacruz3051@gmail.com)



Festa Particular-Diac. José da Cruz

SEGUNDA FEIRA DA 31ª SEMANA DO TC 31/10/2016
1ª Leitura Filipenses 2, 1-4
Salmo 130 (131) “Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor”
Evangelho Lucas 14, 12-14
“Festa Particular”
A primeira impressão sobre esse evangelho, é que Jesus é um grande estraga-prazeres, pois a coisa mais gostosa e gratificante, é quando recebermos em casa os amigos e parentes que muito amamos, para sentar conosco á mesa e passar horas deliciosas, que só reforçam o afeto para com eles e deles para conosco.  Jesus aqui não está querendo acabar com essa nossa alegria de poder estar em torno de uma mesa, com as pessoas queridas que nós amamos.
O recado é outro e tem um endereço  certo, ele critica o Farisaísmo, um grupo fechado para todos os outros, por que se julgam os únicos salvos ou merecedores da Salvação, pela sua conduta exemplar, modelo para todos, e que diante de Deus os fazem merecedores e bem quisto pelos homens.
No centro da reflexão está a gratuidade das relações humanas. Quanto mais eu priorizar nas minhas relações, pessoas iguais a mim, na cultura, no modo de pensar, na posição social, e até na expressão religiosa, mais longe de Deus estamos, pois a Trindade Santa não é um Condomínio residencial, exclusivo para alguns Santos. Ao encarnar-se na frágil natureza humana, Jesus, o Filho de Deus, fez da comunhão trinitária o lugar de todos quantos queiram viver na comunhão com Deus, não porque se fazem merecedores, mas por pura benevolência de Deus que abre o seu coração para acolher a todos os homens.
Em Cristo Jesus Deus manifesta um amor sem medidas por todos e por cada homem em particular, ainda que este não mereça ( são os pobres, aleijados, coxos, cegos, imperfeitos) Deus convida a todos para viver esta comunhão.
Ora, se a nossa Igreja é reflexo dessa Trindade, jamais podemos em comunidade ser um grupo fechado, exclusivo, particular. A Igreja que Jesus instituiu não é assim, mas aberta a todos e isso Deus espera da nossa comunidade.
Não façamos de nossa comunidade, pastoral ou grupo, uma festa particular, mas tenhamos  coração e alma sempre abertos, para acolher a todos, mesmo aqueles que ainda não se converteram, os pequenos que estão a procura de algo e tantas outras pessoas que na comunidade estão, á nosso ver, fora dos “padrões” de cristianismo, pois cada um de nós, também nem sempre está nos padrões de Santidade de Jesus, e nem por isso o Pai cheio de amor deixa de nos acolher. (Diácono José da Cruz - Paróquia Nossa Senhora COnsolata - Votorantim SP - jotacruz3051@gmail.com


“FELIZ AQUELE QUE COMO O PÃO NO REINO DE DEUS!"- Olivia Coutinho

 
Dia 01 de Novembro de 2016
 
Evangelho de Lc14,15-24
 
Deus não somente nos deu a vida, como quer também que todos nós participemos da sua gloria, afinal, não fomos criados para sermos meros viventes, e sim, para relacionarmos com Ele! E esta relação amorosa se faz por meio de Jesus, Jesus é o único mediador entre o homem e Deus!
Deus tem um projeto de vida para todos, é Jesus quem nos apresenta este projeto, dando-lhe o nome de Reino!
O Reino de Deus é festivo, é alegre, Jesus o compara com um Banquete, ou seja, uma festa, porém, a entrada para esta festa não é livre, para participarmos dela, precisamos de convite e este convite, é a graça de Deus, o convite sim, é para todos! Quem acolhe a graça de Deus, tem o o ingresso garantido para participar do Banquete preparado carinhosamente pelo Pai! 
O Reino de Deus é uma oferta do amor do Pai, mas nem todos participarão deste banquete, não, por serem impedidos de participarem, mas pelo fato de recusarem a graça de Deus!
Todos nós somos convidados a participar do Reino de Deus, a fazer parte deste banquete, é um engano pensar que este convite seja feito somente para alguns, o convite é para todos, Jesus não faz restrição de pessoas, tanto Ele chama os vistos como bons, como os que ainda não são bons, segundo o nosso conceito! 
No texto, Jesus diz que o Banquete já está preparado! Como vemos, Deus investe no humano, Ele insiste conosco, mas muitos de nós, somos indiferentes ao seu chamado, damos preferência aos convites do mundo, e assim, corremos o risco de que chegue um tempo, em que nem tenhamos mais chance de sermos convidados, devido ao findar da nossa vida terrena!
São muitos os que perdem a oportunidade de experimentar uma vida nova em Jesus, pessoas que se entregam aos prazeres do mundo, desprezando a graça de Deus! Há também aqueles, que ficam com um pé no Barco de Jesus e o outro no iate do mundo, são os que não se definem, por momentos, sentem atraídos, pelas propostas de Jesus, mas não conseguem desvencilhar dos prazeres do mundo.
O evangelho de hoje, chama a nossa atenção para o valor supremo que devemos dar a salvação! A vida nova que Deus nos oferece, parte da nossa adesão a Jesus, é Ele quem nos diz que o Banquete já está preparado! 
A todo instante Jesus nos convida a mudarmos o rumo da nossa vida, a darmos um sentido novo a nossa existência, buscando uma só direção, que Ele! Não sejamos indiferentes a este convite de Jesus, não nos escondamos atrás das mais variadas desculpas, para adiar o nosso seguimento a Ele, enfim, não recusemos a graça de Deus! 
Quem experimenta a grandiosidade do amor de Deus, vive as alegrias de fazer parte do Banquete da vida que é o próprio Jesus, Jesus é a presença do Reino de Deus no meio de nós!
Quem faz parte deste Reino, vive no mundo, mas não é escravo do mundo.
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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Tomar atitudes concretas de fé-Helena Serpa


07/11/2016 - 2ª. feira – XXXII semana comum - Tito 1, 1-9 – “conselho aos que estão na condução do mundo”
 São Paulo dá lições preciosas aos sacerdotes e a todos aqueles que estão à frente do povo de Deus para o exercício de suas funções. São conselhos que todos nós podemos assimilar, visto que também fomos escolhidos por Deus Pai para continuar no mundo a Sua obra de criação, nas mais diferentes funções que exercemos. O objetivo maior das recomendações de São Paulo é fazer com que conheçamos a verdade da piedade que consiste na nossa busca da vida eterna por meio da fé em Jesus Cristo. A piedade é um dom infuso do Espírito Santo, que nos motiva a nos unir cada dia mais nos mistérios de Deus, e nos leva a devotar amor sincero a todas as pessoas e coisas que estão de algum modo, relacionadas com a paternidade de Deus e a fraternidade cristã. Para isso, ele nos ensina a levar uma vida irrepreensível na prática da fidelidade à nossa vocação, sem arrogância, libertos dos vícios, das cobiças e das inimizades. Todos nós somos administradores (as) do reino de Deus aqui na terra, dentro da nossa casa, na comunidade, no trabalho, na Igreja e no mundo. Para que a nossa missão tenha bom êxito, é imperativo que possamos dar testemunho de justiça, de amizade, de piedade, de equilíbrio, de vivência do evangelho. Assim também, nós poderemos exortar e admoestar àqueles pelos quais somos responsáveis diante de Deus. Quem está à frente na construção do reino, há de ter a consciência de que uma parte do sucesso deste empreendimento está em suas mãos e que qualquer deslize pode confundi-lo e fazê-lo perder a noção da verdade e da justiça. Precisamos também estar atentos (as) e preparados (as) para as investidas das pessoas que são contraditórias ao projeto salvífico do Pai, pois elas muitas vezes, mesmo sem o saber estão a serviço do inimigo e não de Deus. -  Você tem consciência de que esta mensagem é para você também? – Você acha que tem responsabilidade perante de Deus pelo crescimento de alguém? – Como tem sido o seu testemunho diante da sua família e amigos (as)?

Salmo 23 – “ É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel!”

Nós buscamos a face do Senhor Deus quando temos no nosso coração o desejo constante de fazer a Sua vontade e chegar ao conhecimento da verdade. Caminhamos aqui na terra na convicção de que tudo pertence ao Senhor e nós somos Seus colaboradores, no entanto, a nossa morada está edificada no céu. Por isso mesmo, nós precisamos ter mãos limpas e um coração puro, amoldável ao jeito de ser dos que vivem junto de Deus. Nesta confiança é que nós recebemos as bênçãos do Senhor na nossa vida terrena.


Evangelho – Lucas 17, 1-6 “tomar atitudes concretas de fé”
É, nos mínimos atos praticados por nós que a nossa fé, mesmo pequenina, pode ser cultivada e exercitada para crescer e se tornar firme. Portanto, a nossa fé é medida e provada pelas ações que praticamos em favor do nosso próximo e que os ajudam a levantar-se. Por isso, neste Evangelho Jesus nos exorta a tomar atitudes concretas de fé!  Quem crê em Jesus para as pequenas coisas tornar-se-á forte para enfrentar os grandes desafios. Provocar escândalos, promover desunião, levantar falso testemunho, são atitudes que negam o nosso estágio de Fé. Os escândalos são inevitáveis, porém estejamos atentos (as) para que eles não aconteçam por nossa causa! Quando advertimos, exortamos e repreendemos as pessoas a quem amamos e torcemos por elas, nós precisamos crer que agimos assim, em nome de Deus. Jesus também nos ensina que é necessário, não somente repreender, ensinar, corrigir o nosso próximo, mas, sobretudo, perdoá-lo sempre. Perdoar sete vezes significa perdoar todos os dias e nunca deixar de assim fazê-lo. Não obstante, para pôr em prática o que Jesus nos recomenda,  necessitamos cada vez mais nos apossar do dom da fé. Somente pela fé é que poderemos exercitar o perdão, a reconciliação, a serenidade diante das dificuldades, a firmeza para não provocar escândalo e a esperança de fazer muito mais do que nós próprios temos capacidade. Por isso, quando Jesus falava sobre essas coisas aos Seus discípulos, eles o pediam “Senhor, aumenta a nossa fé!”  Todavia, o importante para nós, não é possuir uma fé grande demais, mas, tomar posse do dom da fé que já recebemos do Senhor no nosso Batismo, a fim de que sejamos capazes de  tomar atitudes concretas de fé, com amor. - Em que tem se baseado a sua fé? Na sua capacidade de acreditar ou no seu abandono ao Amor de Deus? - Você tem sido sinal de tropeço para alguém? -  Qual tem sido o seu comportamento, diante das pessoas que esperam algo de você?- Jesus nos manda repreender o irmão e perdoá-lo. Como você tem feito isto?– Você tem sabido admoestar as pessoas que causam escândalo, com amor?   – O que você faz quando vê um irmão, ou uma irmã no erro?




Ação e recompensa-Helena Serpa

06/11/2016 - Domingo - Todos os santos e Santas – 1ª. Leitura – Apocalipse 7, 2-4.9-14- “ uma visão do céu”

Conforme a visão que São João descreve para nós, o céu tem uma atmosfera de beleza, de pureza e de unidade. Não podemos entender o céu literalmente como um lugar determinado, mas a discrição de São João nos leva a imaginar a visão celestial como um “lugar” destinado àqueles que aqui na terra foram marcados com o sinal da fé pelo Batismo. São os que tiveram suas vestes lavadas com o Sangue do Cordeiro, isto é que aderiram ao projeto salvífico do Pai, passando por tribulações para alcançar o reino e colocando a sua esperança de salvação em Jesus Cristo Filho de Deus. Hoje, quando comemoramos o dia de todos os Santos e Santas, nós podemos "interpretar" os mistérios dessa mensagem à Luz do Espírito Santo que nos conduz a refletir sobre o "mundo futuro" que nos aguarda.    Podemos avaliar, então, que esse "mundo futuro" foi preparado por Deus para toda a humanidade e que o Seu desejo é que todos nós, um dia, possamos habitá-lo.  São João nos fala de um número simbólico, cento e quarenta e quatro mil, que é uma  alusão aos descendentes das doze tribos dos filhos de Israel e inclui uma multidão imensa de gente de todas as nações.   Nós todos que participamos do Corpo de Cristo, que é a Sua Igreja, podemos também nos imaginar nesse cenário e fazendo parte dos cento e quarenta e quatro mil (que é um número infinito) que louvam e adoram o Senhor dia e noite dizendo: “a honra, o poder e a força pertencem ao nosso Deus para sempre. Amém.” Todavia, não nos basta apenas termos sido batizados (as) para recebermos o sinal de cristão, mas é necessário, também, que levemos uma vida de verdadeiros cristãos e cristãs, assumindo a nossa cruz e enfrentando, com confiança, as tribulações e os sofrimentos, na fé e na esperança de que, em Jesus Cristo, somos mais que vencedores. A veste branca é a nossa alma acrisolada, purificada, lavada na misericórdia do Senhor e a palma é o galardão pela conquista da terra, isto é, o prêmio pela nossa fidelidade e perseverança. - Qual é a sua expectativa em relação ao mundo futuro que o (a) aguarda? - Onde você tem lavado a sua alma e o que você tem feito para conquistar a palma da vitória. – Faça uma reflexão da sua vida e perceba se você se sente parte deste contexto.   – Você percebe a grandeza de ter sido batizado (a) na morte e na ressurreição de Cristo? – Você crê nisto?

Salmo 23 – “É assim a geração dos que procuram o Senhor!”


O salmo faz um questionamento sobre quem subirá ao monte do Senhor e quem ficará em sua santa habitação. Ele mesmo nos dá a resposta: “ quem tem mãos puras e inocente coração!” Significa dizer aqueles (as) que agem com retidão de intenção, quem não usa a sua mente para o mal, isto é, quem pratica a Palavra do Senhor, os que buscam a Sua face e que vivem aqui na terra sabendo que Deus é o Criador de todas as coisas. Sobre estes (as), diz o salmo, desce a bênção do Senhor e a recompensa do Deus Salvador.

2ª. Leitura – 1 João 3, 1-3 – “o direito à herança”

Ser filho é ser herdeiro, é ter direito sobre tudo o que o pai e a mãe possuem. Portanto, para nós é um privilégio e um grande presente de amor de Deus, o fato de podermos ser chamados de seus filhos, suas filhas. Para nós, hoje, o saber que somos filhos e filhas do Deus Pai Criador já nos compraz de felicidade, imagine quando realmente se manifestar o que de fato seremos, quando contemplarmos o Pai face a face. Aí, então, O veremos tal qual Ele é, e mais ainda, poderemos nos assemelhar a Ele.  - Você sabia que como filho e filha de Deus é chamado (a) a ser igual a Ele? – Você acha que a cada dia que passa você se sente mais purificado (a)? – Você tem consciência de que Deus está trabalhando em você? 


Evangelho – Mateus 5, 1-12 – “ação e recompensa

Sabendo que o inimigo havia desviado os homens do objetivo maior para o qual haviam sido criados, Jesus nos coloca a par da proposta de Deus para nós, quando nos apresenta a Sua Constituição. O Plano Original do Pai foi usurpado, por isso, tudo quanto Jesus nos propõe no Seu Evangelho é completamente o inverso do que o mundo tem nos ensinado. Hoje, Jesus continua olhando para nós e nos dá ciência de que a herança do Pai para nós não consiste numa porção material, mas num ensinamento para uma vida em abundância. A proposta das Bem-Aventuranças é e será sempre para nós uma Regra de vida.  Ser bem-aventurado, é ser feliz seguindo a doutrina de Jesus e vivenciando aqui na terra, aquilo que iremos experimentar no céu. Apesar de ser difícil vive-las, precisamos ter em mente de que o Pai sabe do que o filho necessita, por isso, não podemos duvidar, mas ter a certeza de que Ele nos dará capacidade para colocar em prática tudo o que nos aconselha.  As três primeiras bem-aventuranças: os pobres de espírito, os mansos, os que choram descrevem a recompensa da alma que ama corretamente a si mesmo e se converte para Deus vencendo o apego às riquezas e às honras do mundo (os pobres de espírito); aprendendo a se controlar, a dominar a raiva, as impaciências (os mansos);  vencendo a tendência ao conforto, à preguiça, aprendendo a sofrer um pouco no corpo por amor a Deus ( os que choram). Em seguida vêm duas bem-aventuranças que descrevem a recompensa da alma que ama o seu próximo praticando a justiça, ou seja, dando a cada um o que lhe é devido – (são os que têm fome e sede de justiça);  praticando a bondade e a piedade ajudando ao próximo, e o acolhendo por amor a Deus, ( os que são misericordiosos). E por fim, as duas últimas bem-aventuranças descrevem a recompensa da alma que ama a Deus acima de tudo e que na vida de oração procura encontrá-Lo, levada pelos dons do Espírito Santo. Os que vivem da virtude e desejam agir sempre no bem são os puros de coração; os que esperam receber o prêmio pela ajuda que deram ao próximo são os pacíficos; E Jesus termina resumindo tudo numa só frase: «Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus».  O Espírito Santo é o cirurgião da nossa alma, por isso, é preciso muita entrega, em oração para que possamos nos deixar operar por Ele a fim de que tenhamos tudo isso como Regra da nossa vida. - Você tem se deixado operar pelo Espírito Santo de Deus? – Você tem conseguido viver as bem aventuranças? -  Qual a mais difícil para você vivenciar?   - Perceba em qual Bem-aventurança você está mais fraco (a) e peça a ajuda do Espírito


Quem é fiel no pouco, será fiel no muito-Helena Serpa

05/11/2016 - Sábado – XXXI semana comum  - Filipenses 4, 10-19  - “ o segredo para viver em qualquer situação”
Tudo posso naquele que me dá força”!  Com estas palavras São Paulo nos revela o segredo para que vivamos em qualquer situação, enfrentando os desafios, tanto na pobreza, como na abundância. A confiança no poder do Senhor é a chave para que possamos enfrentar todas as instabilidades com as quais nos defrontamos aqui na terra. O Senhor está perto, Ele sabe do que necessitamos e a Sua força nos sustentará em qualquer circunstância. Entretanto, apesar do seu testemunho de que já aprendera a viver contente em qualquer situação de vida, São Paulo se alegrou com a oferta dos filipenses e agradece a manifestação de afeto que eles demonstraram quando o ajudaram financeiramente suprindo as suas necessidades. Recebeu os donativos, “qual perfume suave, sacrifício aceito e agradável a Deus” e elevou uma prece por aqueles que o presenteavam. Compartilhar com as necessidades dos santos é partilhar com o projeto de Deus, por isso, toda oferta que se faz de coração às pessoas que trabalham no serviço de evangelização transforma-se em oração que sobe ao céu como um perfume agradável a Deus. Muitas vezes nós não nos importamos muito com a ajuda que precisamos dar aos sacerdotes e às pessoas consagradas, achando, talvez, que elas não precisam, mas diante de Deus seremos eternos devedores.       – Você, como São Paulo, sabe viver em qualquer situação confiando na providência de Deus? – Você costuma ajudar às obras de evangelização, principalmente aos sacerdotes e pessoas que se dedicam a edificação do reino? – Você tem pago o seu dízimo? – Você tem a consciência tranquila em relação a isso?

Salmo 111 – “Feliz aquele que respeita o Senhor!”

O homem caridoso e prestativo tem o coração tranquilo e nada teme! Sua consciência não lhe pesa porque sabe que diante de Deus ele está sendo justo. Quem reparte com os pobres os seus bens, ver permanecer para sempre o bem que faz e haverá sempre fartura em sua mesa. Sua descendência será forte e abençoada. Por que não vivemos sempre assim?  - Por que não fazemos o teste?

Evangelho -  Lucas 16, 9-15 – “quem  é fiel no pouco, será fiel no muito”

Jesus continua nos orientando sobre o nosso procedimento em relação à nossa vida aqui na terra. Enquanto aqui estivermos precisaremos do dinheiro “injusto” para sobreviver. O dinheiro injusto é o dinheiro que compra as coisas passageiras, mas que não serve para nos comprar o céu. O modo como ganhamos esse dinheiro e como o usamos só poderá ser avaliado, por Deus, que sonda os nossos corações e conhece a nossa verdade. Dependendo do modo como usamos o dinheiro injusto que ganhamos, ele poderá até se converter em boas obras as quais se transformarão em riquezas que nos esperarão no céu. Por isso, Jesus continua nos ensinando a como usar das coisas do mundo tendo como motivação as coisas do alto. Não podemos separar as duas realidades. Temos que viver aqui com o sentido naquilo que viveremos depois. Uma coisa não dispensa a outra. O verdadeiro bem é a vida eterna, prometida àqueles que viverem com fidelidade a Deus, a vida terrena. “Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes”. Ser fiel no pouco é ser leal a Deus com relação à Sua providência na nossa vida, empregar bem o dinheiro que Ele nos propicia ganhar. A chave da nossa felicidade aqui na terra está na maneira como nos relacionamos uns com os outros, bem como na reciprocidade com que cultivamos o amor, mandamento maior da lei de Deus. Tudo o mais, os nossos bens materiais, a nossa bagagem intelectual e todas as coisas que adquirimos pelo trabalho, honesto, ou desonesto, com esforço ou sem empenho, são apenas instrumentos de que dispomos para desenvolver entre nós a vivência do amor. Nas nossas pequenas ações diárias  já demonstramos amor ou desamor. Às vezes, pensamos que seremos julgados (as) apenas pelas grandes “coisas” que fizermos, no entanto, para Deus não importa o que realizamos, mas, o caráter com que  praticamos essas “coisas”. “O que é importante para os homens é detestável para Deus”, diz-nos Jesus.  Desse modo, vejamos, se o que tem sido “tão importante” para nós, é abominável para Deus, porque ainda é tempo de conversão. - Você está usando o dinheiro que ganha, com justiça, ou você o tem usado só para   comprar as coisas do mundo? - Os bens que você amealha estão lhe ajudando a adquirir um tesouro no céu? -  Em que você tem investido o seu dinheiro injusto? – Você o tem esbanjado com coisas supérfluas? – Você tem ajudado as pessoas que estão precisando, porque passam necessidade?

A serviço de Deus-Helena Serpa


04/11/2016 - 6ª. feira – XXXI semana comum -  Filipenses 3, 17-4,1 – “ experimentando o céu aqui na terra “
Diante das palavras de São Paulo nós podemos, desde já, avaliar a nossa familiaridade com o céu que desejamos alcançar. Dependendo da nossa maneira de ver e de viver as coisas aqui na terra nós vamos experimentando ou não o clima do céu.
Segundo São Paulo, quando só pensamos nas coisas terrenas e temos como deus o estômago, isto é, os prazeres, e nos gloriamos de coisas vergonhosas, terminamos por ser inimigos da cruz pela qual Cristo nos garantiu o céu. Ele condicionava a sua própria alegria à conversão de todos aqueles a quem pregava o Evangelho de Jesus. E chorava pelos que não acolhiam os ensinamentos evangélicos prevendo para eles, a perdição. Nós que conhecemos o Evangelho, que meditamos a Palavra de Deus, precisamos estar atentos!  Quando não vivenciamos o que aprendemos, e desejamos ter uma vida isenta de dificuldades, nos apegando ao que o mundo nos recomenda como prazeroso e cômodo, também estamos sendo “inimigos da Cruz de Cristo”. Aí então, com certeza, o nosso fim será a “perdição”. Se fizermos uma reflexão da nossa vida, das nossas ações, dos nossos apegos e desejos nós poderemos aquilatar se somos ou não cidadãos do céu ou se estamos vivendo para as coisas terrenas tendo como deus o estômago e colocando a nossa glória no que é vergonhoso.  Não podemos jamais desistir, precisamos estar firmes no que de fato é bom para que vivamos bem. O céu é o nosso destino, é a nossa pátria. Voltar para a casa do Pai é o anseio da nossa alma. Portanto, cada um de nós, em particular, precisa examinar sua consciência para poder responder: - Será que eu faço parte do povo cujo deus é o estômago, que só pensa nas coisas terrenas?  Será que eu sou de fato cidadão, cidadã do céu? - Será que realmente eu vivo aguardando o meu Salvador e Senhor Jesus Cristo? – Será que realmente Jesus Cristo é o Senhor da minha vida?   


Salmo 121 – Que alegria quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

A nossa alma espera pelo dia que retornará à casa do Pai e o salmista expressa isso quando fala da alegria que sentimos quando pensamos nas coisas de Deus, nas coisas do céu. Todos nós caminhamos para a Jerusalém Celeste, cidade edificada com harmonia. Enquanto aqui estamos não experimentamos esta beleza interior, por isso é que almejamos alcançar a sede da justiça de Deus que nos dará o que é justo para nós.

Evangelho – Lucas 16, 1-8 –   “ a serviço de Deus”

Jesus, neste Evangelho, nos exorta para que usemos a nossa sabedoria e inteligência, quando tratamos das coisas de Deus, com a mesma presteza que temos com as coisas do mundo. Com efeito, Jesus não elogiou a atitude desonesta do administrador, mas a motivação que o levou a angariar a amizade das pessoas. Essas pessoas são aquelas a quem ajudamos e com os quais nos solidarizamos nas horas de necessidade, não importando o tamanho do bem que fazemos ou a quantia que ofertamos. Por isso, é a maneira como vivemos e o nosso modo de ser, de tratar o semelhante, de acolher, de compreender, de dispensar que fará com que sejamos recebidos um dia nos tabernáculos eternos. A compaixão que exercitarmos com os nossos semelhantes, o perdão e a misericórdia que vivenciarmos são ações de sabedoria, as quais devemos colocar em prática enquanto estivermos aqui na terra, porque elas nos servirão de passaporte para o reino dos céus. Normalmente nós colocamos mais empenho nos negócios do mundo do que nos interesses de Deus e damos prioridade ao que rende mais aqui na terra do que o tesouro que ajuntamos no céu. Os que tratam com as riquezas deste mundo, sabem fazer isso, de modo desonesto. Os filhos da luz, porém, muitas vezes não sabem fazer assim para conquistar a amizade das pessoas e, assim, agradarem a Deus. - Você também tem usado a sua inteligência e sagacidade   para fazer amizade com as pessoas como Deus quer? – Como você tem tratado as pessoas que precisam de você, que trabalham para você, que lhe servem? – Você é uma pessoa acolhedora ou está sempre prevenida com medo de se envolver? - Você sabe dispensar os   erros do próximo? -  Você tem vivido as coisas do mundo, do trabalho, do mesmo modo que você tem vivenciado as coisas ligadas a Deus?  


A alegria da conversão-Helena Serpa

03/11/2016 -  5ª. feira – XXXI semana comum -  Filipenses 3, 3-8 –
“ Cristo está acima das regras”

Guiado pelo Espírito Santo Paulo fazia perceber aos judeus cristãos que a verdadeira circuncisão é o culto espiritual que prestamos a Deus e a glória que concedemos a Jesus Cristo.
Eles se arvoravam de ser superiores aos pagãos que aderiram ao cristianismo, porque tinham o corpo marcado pela circuncisão, conforme a Lei antiga. São Paulo, então afirma que para abraçar a Cristo ele havia desprezado todas as regalias que tinha em vista do cumprimento das regras e da lei que lhe eram impostas. Assim, São Paulo nos motiva a vivermos, aqui na terra, sem nos apoiar nas nossas conquistas materiais nem tampouco nos valores que o mundo tem como fundamento. Por isso, não precisamos nos impressionar com as pessoas que seguem rigorosamente as leis e os preceitos, mas não colocam os seus corações à serviço da justiça e do amor. Somente vive o amor e a justiça de Deus quem Lhe presta culto e tem a Sua Palavra como ensinamento para a vida. A nossa maior riqueza é o conhecimento de Jesus Cristo e a vivência do Seu Evangelho. Não nos basta somente o conhecimento intelectual adquirido por força de muito estudo e aprofundamento da mente. Conhecer a Jesus significa ter intimidade com Ele, escutá-Lo, tê-Lo como amigo e confidente na certeza de que Ele é para nós o dom mais precioso.  Isto é o que importa! Todos os outros nossos “dotes” nos serão aproveitáveis apenas enquanto passamos por aqui e na medida das nossas necessidades.  – Você tem muitos bens e dotes? – Qual a medida para as suas conquistas? – O que você considera importante na sua vida? – Você é muito apegado (a) às coisas que passam?  

Salmo 104 – “Exulte o coração dos que buscam o Senhor!”

A Palavra de Deus se realiza concretamente quando nós O buscamos de todo nosso coração. Exultamos de alegria e podemos perceber os seus sinais e as maravilhas que Ele realiza em nós. Por isso, não podemos deixar de procurar constantemente a Face do Senhor que faz prodígios na vida dos Seus escolhidos. Somos   hoje, também, descendentes de Abraão e de Jacó e a nossa vida foi restaurada pelo poder de Jesus. Exultemos, pois, cantando alegres!

Evangelho – Lucas 15, 1-10 – “a alegria da conversão

Jesus era criticado pelos fariseus e mestres da Lei, porque se aproximava dos pecadores e acolhia aqueles que estavam afastados e O procuravam para escutá-Lo. Por isso, Ele lhes contava parábolas, apelando para que vissem que o modo de Deus tratar com o pecador é muito diferente daquele que eles próprios entendiam. Por causa da nossa fragilidade humana nós também achamos que o erro dos outros é sempre motivo de castigo e de desprezo. Alguém precisa ser castigado para pagar a culpa! Cremos que este também é o pensamento de Deus quando pecamos! Precisamos ter consciência de que Deus não se compraz com a morte do pecador nem tem o propósito de castigá-lo pelas suas iniquidades. A parábola da ovelha perdida nos afirma justamente o contrário, quando nos revela que o Pai vai em busca do pecador para resgatá-lo e acolhe-lo da mesma forma que o pastor faz com a ovelha que se desgarrou.   Cada pecador que se converte é motivo de alegria no céu. Nós somos para Deus um bem precioso, assim como é preciosa a moeda que a mulher da parábola encontrou. Quanto mais tivermos consciência de que somos pecadores, mais ainda experimentaremos a misericórdia de Deus que vem ao nosso encontro para nos fazer justiça. Jesus acolhia os pecadores e fazia refeições com eles a fim de atraí-los e converte-los devolvendo-lhes a honra de serem filhos de Deus. Assim também o Senhor quer nos dar dignidade, nos tirar da lama, nos oferecer roupa nova, anel no dedo e sandálias aos pés, a fim de participarmos da alegre festa do céu.  Porém, se não nos considerarmos pecadores, se nos justificarmos e, como os fariseus e os mestres da lei, apontarmos somente para o pecado do próximo, nunca poderemos comungar da alegria de Deus. O arrependimento é, portanto, o primeiro passo, para que participemos da festa no céu.  - Você também é uma ovelha fugida? - Você percebe a alegria de Deus quando se deixa encontrar por Ele? - Você preferia estar entre as noventa e nove ovelhas “justas”? - Você confia na misericórdia de Deus para com o pecador mesmo que ele seja o pior de todos?


O Amor é a primeira Regra-Helena Serpa

02/11/2016 – 4ª.feira -   Fiéis defuntos – (Missa II) -  1ª. Leitura - Isaías 25, 6-9 –  “esperando com confiança”
O profeta Isaias nos motiva a meditar sobre a grande graça que Deus destinou para toda a humanidade quando profetiza sobre o Banquete que está preparado para nós. Todos nós fomos criados por Deus, saímos de Deus e, por isso, desejamos ansiosamente voltar para perto Dele. Desse modo, por mais que a nossa carne o rejeite, a nossa alma anseia por este dia do Banquete. O Banquete é espiritual e nele há tudo de que necessitamos e, aqui na terra ainda não encontramos. É um mistério profundo e apenas a nossa Fé e a nossa confiança nos planos de Deus far-nos-ão estar firmes esperando o dia em que diremos: “Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou. ” Enquanto aqui vivermos provaremos da esperança, esperando com confiança, certos de que, “O Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces.”  A eternidade já começa aqui e agora na medida em que tomamos consciência de que a nossa carne perecerá, mas a nossa alma e o nosso espírito seguirão de volta para a Casa do Pai. A esperança deve, portanto, permear a nossa vida. – Você tem medo da morte? – Como você encara o fato de que todos nós seremos chamados a participar desse banquete? – Você tem consciência de que iremos voltar para a nossa casa?

Salmo  24 – “Sem     hor meu Deus, a vós elevo a minha alma”

Elevar a alma a Deus é justamente deixar fluir o desejo de eternidade que mora dentro de nós, reconhecendo a miséria em que vivemos e anelando pelo conforto e refrigério que o Senhor promete a todos que O procuram. Ore hoje com este salmo e faça uma reflexão sobre as aflições da sua vida, pedindo ao Senhor o alívio e a consolação para as suas dores. Você sentir-se-á muito melhor, se assim o fizer.

2ª. Leitura – Romanos  8, 14-23 – “  a recompensa de herdeiros.”

A Carta de São Paulo aos romanos nos dá consciência da nossa filiação divina pela nossa adesão a Cristo e ao comando do Espírito Santo. Desse modo, todos nós que nos deixamos guiar pelo Espírito de Deus somos Seus filhos adotivos e esperamos a recompensa de herdeiros. O próprio Espírito se une ao nosso espírito nos dando entendimento da nossa missão e do sentido da nossa existência. Não recebemos um espírito de escravos, mas de filhos, por isso, estamos libertos do jugo do mal a que estávamos destinados. Podemos, portanto, dá testemunho disso pela manifestação das nossas obras de conversão através das nossas ações. Assim, também até a criação espera essa nossa manifestação de filhos e herdeiros para viver em harmonia. Temos conhecimento de que toda a natureza entrou em discordância por causa do pecado original, mas, sabemos também que a morte é o último inimigo a ser vencido e que depois de tudo o cosmo será glorificado quando Jesus Cristo vier uma segunda vez. É o Espírito Santo quem nos sustenta com a sua graça e nos fará ser glorificados com Cristo. O nosso sofrimento do tempo presente nem se compara com a glória que deveremos receber. Esperando em Cristo seremos mais que vitoriosos e estaremos recebendo a libertação para o nosso corpo. Você já se considera um (a) filho (a) de Deus? – De que você tem medo? – Para você o que significa viver a salvação desde já? – Você tem manifestado ao mundo a glória de Deus pela ação do Espírito Santo? – Você tem contribuído para que haja harmonia no universo?

Evangelho – Mateus 25, 31-46 – “o Amor é a primeira Regra”
A lei do amor e da caridade é a lei do julgamento final, da parusia. Quem tem caridade e amor será digno de adentrar aos umbrais do Paraíso. O próprio Senhor nos pede que sejamos amorosos e caridosos porque teremos a recompensa no céu: “Faze isto, e viverás” (Cf. Lc 10,28).” Tendo como termômetro o amor concretizado em ações, Jesus nos dá o roteiro para que possamos perseguir a perfeição enquanto aqui vivemos.  Ao nos prometer a vida eterna Jesus nos dá conhecimento de que para isso, será preciso que busquemos a santidade, desde já. E a santidade é a vivência do amor de Deus!  Jesus, então, nos adverte de que ao voltar reunirá os povos da terra diante dele e fará distinção entre os benditos do Pai e os malditos, os felizes e os infelizes. Cada orientação que Jesus nos dá é um ensinamento para que possamos caminhar passo a passo rumo ao céu.

Assim será o critério: Dar de comer e beber a quem tem fome e sede, acolher os que não têm teto, vestir os que estão nus, tomar cuidado com o doente, visitar e dar assistência a quem está preso. Assim, Jesus nos diz: todas as vezes que o fizeres é a Mim que o farás, por isso sois benditos; todas as vezes que não o fizeres, sereis malditos porque foi a Mim que rejeitastes. Não precisamos fazer mais do que isso: acolher o irmão como se fosse o próprio Cristo! Basta-nos somente aproveitar as oportunidades que surgem na nossa vida a todo o momento, e não deixar o bem para fazer depois.   Não podemos dizer que não conhecemos a receita nem o caminho porque o próprio Jesus nos dá todas as dicas, antecipadamente. Perseguir a santidade é perseguir a vivência do amor com os nossos irmãos e irmãs, mesmo que sejam eles os piores e os mais marginalizados do mundo. Não nos adiantará praticar o amor somente com aqueles de quem “gostamos ou admiramos”, porque Deus é Pai de todos e, por isso, somos todos, irmãos e irmãs.   Qual o lugar em que você se posicionaria se Jesus viesse hoje: à esquerda ou à direita Dele?  - O que Jesus diria para você se Ele voltasse hoje? – Você, hoje, se considera bendito (a) ou maldito (a)? - Você tem aproveitado as oportunidades para fazer o bem nas pequenas coisas ou espera ocasião para ser herói ou heroína nos grandes eventos de solidariedade humana? 

O Banquete do amor!-Helena Serpa

01/11/2016 - 3ª. Feira XXXI semana do tempo comum – Filipenses 2, 5-11 –“Jesus Cristo é o Senhor”

São Paulo nos convida a imitar Jesus Cristo, modelo de obediência e de fidelidade, tendo como Ele os mesmos sentimentos. Ele, que não se arvorou do Seu direito de ser Deus e se deixou diminuir igualando-se aos homens. Jesus esvaziou-se a si mesmo, tornando-se escravo para restaurar a nossa dignidade humana e elevar-nos à condição de filhos e filhas de Deus. Assim foi que Ele se fez obediente até a morte de cruz, humilhando-se diante dos homens sendo exaltado por Deus. Isto nos mostra que a metodologia de Deus exalta a quem se humilha e recompensa àquele (a) que O obedece por uma causa justa. Jesus não se entregou por covardia ou fraqueza, mas o motivo da Sua entrega foi a nossa salvação, missão que veio cumprir aqui na terra.  Pela Sua obediência e humildade foi exaltado e é hoje proclamado o Senhor de todos para a glória de Deus Pai.  Na nossa inconsequência somos rebeldes e não gostamos de nos submeter a ninguém nem tampouco de obedecer a quem quer que seja. Queremos ter o galardão da vitória, mas não admitimos a luta com sofrimento nem a humilhação de sermos submissos (as) à vontade de alguém. Nós precisamos ter em mente que o sofrimento sempre há de ter uma finalidade. Nós não viemos à terra para aqui penar, porém, como Jesus, nós podemos nos submeter à vontade de alguém a fim de satisfazer a vontade soberana de Deus.     – Você já experimentou ser obediente a alguém? – Qual foi a consequência da sua ação? – Normalmente você se acha uma pessoa especial, diferente das outras?  O que isto tem acarretado aos seus relacionamentos? – Você é obediente à Lei de Deus? – Você se submete ao conselho dos sacerdotes?

Salmo 21 – “Ó Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembleia! ”

O salmo fala que é ao Senhor que pertence a realeza, que só Ele é quem tem domínio sobre todas as nações e somente a Ele se deve adoração. Apenas o Senhor é digno de louvor e exaltação e até os poderosos Lhe prestam reverência. Somos nós os pobres que comemos, nos saciamos e nos deleitamos nos átrios do Senhor, por isso, temos a esperança de que toda a nossa descendência também há de servi-Lo e adorá-Lo.
 

Evangelho  Lucas 14, 15-24 – “O Banquete do amor!”

O coração de Deus nos aguarda para nos saciar com o pão da vida, por isso, Jesus nos convida a participarmos do Banquete do Amor do Pai. O convite para o Banquete no Reino de Deus nos é feito a cada momento da nossa vida em qualquer tempo e situação que estejamos, no entanto, nem sempre estamos dispostos a aceitar esse chamado. Há coisas “lícitas” que nos impedem de aceitar o convite de Deus para participarmos do Seu Reino, desde já. A parábola do banquete é, portanto, uma mensagem que abre os nossos olhos para as realidades de Deus que deixamos de usufruir em vista das nossas “ocupações” sem percebermos que, mais tarde, talvez não tenhamos o tempo hábil para desfrutar. Para cada um de nós há um lugar reservado a fim de que nos fartemos com o alimento adequado para a nossa alma. No entanto, da mesma forma como na Parábola, nós vivemos dando desculpas e justificativas para não aceitar o convite de Jesus.  Muitas vezes, Nós nos escusamos, de entrar no reino dos céus por causa das nossas ocupações. Só aceitamos o convite que Jesus nos na hora que nos convém por isso, damos preferência aos nossos negócios e interesses pessoais e desprezamos o pão de Deus preferindo nos “deliciarmos” com o “pão do mundo”. Esta é uma verdade factual na nossa vida.  No entanto, Jesus continuará a nos atrair quando acena para os coxos, os cegos, os aleijados, os pobres e miseráveis. Muitas vezes, precisamos mesmo nos sentir assim para que o convite de Jesus seja aceito por nós. “Feliz é aquele que come o pão no reino de Deus”! Felizes nós seremos quando, reconhecendo as nossas deformidades, buscarmos o alimento de Deus através da Sua Palavra, da Eucaristia, da Oração, da Adoração ao Santíssimo, do estar em comunidade no serviço e no amor. - Você já aceitou o convite para participar do banquete do reino de Deus? – Você tem certeza que tem atendido ao convite de Jesus? – A que alimento você tem dado prioridade para saciar a sua fome: ao pão do céu ou ao pão do mundo? - O que  tem sido mais importante para você: o banquete de Deus ou as suas ocupações e preocupações?


domingo, 30 de outubro de 2016

“A nova morada no céu!” - Claudinei M. Oliveira.


Quarta-feira, 02 de novembro  de 2016.
I Leitura – Sabedoria 3,1-9
Salmo – 41 (42)
II Leitura – Apocalipse 21,1-7
Evangelho: Mt  5, 1-12


Hoje, dia dos finados, nos lembra da “morte”, não para nos remeter ao medo, mas para nós fazer descobrir o sentido desta vida e a alegria sobre a qual está fundamentada a nossa fé.  A morte é um nascimento, marca a entrada no mundo de Deus, é o início da festa na casa do Pai. Nada se deve temer das pessoas que morreram, elas vivem com Deus e só podem fazer o bem aos que permaneceram neste mundo.

Contudo a morte é o encontro maravilhoso com os amigos e parentes, que foram na nossa frente, e com o melhor dos amigos que é nosso Deus. Na certeza da Ressurreição através da fé, acreditamos que ao morrer para o mundo renascemos para junto do Pai no Paraíso. Lá no céu estaremos juntos na harmonia da eternidade com todos os irmãos que souberam respeitar e viver a dignidade dos ensinamentos de Cristo.

Por isso que a missão do cristão não se remete somente a sua salvação, mas na tenacidade do anúncio da Boa  Nova, para sedimentar a palavra no coração em conflito com Deus, e na renúncia de tudo aquilo que atrapalha o  projeto de libertação do Pai. Deve-se atentar para as belezas da vida e do amor entre os víveres da terra para que na outra vida possa viver a eternidade na alegria do Senhor.

O que o homem deve contemplar é a vida após a morte, renascida do Espírito junto do Pai. Ter a certeza desse encontro. Viver a plenitude da Graça. Contudo as vicissitudes  da vida terrena deve elevar coisas boas. Perceber a gratuidade de nosso Deus nas entrelinhas da vida e apaixonar-se para a salvação. Isto é, ter olhos somente para a vida plena.

Sabemos que a vida na terra é passageira, feita  de momentos, ora momentos bons ou momentos não tão bom como deveria ser. Todo apreço pelas coisas boas são os juros acumulados para o dia do julgamento. Diante de Deus, o  cristão deve apresentar uma vida de paz, harmonia, de cumplicidade com os mais pobres, de comprometimento no fazer acontecer novas todas as coisas.  Mostrar a renovação e a transformação de um projeto de um Reino novo, onde todos os irmãos puderam usufruir com dignidade.

O pensamento do homem deve voltar-se para o livro da Sabedoria quando afirma: “a vida dos justos está nas mãos de Deus e nenhum tormento os atingirá”. Nada vai separar o homem do amor de Deus, nem o mal que possa atormentar o tempo todo, separará a vida dos justos das mãos de Deus. Por isso que o cristão deve amar a Deus e sentir-se protegido, porque as coisas boas acontecem quando há uma cumplicidade entre o homem e Deus. Ele estará guiando os passos e mostrando o caminho certo a seguir. Um caminho que leva para o encontro dos céus. São tantas maldades tentando impedir que o justo desvie do caminho para tomar rumo diferente e para não enxerga Deus. Mas quando tem  um apreço dos ensinamentos do Pai, e tem Deus no coração, nada de tormento atingirá. A crença e a fé devem estar acima das maldades do mundo, e o que deve prevalecer é a certeza da Ressurreição.

Pode até ter morrido aos olhos dos insensatos e aos olhos dos homens que afirmam ter sido castigado, mas para os olhos de Deus veio à nova vida. Uma vida plena, cheia de fé e nostalgia, uma vida que contagia todas as pessoas para a eternidade. Nada importa aos olhos daqueles que não acreditam na vida eterna, pois nada para Deus impedirá que aquele que lutou para uma sociedade justa e fraterna conquista uma vida feliz nos céus.

O que importa é a confiança para nosso Deus. Como no livro da Sabedoria volta a dizer: “os que nele confiam compreenderam a verdade, e os que perseveram no amor ficarão junto dele, porque a graça e a misericórdia são para seus eleitos”.

Belas palavras do livro da Sabedoria, pois aquele que revela a doutrina do bem viver e cumpre as regras da libertação tem um lugar garantido junto de Deus. Seu esforço e sua dedicação são as provas de que o entendimento da Palavra revelada foram ouvidas e praticadas.

O que o cristão visualiza na essência de uma vida terrena feliz é a sede ardente de um Deus vivo. Não um Deus morto, cabeça caída e pregado numa cruz inerte. Mas um Deus atuante que faz maravilhas sempre que necessário. Porque ao peregrinar na caminhada feliz para a casa do Pai, entre louvores e gritos, a multidão entra no reino que está à espera.  Mas para chegar nesse Reino Santo a luz do Espírito, que é a luz da verdade, guiará a longa caminhada, livrando de todos os males.

O salmista termina sua oração aclamando: “Por que te entristece, minha alma, a gemer no meu peito? Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador”. O Salvador que é Deus-Pai, com toda certeza, estará dando o aconchego e protegendo o filho na vida em preparação para a vida eterna. A certeza da Sua presença não permite dor e nem choro, porque condiz com a Verdade Absoluta.

O que se almeja é um novo céu e uma nova terra como na leitura do Apocalipse descreve. “Vi um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram e o mar já não existe”. Tudo é passado! Nada levará desta vida terrena a não ser o discernimento para com Deus. Aquilo que fazermos na terra poderá reverter no céu em grandes conquistas e/ou poderá reverter contra a alegria da Verdade. Por isso que nesta vida devemos satisfazer a vida nos justos e a felicitação com os irmãos. Assim, a vida nova no novo céu será completa.

A mensuração da Palavra certa ganhará de graça da fonte da água viva. Assim o vencedor receberá a herança de uma vida feliz, pois
Deus será o Pai amado e o cristão será o filho bem amado.

No santo Evangelho São Mateus adverte ao afirmar sobre as bem-aventuranças. A alegria da partida para uma vida junto de Deus está alicerçada no fazer terrena. Por isso que os bem-aventurados tem um lugar reservado, mas somente os mansos, os que têm sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que promovem a paz, os perseguidos e injuriados.  Jesus, sentando no monte, educa seus discípulos e toda multidão com as palavras das bem-aventuranças. Com isso afirma que aqueles que entregaram de coração e de alma na construção de uma vida melhor, receberão as recompensas nos céus. Ele mesmo mostrou para todos de sua época que o trabalho seria incansável. Mas a missão era um compromisso com o criador.  Tanto que no final do Evangelho Mateus escreve lindamente, “alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.

Portanto, na comemoração dos fiéis defuntos nos faz descobrir que o projeto de Deus para o homem é um projeto de vida. “No horizonte final do homem não está à morte, o fracasso, o nada, mas está à comunhão com Deus, a realização plena do homem, a felicidade definitiva, a vida eterna”  (Roteiro homilético dos finados). Amém.

Abraços
Claudinei M. Oliveira


“Quem vai ao banquete?” - Claudinei M. Oliveira.


Terça-feira, 01 de novembro  de 2016.
Evangelho: Lc  14, 15-24

No Evangelho de hoje Jesus conta uma parábola para um fariseu que estava com a barriga cheia. Nesta parábola Jesus afirma que o banquete está preparado, muitos foram convidados, era para amigos do dono da festa, mas arrumaram desculpas esfarrapadas para não participar da festa. Um tinha comprado um campo e deveria ir vê-lo, outro iria experimentar uma junta de boi que acabara de comprar, enquanto outro tinha acabado de se casar.

O dono da festa ficou furioso e mandou o empregado voltar às ruas da cidade e chamar os  pobres, aleijados, os cegos e os coxos. Mesmo assim tinha espaço para mais convidado. Então o empregado  saiu pelas estradas e caminhos a procura dos andarilhos. O dono da festa queria uma casa cheia, lotada, com muitas pessoas. Afinal o banquete foi preparado para um segmento da sociedade, mas como os convidados  tinham afazeres, foram-se substituídos por outro segmento: os famintos.

Jesus quis dizer para o fariseu que muitos são chamados para o trabalho na vinha. A missão precisa de muitas pessoas dispostas. É preciso arregaçar as mangas da camisa e lutar. Não querer receber algo em troca da missão. Entretanto, são poucos que tem ouvidos para escutar o chamado. A maioria inventa desculpas para  não ir ao encontro da Palavra, prefere as coisas mundanas do que servir o reino e/ ou estar a serviço das facilidades da vida.

No reino de Deus tem lugar para todos. Contudo, somente os marginalizados são sensatos para ir ao encontro com o banquete que é Cristo. Mesmo sabendo da  importância, muitos preferiram encontrar uma saída não convencional para atender ao chamado ilusórios. 

Será que nós cristãos estamos dispostos ir ao encontro da mesa do  pão? Será que arranjamos desculpas corriqueiras para não participarmos das celebrações dominicais? Será que não sabemos  que o convite para  o banquete seria o convite para a prática da justiça?  Onde nós encaixaríamos: naqueles que receberam o convite e estavam ocupados ou naqueles que receberam o convite e correram para se baquetear?  

Por isso que pedimos incensamente ao nosso Deus a graça de nos servir como deve e fazer que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Que não ficamos felizes ao comer o pão no Reino de Deus sem olhar para a nossa volta e partilhar com tantos que precisam. Que buscamos sempre o acolhimento daqueles que buscam um lugar junto do Reino e fazermos a construção de um mundo justo e fraterno.

Sabendo que a partilha é necessária para abrir espaço para alcançar a salvação. Porém, partilhar com aqueles que o mundo dos homens sempre hostilizou, e não deu oportunidade para a reconstrução de uma vida em equidade, é abraçar o reino e a missão reservada àqueles que encontraram Deus e querem vê-Lo espalhado para todos os cantos do mundo.

Ir ao banquete do Senhor é celebrar a vida e a felicidade de comungar os ensinamentos de Cristo. Significa também viver no acolhimento de muitas pessoas que necessitam de uma direção, dando assim, vivacidade no dia a dia. E você, sempre vai ao banquete do Reino para alimentar a alma e a fé? Ainda é tempo! Amém.

Abraços
Claudinei M. Oliveira