quinta-feira, 9 de junho de 2016

“CONTRA A RETALIAÇÃO” (Pe. Jaldemir Vitório)


 (Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta)


11ª SEMANA DO TEMPO COMUM – 13 de junho de 2016
Evangelho: Mateus 5,38-42
 (Branco– Ofício do Dia)


 A Lei de Talião - "olho por olho, dente por dente" - não encontrou guarida no ensinamento de Jesus. Aquele princípio legal havia sido importante para coibir as arbitrariedades no caso de violência ilimitada, para fazer valer o direito.

E funcionava como mecanismo de controle da selvageria e do barbarismo, nas relações interpessoais. Era um passo em direção às relações humanas civilizadas.

O discípulo do Reino submete-se a uma lógica diferente. Recusa-se a entrar no jogo do malvado, de forma a desarticular, no seu nascedouro, a espiral da violência. Responde o mal com o bem, não se valendo do que lhe garante o direito. O direito de retaliação é substituído pelo princípio da misericórdia no trato mútuo.

A reação paradoxal que Jesus sugeriu aos seus discípulos, diante da violência, tem uma finalidade concreta: mostrar as possibilidades extremas de aplicação do seu ensinamento. Quem é movido por um amor incondicional ao próximo, descentrando-se de si mesmo, será capaz de fazer gestos radicais para coibir a violência, sem responder com a mesma moeda.

O discípulo, na linha das Bem-aventuranças, caracteriza-se como manso e pacífico. Por ser manso, recusa-se terminantemente a recorrer à violência.

Por ser pacífico, tudo faz para que os laços com o próximo não sejam rompidos. Mesmo à custa de gestos paradoxais!

Oração

Espírito de mansidão, torna-me capaz de não me deixar levar pelo desejo de vingança, diante da violência, e sim, de agir conforme o ensinamento de Jesus.






Santo do Dia / Comemoração (Santo Antônio de Pádua):

 

 

Santo Antônio de Pádua era português, nasceu em 1195, em Lisboa. De família muito rica e da nobreza, ingressou muito jovem na Ordem dos Cônegos Regulares de São Agostinho. Fez seus estudos filosóficos e teológicos em Coimbra e foi lá também que se ordenou sacerdote. Nesse tempo, ainda estava vivo Francisco de Assis e os primeiros frades dirigidos por ele chegavam a Portugal. Empolgado com o estilo de vida e de trabalho dos franciscanos, resolveu também ir pregar no Marrocos. Entrou na Ordem, vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de Antônio.

 Entretanto, seu destino não parecia ser o Marrocos. Por causa de algumas desventuras, Antonio acabou desembarcando na Ilha da Sicília e de lá rumou para Assis, a fim de se encontrar com seu inspirador e fundador da Ordem: Francisco. Com apenas vinte e seis anos de idade, foi eleito Provincial dos franciscanos do norte da Itália, mas não ficou nele por muito tempo.

Seu desejo era pregar e rumou pelos caminhos da Itália setentrional, praticando a caridade, catequizando o povo simples, dando assistência espiritual aos enfermos e excluídos e até mesmo organizando socialmente essas comunidades.

Pregava contra as novas formas de corrupção nascidas do luxo e da avareza dos ricos e poderosos das cidades, onde se disseminaram filosofias heréticas. Após as pregações da Quaresma de 1231, sentiu-se cansado e esgotado. Precisava de repouso. Resolveram levá-lo para Pádua, mas Antonio faleceu na viagem.

Era dia 13 de junho de 1231 e Antonio tinha apenas 36 anos de idade. Ele é venerado por ajudar a arranjar casamentos e encontrar coisas perdidas. No Brasil, ele é homenageado numa das festas mais alegres e populares, as festas juninas. Antônio é também conhecido pelos seus milagres. 
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
 
 REFLEXÃO

Homem de oração, Santo Antônio se tornou santo porque dedicou toda a sua vida para os mais pobres e para o serviço de Deus. Diversos fatos marcaram a vida deste santo, mas um em especial era a devoção à Maria. Em sua pregação e em sua vida, a figura materna de Maria estava presente. Santo Antônio encontrava em Maria além do conforto a inspiração de vida. O seu culto tem sido objeto de grande devoção popular e é difundido por todo o mundo.

ORAÇÃO 

Meu grande amigo Santo Antônio, tu que és o protetor dos enamorados, olha para mim, para a minha vida, para os meus anseios. Defende-me dos perigos, afasta de mim os fracassos, as desilusões, os desencantos. Fazei com que eu seja realista, confiante, digno e alegre. Que eu encontre um amor que me agrade, seja trabalhador, virtuoso e responsável. Que eu saiba caminhar para o futuro e para a vida a dois com as disposições de quem recebeu de Deus uma vocação sagrada e um dever social. Que meu amor seja feliz e sem medidas. Que todos os enamorados busquem a mútua compreensão, a comunhão de vida e o crescimento na fé. Assim seja.

 

 

Santo Antônio de Pádua, rogai por nós.




Enviado por: Ademilson Moura – Paróquia Santo Antônio – Pirassununga-SP.



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