segunda-feira, 22 de agosto de 2016

A vida é o nosso maior dom!-Helena Serpa


27/08/2016  - Sábado - XXI semana do tempo comum -   1 Cor. 1,26-31 – “a simplicidade e a pureza de coração  ”
“Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido para confundir os sábios”. Estas palavras de São Paulo nos levam a refletir sobre a nossa participação na edificação do reino de Deus. Elas são um incentivo para compreendermos que toda a nossa capacidade é dada por Deus. Ele nos escolheu não pela nossa capacidade, mas pela abertura do nosso coração. A nossa “esperteza” humana é um obstáculo para que possamos acolher a graça e a sabedoria de Deus. Quem se considera muito capaz e autossuficiente não tem condições de “entender” os mistérios de Deus e nem tampouco tem necessidade disso, pois ele próprio se basta, porque confia na sua inteligência privilegiada. Jesus Cristo é para nós a sabedoria, a justiça, a santificação e a libertação de Deus Pai. Não precisamos de mais nada, porque já possuímos tudo: a simplicidade e a pureza de coração. Assim sendo, devemos nos reconhecer fracos e impotentes a fim de confundir os fortes e poderosos do mundo. Damos testemunho da força poderosa de Deus agindo em nós, quando nos reconhecemos estúpidos, fracos e sem poder nas coisas do mundo, pois assim, diante de Deus seremos sábios, fortes e cheios de poder, nas horas mais angustiantes pelas quais todos os mortais experimentam. De tal modo, os “sábios do mundo” conhecerão Aquele que nos sustenta e, assim também se converterão.  – Você se considera uma pessoa inteligente, sábia para as “coisas do mundo”? – Você costuma ouvir comentário das pessoas que zombam de quem se dedica muito às coisas de Deus? – O que você acha delas? – Pense numa coisa que é sabedoria de Deus e inutilidade para o mundo: você a pratica?                              

Salmo 32 – “Feliz o povo que o Senhor escolheu para sua herança
O povo escolhido para ser herança de Deus é o povo que confia nele, sabe que Ele está atento a todos os seus passos. O salmo nos diz que o Senhor se inclina para olhar todos os homens, mas ele pousa o Seu olhar apenas sobre os que o temem e nele confiam. Pousar o olhar significa dar atenção, amparar, sustentar, proteger. Quando nós percebemos o olhar de Deus sobre nós, sentimo-nos felizes e protegidos (as).

Evangelho – Mateus 25, 14-30 – “A vida é o nosso maior dom!”

Jesus nos conta a parábola dos talentos para nos ensinar a bem dimensionar todo dom que recebemos das mãos de Deus. Assim, Ele nos fala dos empregados que receberam do seu patrão, respectivamente, cinco, dois e um talento. Os empregados que receberam mais talentos apresentaram no final maior rendimento, porém o que só recebeu um talento enterrou-o por medo de não conseguir fazer render o seu dote. Deus nos premiou com talentos e virtudes, porém fazemos pouco caso disso e não poucas vezes, desprezamos os carismas que temos deixando de lado as nossas aptidões, por preguiça, por desleixo, porque não damos muita importância, ou porque não valorizamos e desconhecemos o nosso potencial.  No mínimo, todos nós recebemos das mãos de Deus o dom da vida!  É o talento mais simples e ao mesmo tempo o talento mais importante. Às vezes ficamos esperando coisas extraordinárias quando o Senhor só quer que possamos viver a nossa vida com alegria e confiança Nele. O medo nos leva a destruir a nossa capacidade de viver feliz. O querer muito, o achar tudo pouco nos leva a perder o tempo precioso que temos e acabamos por enterrar as pequenas oportunidades que nos são dadas para viver bem. A justiça de Deus consiste em fazer valer o Seu Plano de Amor para a nossa vida. Justo é que todos nós usemos e usufruamos de tudo quanto Deus providenciou para a nossa felicidade. Precisamos ter consciência de que todo dom que recebemos de Deus vem na medida certa, isto é, de acordo com a capacidade que Ele mesmo nos dá, nem mais nem menos do que poderíamos receber. Portanto, cabe a cada um de nós assumirmos os talentos que ganhamos com humildade e perseverança, pois seremos cobrados pelo que recebemos.  Aquele (a) que se acha muito pequeno (a) e, por isso, se encosta e se acomoda não assumindo a capacidade que lhe foi concedida, está cometendo um erro incorrigível. Será tirado dele (a) até o dom para o qual tinha inclinação para fazer prosperar e não o fez, porque não o colocou em prática. Achar-se muito sem capacidade e não confiar na capacidade de Deus é o grande pecado que muitos de nós cometemos, pois se trata de falta de humildade e orgulho.  – O que você tem feito com os seus dons? – Você se acha muito sem expressão, incapaz de realizar alguma coisa? – Não será porque você está confiando somente em você mesmo (a) e esquecendo-se Daquele que lhe deu a vida? – Você não acha que a sua vida já é um dom muito precioso?  - O que você tem feito dela? 

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