sábado, 17 de setembro de 2016

“VÓS NÃO PODEIS SERVIR A DEUS E AO DINHEIRO.”- Olivia Coutinho

 25º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 Dia 18 de Setembro de 2016
 
Evangelho de  Lc 16,1-13
 
Num mundo, onde impera o individualismo, a cultura do descarte, tudo gira em torno do dinheiro, a pessoa não é vista pelo o que é, e sim, pelo o que tem!
Se não ficarmos atentos quanto as nossas escolhas, corremos o risco de nos contaminar por esta sociedade materialista que valoriza o ter e não o ser, que assimila a falta de dinheiro como causa do seu não êxito na vida!
Em meio a tantos adversários do projeto de Deus, Jesus vem nos trazer algo inovador, uma proposta de vida nova, que ao contrário do mundo, tem como prioridade o “ser”!
O evangelho que a liturgia deste domingo nos apresenta, nos alerta sobre o perigo de nos tornar reféns do dinheiro!
O dinheiro nos induz ao consumismo que é o motor alimentador deste sistema capitalista gerador de excluídos, um sistema, que descarta aqueles que não produzem os que não dão lucro, e que penaliza aqueles que não se deixam corromper.
O ensinamento que Jesus nos passa no dia de hoje é desafiador, principalmente para muitos de nós, que não consegue libertar da escravidão do consumismo!
O texto nos apresenta a parábola do administrador desonesto. Através desta história, Jesus faz uma constatação: Os filhos do mundo, são mais espertos do que os filhos da Luz e em seguida Ele nos exorta: “Usai o dinheiro injusto para fazer amigos...
Jesus colocou um administrador desonesto entre os “filhos deste mundo”, em contraste com os “filhos da Luz”. Entretanto, ele apresentou a esperteza deste filho do mundo, (administrador) como modelo para nós, para que usemos também de muita astúcia para transformar este mundo em Reino de Deus!
Não podemos interpretar o texto ao pé da letra, se assim fizermos, vamos chamar Jesus de incoerente. Pensar que Jesus elogia a desonestidade, é sem duvida, desconhecê-Lo, afinal, como explicar a justiça tão apregoada por Ele?
É importante termos a clareza de que Jesus não elogia a desonestidade, o que Ele elogia, é a astúcia, de alguém que busca meios tão rápidos, para não perder a sua vida!
A lição que fora passada para os discípulos e hoje para nós, deve nos conscientizar de que nós, filhos da Luz, não podemos viver na passividade e nem sermos morosos em nossas decisões, principalmente em se tratando da prática da justiça.
Jesus elogiou a agilidade de uma pessoa determinada a sair rapidamente de uma situação que lhes era desfavorável, é essa atitude que nós, os filhos da Luz, devemos ter, principalmente em relação ao pecado, temos que ser rápidos para sairmos de uma situação de pecado.
“Usai o dinheiro injusto para fazer amigos.” A princípio, estas palavras de Jesus, nos assustam, mas não é difícil entende-las se meditadas dentro do contexto. 
Dinheiro injusto é aquele dinheiro que acumulamos, que vai além das nossas necessidades, ainda que ele seja adquirido com honestidade. Este dinheiro é traiçoeiro, ele no leva ao consumismo, a colocarmos a nossa segurança nele e não em Deus!
Portanto, é um dinheiro injusto, ele nos rouba de Deus, nos escraviza, nos leva a injustiça de dar-lhe a honra que é devida somente a Deus! Quando colocamos o dinheiro, como o senhor da nossa vida, ele acaba nos tirando a vida, causando a nossa ruína.
Jesus nos ensina a darmos um destino justo a este dinheiro injusto, a aplicá-lo numa conta bem rentável, fazendo amigos com ele, colocando-o não somente ao nosso serviço, como também, a serviço do outro, especialmente dos mais empobrecidos. 
O administrador desonesto transformou, ainda que por interesse, um dinheiro injusto, num bem para o outro. Ao trocar os bens passageiros pelos bens duráveis, ele deu um passo certeiro na vida.
Fica claro, que ele agiu com esperteza, mas se olharmos por outro lado, vamos perceber que ao ser convertido pela razão, ele dá o primeiro passo para a conversão do coração! Antes, ele trocava as pessoas pelo dinheiro, depois que se vê em apuros, aquele administrador faz o inverso, troca o dinheiro pelas pessoas, por conveniência é claro! É esta rapidez de raciocínio, que Jesus gostaria que nós, como filhos da luz, tivéssemos! 
Não sejamos ingênuos de achar que Jesus condena o dinheiro, Jesus não condena o dinheiro, afinal, precisamos dele para a nossa sobrevivência. O que Jesus condena, é o mau uso do dinheiro, o lugar que o colocamos na nossa vida e a forma ilícita de adquiri-lo. 
Jesus nos convida a sermos agentes de um mundo novo, de um mundo alicerçado na justiça que é a base sólida sobre a qual construímos a nossa morada no céu!  Atendamos a este convite de Jesus, trocando os bens do mundo, pelos os bens duráveis, os bens eternos!
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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