03/julho/2016
– São Pedro e São Paulo
Evangelho: (Mt 16, 13-19)
Jesus chegou à região de Cesaréia de Filipe, e perguntou aos seus
discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?» Eles responderam:
«Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros ainda, que é
Jeremias, ou algum dos profetas.» Então Jesus perguntou-lhes: «E vocês, quem
dizem que eu sou?» Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho do Deus
vivo.» Jesus disse: «Você é feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser
humano que lhe revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu lhe
digo: você é Pedro, e sobre essa pedra construirei a minha Igreja, e o poder da
morte nunca poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu, e o que
você ligar na terra será ligado no céu, e o que você desligar na terra será
desligado no céu.»
COMENTÁRIO
Na liturgia, hoje celebramos a festa
dos apóstolos São Pedro e São Paulo. De perseguidor dos cristãos, Paulo
transformou-se num dos maiores defensores do cristianismo. Hoje, carinhosamente
também nos lembramos do Santo Padre o Papa Francisco, o legítimo sucessor de
São Pedro.
O Papa é o verdadeiro representante
de Jesus na terra. Jesus fez de Simão Pedro a pedra de sustentação da sua
Igreja, pois encontrou muita firmeza e sinceridade nas suas palavras. "Tu
és o Messias, o Filho de Deus vivo!"
Esta afirmação foi feita pelo
Espírito Santo, através de Pedro. Nestas palavras encontramos a grande prova da
presença do Espírito Santo entre os apóstolos. O evangelho de hoje sugere que
nos deixemos guiar pelo Espírito. O Espírito Santo encoraja, abre os olhos e os
corações.
Alguns achavam que Jesus era João
Batista, outros diziam que era Elias ou algum dos profetas. Ainda hoje, ouvimos
muitas referências a respeito de Jesus. Dois mil anos depois e ainda o chamam
de homem excepcional, de grande mestre ou dizem que Jesus foi o maior dos
profetas. Muitos o conhecem por diversos títulos, poucos o reconhecem como
Verdadeiro Deus.
“Quem sou eu para vocês?” Já pensou,
se Jesus aparecesse hoje e nos fizesse esta pergunta, o que diríamos? É
provável que a nossa resposta seria igualzinha àquela de Pedro. Sem pestanejar,
e talvez sem muita convicção, gritaríamos essa frase feita: “Tu és o Messias, o
Filho de Deus Vivo!”
Provavelmente, Jesus insistiria para
obter uma resposta individual e concreta. Talvez dissesse: “É isso mesmo que
você pensa, ou é o que você ouve desde pequeno na catequese, nas homilias e,
até mesmo em aulas de teologia?”
“Quero saber mais” - diria. “Quero
uma resposta lá do fundo do seu coração; que influência eu exerço em sua vida e
quais as mudanças que essa fé trouxe para a sua vida familiar, profissional e
comunitária?” Diria ainda, “Só mais uma perguntinha: o que você tem feito para
propagar essa verdade?”
O que responder? É bom estarmos
preparados, pois certamente seremos cobrados. Somos batizados, somos Igreja, e
como membros dessa Família temos que evangelizar, gritar com convicção, para
que o mundo todo ouça que Jesus, o Ungido, o Messias e Verdadeiro Deus está
entre nós.
Feliz aquele que acredita e propaga
o que o Pai do Céu revelou. Feliz aquele que assume a sua função na construção
do Reino. Sejamos pedra, sejamos Pedro, homem de fé, que apesar dos seus
momentos de covardia e de fraquezas, sabia humildemente arrepender-se e
recomeçar tudo de novo.
Hoje comemoramos também São Paulo.
Paulo não fez parte do grupo dos doze, mas foi chamado por Jesus no momento em
que se preparava para prender muitos cristãos. Paulo não fechou seus ouvidos.
Ouviu e entendeu as Palavras de Jesus. Deixou-se invadir pelo Espírito Santo e
entregou-se de corpo e alma ao serviço da evangelização.
Paulo mudou, transformou-se. Passou
de perseguidor, a seguidor de Jesus Cristo. Aquele que exterminava cristãos
entregou sua própria vida para levar vida às comunidades cristãs. Foi radical a
mudança de Paulo.
É exatamente isso que Jesus espera
de cada um de nós. Quer que nos tornemos “Pedros”, quer ver-nos convertidos em
“Paulos”. Jesus quer ver suas ovelhas apascentadas e quer que façamos das
nossas vidas uma carta viva, com exemplos concretos, de como viver o amor.
(1710)
jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br
– 03/julho/2016
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